PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Consagração a Maria Imaculada

Senhora Nossa, Mãe de Jesus e nossa Mãe,imaculada
neste dia dedicado a ti,
queremos consagrar-nos ao teu Amor de Mãe,
entregando-nos nos Teus braços de esperança
e no Teu coração de bondade.
Faz com que, a exemplo do Teu Filho,
aprendamos a partilhar a vida com os nossos irmãos.

Consagramos-Te tudo o que temos e somos;
a nossa vontade de trabalhar e de construir
um mundo mais maravilhoso,
mais saudável, mais amigo e mais irmão,
onde o Teu coração de Mãe
não cessará de nos lançar o apelo de Jesus, Teu Filho:
Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!

Maria, que o Teu manto nos cubra,
que a tua serenidade nos prenda
e que o Teu coração nos salve.
Que o Teu SIM seja a força do nosso sim
para Te imitarmos na resposta,
que queremos que seja generosa
ao convite do Teu Filho e nosso irmão, Jesus.
Fortalece-nos e acompanha-nos
no nosso peregrinar terreno
para podemos vencer as dificuldades da vida.

Abençoa a nossa mãe da terra,
protege-a, Tu que és a Mãe das mães,
a estrela do lar e a força do amor.

Ó Maria,
Tu conheces bem os nossos sonhos e projectos,
ajuda-nos a poder realizá-los,
mas sem nunca nos afastarmos de Ti
e da Boa Nova de Teu Filho.

Torna-nos capazes de anunciarmos sempre
a verdade, a paz e o amor.
Queremos, com a tua ajuda,
testemunhar o Evangelho

para que o mundo se torne mais belo
e os homens vivam como irmãos.
Maria, podes contar connosco!

 

A Paz

Paz23A Paz é uma tarefa em permanente estado de incompletude.

Às vezes estamos mais perto dela. Outras vezes, as distâncias agigantam-nos e perde-se em meses o que se conquistou em décadas.

Temos hoje tendência a pensar a paz e a guerra apenas no plano das relações internacionais. Milhões de homens anónimos, uniformizados, deslocando-se em poderosas unidades fortemente armadas, divisões, exércitos inteiros, atravessando fronteiras, com licença para tirar a vida e destruir a propriedade e os bens de outros milhões de seres humanos, que jamais viram ou encontraram, de quem nenhum terá razões de queixa pessoal.

Mas a guerra começa antes disso, inicia-se na alma de cada um. Os grandes filósofos clássicos da política, de Aristóteles a Hobbes, bem o souberam e bem o escreveram.

A Guerra começa na incapacidade de compreender o direito do outro à existência, ao acesso aos bens vitais mais elementares, ao direito à integridade e à diferença. É verdade, que a violência pode eclodir numa situação de míngua e escassez. Naquilo que os juristas chamam “estado de necessidade”. Mas na maioria dos casos, a violência resulta de uma perversa combinação de paixões sombrias, não disciplinadas pela razão e pela autocontenção: a inveja, a desconfiança, o desejo tolo de supremacia.

A guerra começa assim sempre como guerra civil.

Não só dentro das paixões, entre pobres e ricos, entre urbanos e rurais, entre membros desta ou daquela confissão religiosa, mas dentro da própria casa, na violência doméstica, na inqualificável agressão sobre os membros fisicamente mais frágeis da família.
Como sempre a paz, ao contrário da guerra, não surge do desleixo e da preguiça, mas sim do empenho, do esforço, da imaginação institucional, da persistência, das boas políticas públicas.

A Paz começa com políticas de promoção do rendimento dos menos favorecidos, com políticas de formação dos que tiveram menos oportunidades educativas, com políticas de incentivo à participação cívica daqueles que nem se sentem membros das comunidades a que pertencem.

A paz fortalece-se com os seus próprios progressos: quando todos podem testemunhar que, com o tempo, a pobreza diminui, a ignorância cede lugar ao esclarecimento, a participação vence a apatia, e quase todos começam a sentir o que significa ser membro de uma comunidade. Isso ocorre quando as frases começam, com naturalidade, pela primeira pessoa do plural: “Nós…”

A paz torna-se quase invencível, resistente a todos os desaires e tempestades, quando cada um se sente parte de uma narrativa onde a pluralidade dos membros de uma comunidade, de muitas comunidades, da humanidade inteira, faz parte do enredo, numa trama dramática e solidária. Quando é nessa trama, nesse drama que cada vida singular, por mais breve ou longa, por mais marcante ou discreta, ganha sentido e significado.

Contudo, a paz é uma tarefa em contante estado de incompletude…

Viriato Soromenho-Marques, in Cais, 2006

DIA DE NATAL

Natal_do_senhorA liturgia da Palavra de hoje convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na incarnação de Jesus. Ele é a "Palavra" que se fez pessoa e veio habitar no meio de nós, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de "filhos de Deus".
A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela esperança.

A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Celebrar o nascimento de Jesus é contemplar o amor de um Deus que encontrou muitas maneiras de se revelar. Falou através da Criação, através dos Profetas. Mas na plenitude dos tempos enviou o próprio Filho. Jesus Cristo é a Palavra viva e definitiva de Deus, que revela aos homens o verdadeiro caminho para chegar à salvação.

O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a "Palavra" viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/"Palavra" é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.


Primeira Leitura (Is 52,7-10)
Leitura do Livro de Isaías

Como são belos sobre os montes
os pés do mensageiro que anuncia a paz,
que traz a boa nova, que proclama a salvação
e diz a Sião: «O teu Deus é Rei».
Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz.
Todas juntam soltam brados de alegria,
porque vêem com os próprios olhos
o Senhor que volta para Sião.
Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém,
porque o Senhor consola o seu povo,
resgata Jerusalém.
O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações
e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)
Refrão: Todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.


Segunda Leitura (Heb 1,1-6)
Leitura da Epístola aos Hebreus

Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
falou-nos por seu Filho,
a quem fez herdeiro de todas as coisas
e pelo qual também criou o universo.
Sendo o Filho esplendor da sua glória
e imagem da sua substância,
tudo sustenta com a sua palavra poderosa.
Depois de ter realizado a purificação dos pecados,
sentou-Se à direita da Majestade no alto dos Céus
e ficou tanto acima dos Anjos
quanto mais sublime que o deles
é o nome que recebeu em herança.
A qual dos Anjos, com efeito, disse Deus alguma vez:
«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»?
E ainda: «Eu serei para Ele um Pai
e Ele será para Mim um Filho»?
E de novo,
quando introduziu no mundo o seu primogénito, disse:
«Adorem-n'O todos os Anjos de Deus».


EVANGELHO (Jo 1,1-18)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No princípio era o Verbo
e o Verbo estava com Deus
e o Verbo era Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d'Ele
e sem Ele nada foi feito.
N'Ele estava a vida
e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas
e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha,
para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira,
que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo
e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu
e os seus não O receberam.
Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Nós vimos a sua glória,
glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,
cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d'Ele, exclamando:
«Era deste que eu dizia:
'O que vem depois de mim passou à minha frente,
porque existia antes de mim'».
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos
graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés,
a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu.
O Filho Unigénito, que está no seio do Pai,
é que O deu a conhecer.

Ressonâncias

O Evangelho que acabamos de escutar é um Hino Cristológico que expressa a fé em Cristo, enquanto Palavra viva de Deus, tornada pessoa em Jesus Cristo. Este Hino expressa a fé da comunidade de S. João em Cristo enquanto Palavra viva de Deus, a sua origem eterna, a sua procedência divina, a sua influência no mundo e na história, possibilitando aos homens que O acolhem e escutam tornarem-se "filhos de Deus".

A expressão "no princípio" relaciona-senatal061a com a narrativa da Criação. Sugere que a missão da "Palavra" é completar a primeira criação, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.

A "Palavra" (Logos) é uma realidade anterior ao céu e à terra. Essa "Palavra" estava em Deus e "era Deus". É Deus que se comunica como "Palavra". Essa "Palavra" é geradora de vida para o homem e para o mundo. Ela fez-se "carne" em Jesus e "montou a sua tenda no meio de nós". Agora, Jesus é a "tenda" onde Deus habita.

A função da "Palavra" é comunicar aos homens a vida em plenitude, a "Luz" que ilumina o caminho para a verdadeira Vida. Muitos recusam essa "Luz", preferem caminhar nas trevas. Quem acolhe a "Palavra" participa da Vida de Deus, torna-se "filho de Deus".

Neste dia, somos convidados a contemplar, numa atitude de serena adoração, esse amor sem limites, que aceitou revestir-se de nossa fragilidade, a fim de nos dar vida em plenitude. Acolher a "Palavra" é deixar que Jesus nos transforme, nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos, verdadeiramente, "filhos de Deus".

O presépio que hoje contemplamos não deve ser apenas um quadro bonito e terno, mas uma interpelação para acolher a "Palavra" e crescer como homem novo. Hoje, como ontem, a "Palavra" continua a confrontar-nos: muitos ainda recusam a "Luz" e preferem andar na escuridão e nas "trevas". Qual é a nossa escolha?

NOITE DE NATAL - Missa do Galo

Natal_01A liturgia desta noite fala-nos de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia "um menino" para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Nas "trevas" da Noite, queremos celebrar esse menino, que veio para ser a "Luz" de todos os Povos.

A primeira leitura anuncia a chegada de "um menino", da descendência de David, dom de Deus ao seu Povo; esse "menino" eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim. Essa promessa alimentou o sonho de um futuro novo de paz e de felicidade.

A segunda leitura lembra-nos as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar as obras d'Ele.

O Evangelho apresenta a realização da tão esperada promessa: O Sinal é um menino recém-nascido em Belém, envolto em faixas e deitado numa manjedoura. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece ao homem com ternura e amor.


Primeira Leitura (Is 9,1-6)
Leitura do Livro de Isaías

O povo que andava nas trevas viu uma grande luz;
para aqueles que habitavam nas sombras da morte
uma luz começou a brilhar.
Multiplicastes a sua alegria,
aumentastes o seu contentamento.
Rejubilam na vossa presença,
como os que se alegram no tempo da colheita,
como exultam os que repartem despojos.
Vós quebrastes, como no dia de Madiã,
o jugo que pesava sobre o povo,
o madeiro que ele tinha sobre os ombros
e o bastão do opressor.
Todo o calçado ruidoso da guerra
e toda a veste manchada de sangue
serão lançados ao fogo e tornar-se-ão pasto das chamas.
Porque um menino nasceu para nós,
um filho nos foi dado.
Tem o poder sobre os ombros
e será chamado «Conselheiro Admirável, Deus forte,
Pai eterno, Príncipe da paz».
O seu poder será engrandecido numa paz sem fim,
sobre o trono de David e sobre o seu reino,
para o estabelecer e consolidar por meio do direito e da justiça,
agora e para sempre.
Assim o fará o Senhor do Universo.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 95 (96)
Refrão: Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo, Senhor.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra:
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.

Segunda Leitura (Tito 2,1-14)
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo a Tito

Caríssimo:
manifestou-se a graça de Deus,
fonte de salvação para todos os homens.
Ele nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos
para vivermos, no tempo presente,
com temperança, justiça e piedade,
aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória
do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo,
que Se entregou por nós,
para nos resgatar de toda a iniquidade
e preparar para Si mesmo um povo purificado,
zeloso das boas obras.


EVANGELHO  (Lc 2,1-14)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto,
para ser recenseada toda a terra.
Este primeiro recenseamento efectuou-se
quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré,
à Judeia, à cidade de David, chamada Belém,
por ser da casa e da descendência de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa,
que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam,
chegou o dia de ela dar à luz
e teve o seu Filho primogénito.
Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos
e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles
e a glória do Senhor cercou-os de luz;
e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais,
porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador,
que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal:
encontrareis um Menino recém-nascido,
envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo
uma multidão do exército celeste,
que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados».


Ressonâncias

S. Lucas pretende apresentar uma catequese sobre Jesus. Por isso, as indicações são mais teológicas do que geográficas ou históricas.
Belém sugere que Jesus é o Messias, da descendência de David, anunciado pelos profetas; um lugar pequeno e afastado dos grandes centros.

O quadro do Nascimento apresenta Natal080a pobreza e a simplicidade que rodeiam a vinda ao mundo do libertador dos homens: a falta de lugar na hospedaria, a manjedoura dos animais a fazer de berço, os panos improvisados que envolvem a criança, a visita dos pastores. É na pobreza, na simplicidade, na fragilidade, que Deus se manifesta aos homens e lhes oferece a salvação.

As testemunhas do Nascimento são os Pastores – gente considerada rude, violenta, marginalizada, colocada ao lado dos publicanos e dos cobradores de impostos. Sugere que é para estes pecadores e marginalizados que Jesus vem; por isso, a chegada de um tal "salvador" é uma "boa notícia". A partir de agora, os pobres, os fracos, os marginalizados, os pecadores, são convidados a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus.

Os títulos dados pelos anjos definem o papel e a Missão de Jesus: Ele é o "Salvador, Cristo e Senhor".
Sejamos também nós os anunciadores desta Boa Nova!


TU CHEGAS, SENHOR, TU VENS SEMPRE!

Chegas à nossa vida para nos encheres da tua força,
chegas com o repicar de sinos para nos despertares,
com mimos de bebé para nos enterneceres,
com a pobreza do estábulo para nos fazeres solidários
e com cânticos e aleluias para nos entusiasmares.

Tu chegas, chegas sempre. Chegas todos os anos,
ou recordas-nos que chegaste,
para não vivermos uma vida rotineira e aborrecida,
para nos arrancares à mediocridade generalizada,
para nos encheres o coração de esperança
e nos envolveres com o Teu amor que faz sonhar.

Chegas à nossa existência habitual,
às nossas relações sem assombros,
às nossas rotinas sem surpresas,
e convidas-nos a olhar para as coisas de novo,
a descobrir a maravilha de tudo o que nos dás
e o que de extraordinário puseste em cada homem.

Chegas e despertas-nos,
agitas a nossa alma e fazes-nos exaltar...
Contigo sentimos que em nós nasce a Vida,
aquela Vida que vieste trazer-nos em abundância
e que tantas vezes as desperdiçamos.
Contigo, a nossa vida torna-se mais útil,
e lanças-nos ao encontro dos outros,
e o nosso coração torna-se imenso,
e o nosso existir universal.
Obrigada por vires uma vez mais.

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM - B

semead04A Palavra de Deus deste Domingo convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança. Reino de Deus não é obra dos homens, mas sim obra de Deus e a comunidade cristã deve ter confiança total na acção do Senhor.

Ele é fiel ao seu plano de salvação e continua, hoje como sempre, a conduzir a história humana para uma meta de vida plena e de felicidade sem fim.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel assegura ao Povo de Deus, exilado na Babilónia, que Deus não esqueceu a Aliança, nem as promessas que fez no passado. Apesar das vicissitudes, dos desastres e das crises que as voltas da história comportam, Israel deve continuar a confiar nesse Deus que é fiel e que não desistirá nunca de oferecer ao seu Povo um futuro de tranquilidade, de justiça e de paz sem fim.

A segunda leitura recorda-nos que a vida nesta terra, marcada pela finitude e pela transitoriedade, deve ser vivida como uma peregrinação ao encontro de Deus, da vida definitiva. É para aí que devemos tender, é essa a visão que deve animar a nossa caminhada.

O Evangelho apresenta uma catequese sobre o Reino de Deus. Trata-se de um projecto que, avaliado à luz da lógica humana, pode parecer condenado ao fracasso; mas ele encerra em si o dinamismo de Deus e acabará por chegar a todo o mundo e a todos os corações. Sem alarde e sem pressa, a semente lançada por Jesus fará com que esta realidade velha que conhecemos vá, aos poucos, dando lugar ao novo céu e à nova terra que Deus quer oferecer a todos.


LEITURA I – Ez 17,22-24
Leitura da profecia de Ezequiel

Eis o que diz o Senhor Deus:
«Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos,
Eu próprio arrancarei um ramo novo
e vou plantá-lo num monte muito alto.
Na excelsa montanha de Israel o plantarei
e ele lançará ramos e dará frutos
e tornar-se-á um cedro majestoso.
Nele farão ninho todas as aves,
toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos.
E todas as árvores do campo hão-de saber
que Eu sou o Senhor;
humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta,
faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca.
Eu, o Senhor, digo e faço».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 91 (92)
Refrão: É bom louvar-Vos, Senhor.

É bom louvar o Senhor
e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade
e durante a noite a vossa fidelidade.

O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano;
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.

Mesmo na velhice dará o seu fruto,
cheio de seiva e de vigor,
para proclamar que o Senhor é justo:
n'Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.


LEITURA II – 2 Cor 5,6-10
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Nós estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido,
enquanto esteve no corpo,
quer o bem, quer o mal.


EVANGELHO – Mc 4,26-34
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer,
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.


RESSONÂNCIAS

Jesus iniciara com sucesso sua actividade missionária. Todavia o primeiro entusiasmo foi cedendo espaço ao desânimo dos discípulos e às hostilidades dos adversários. Qual seria o futuro da missão de Jesus? O texto reflecte também a situação vivida pelas primeiras comunidades cristãs. Após o entusiasmo inicial, sentem-se dominados pelo desânimo, pelas dúvidas, pelas crises e pelo abandono da fé. Marcos usa duas parábolas de Jesus para superar essas crises da comunidade: a semente e o grão de mostarda. Elas revelam a natureza e a dinâmica do Reino, que está a acontecer na vida de Jesus e continua a realizar-se na comunidade da Igreja.

1. A Parábola da Semente fixa o ritmo de crescimento do Reino de Deus: o processo é lento. O agricultor semeia e aguarda com paciência. A semente vai germinando e lentamente crescendo, mesmo sem a participação do lavrador. A força vital de Deus age, garantindo o sucesso da colheita, da Missão. Os frutos não dependem de quem a semeou, mas da força da semente. O crescimento do Reino depende da acção gratuita de Deus.

2. O Grão de Mostarda destaca o grandioso resultado da acção de Deus. A proposta do Reino, uma semente pequena e insignificante no começo, torna-se proposta universal, aberta a todas as nações e povos, que vão aderindo ao projecto de Deus, semeado por Jesus. Assim o Reino de Deus é uma árvore frondosa, ampla e acolhedora.

O que é que estas parábolas podem hoje dizer-nos?
As comunidades conscientes e comprometidas são cada vez mais raras, as equipas pastorais reduzidas parecendo com pouco fulgor. Temos como referência uma religião de sucesso, com as igrejas cheias, celebrações pomposas... Certos pais e educadores gostariam que a semente da palavra produzisse logo os frutos da sua eficiência e não enxergam o resultado... A angústia, não raras vezes, invade-nos e surge então a pergunta: "Vale mesmo a pena continuar a semear?"

Nas parábolas de hoje, Jesus dá uma resposta que nos restitui alegria e optimismo.
Após ter semeado, o que nos resta fazer? Ser paciente e perseverar confiando plenamente que o que foi feito, não foi em vão. Depois de anunciada, a Palavra penetra na mente e no coração, e quem já a escutou nunca mais consegue permanecer o mesmo. O tempo da colheita virá, mas só Deus sabe o dia e a hora; ninguém pode apressar o Reino de Deus.

Qual é a nossa atitude diante do agricultor que semeia com generosidade e sabe esperar com paciência? Temos fé na força íntima da semente, mesmo quando não vemos os frutos? Estamos convencidos de que o Reino de Deus é mais obra de Deus, do que fruto do trabalho humano?

O Reino de Deus é uma pequena semente. Somos convidados a continuar a semear com fé e confiança. Vale a pena semear! Só assim poderemos colher!

 

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