PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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III Domingo do Tempo Comum - B

Cham09aA Liturgia da Palavra deste Domingo propõe-nos a continuação da reflexão iniciada no passado Domingo. Recorda, uma vez mais, que Deus ama cada um de nós e chama-nos à vida plena e verdadeira. A resposta do homem a este convite passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. A disponibilidade dos ninivitas em escutar os apelos de Deus e em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada ao chamamento de Deus.

No Evangelho aparece o convite que Jesus faz a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de "conversão" e de adesão a Jesus e ao Evangelho.

A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que "o tempo é breve" – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. Deus convida cada cristão, em marcha pela história, a viver de olhos postos no mundo futuro – quer dizer, a dar prioridade aos valores eternos, a converter-se aos valores do "Reino".


LEITURA I – Jon 3,1-5.10
Leitura da Profecia de Jonas

A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos:
«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive
e apregoa nela a mensagem que Eu te direi».
Jonas levantou-se e foi a Nínive,
conforme a palavra do Senhor.
Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus;
levava três dias a atravessar.
Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia
e começou a pregar nestes termos:
«Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída».
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus,
proclamaram um jejum
e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno.
Quando Deus viu as suas obras
e como se convertiam do seu mau caminho,
desistiu do castigo com que os ameaçara
e não o executou.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 24 (25)
Refrão: Ensinai-me, Senhor, os vossos caminhos.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças, que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.


LEITURA II – 1 Cor 7,29-31
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

O que tenho a dizer-vos, irmãos,
é que o tempo é breve.
Doravante,
os que têm esposas procedam como se as não tivessem;
os que choram, como se não chorassem;
os que andam alegres, como se não andassem;
os que compram, como se não possuíssem;
os que utilizam este mundo, como se realmente não o utilizassem.
De facto, o cenário deste mundo é passageiro.


EVANGELHO – Mc 1,14-20
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Depois de João ter sido preso,
Jesus partiu para a Galileia
e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Caminhando junto ao mar da Galileia,
viu Simão e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Disse-lhes Jesus:
«Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n'O.
Um pouco mais adiante,
viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João,
que estavam no barco a consertar as redes;
e chamou-os.
Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados
e seguiram Jesus.


Ressonâncias

Uma afirmação: "Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus."  O Reino de Deus resume a esperança de Israel num mundo novo de Paz e de abundância, preparado por Deus para o seu Povo. Era um facto esperado há muito tempo pelo Povo do Senhor. Terminou esse longo tempo de espera; o Reino de Deus está no meio de nós e as promessas estão a realizar-se.

Duas Condições para participar desse Reino: "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho"
Arrepender-se quer dizer mudar a mente e o coração, reformular os valores da vida, para que Deus ocupe nela o primeiro lugar. É rever e remover de nós tudo aquilo que nos afasta de Deus e dos irmãos.
Acreditar no Evangelho não quer dizer apenas conhecer o que lá está escrito, mas aceitar Cristo e os valores que Ele propõe para a nossa vida. Escutar a Sua palavra e conformar a nossa vida aos seus mandamentos, que se resumem num só: O amor a Deus e ao próximo.

Um Convite: Para continuar e completar esse Reino, Chamam04Cristo convida os primeiros apóstolos e, hoje, a cada um de nós: "Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens".
Escolhe pessoas simples, pobres, desconhecidas. Pareceria mais lógico que Ele tivesse escolhido sacerdotes, fariseus e escribas, profundos conhecedores das Sagradas Escrituras. No entanto, a Sua escolha foi outra! Porquê? Mais uma vez Deus prova que a grandeza das coisas de Deus não aparece na imponência dos factos ou das pessoas, mas na humildade, na simplicidade, onde geralmente existe mais fé.

O chamamento
– é sempre uma iniciativa de Deus dirigida a pessoas "normais". Não aconteceu enquanto estavam a rezar ou a fazer algo de extraordinário, mas enquanto exerciam a sua profissão;
– é sempre radical e incondicional; exige que o "Reino" se torne o valor fundamental, a prioridade, o principal objectivo do discípulo;

– é sempre para aderir à pessoa de Jesus, para fazer com Ele uma experiência de vida, para aprender com Ele a ser uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos irmãos;

– exige uma resposta imediata, total e incondicional, que deve sobrepor-se a tudo o resto, para seguir Jesus e para integrar a comunidade do Reino.

O chamamento para integrar a comunidade do "Reino" não é algo reservado a um grupo especial de pessoas, com uma missão especial no mundo e na Igreja, mas é algo que Deus dirige a todas as pessoas. Todos os baptizados são chamados a ser discípulos de Jesus, a "converter-se", a "acreditar no Evangelho", a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida.

Cristo continua a dirigir, ainda hoje, o mesmoVoc33 apelo: "Vinde após mim, farei de vós pescadores de homens." Se tivermos medo, se nos sentirmos incapazes para tanto, olhemos para esses pescadores da Galileia, pobres e muito simples, mas com uma generosidade sem limites.  Largaram tudo e seguiram a Jesus.

A nós, também, Ele continua exigir as mesmas condições para poder segui-l'O: "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho."
Renovemos a nossa fé para compreendermos a grandeza deste convite e assim teremos a generosidade necessária para poder segui-l'O.


Salva-Vidas

Uma catequista, para fazer rir as colegas, contou o episódio, que transcrevo:
"Estava a dar uma lição de catequese sobre Aquele que foi o maior 'Pescador de Homens' de sempre. Percebendo que as crianças não compreendiam o porquê deste título, dediquei a aula a esse esclarecimento. Depois de ter esgotado todos os meus argumentos, perguntei se alguém me sabia dizer, afinal, quem era esse 'Pescador de Homens'. Uma menina levantou o braço e respondeu bem alto:boia
- É um salva-vidas! "

Aquelas senhoras riram-se, não sei se pelas limitações da catequista ou se pela própria incapacidade de apreender a profundidade da declaração.
De facto, todos nós somos náufragos: às vezes sentimo-nos perdidos no alto-mar desta vida, açoitados por tempestades, navegando na escuridão. Precisamos de ajuda, de um autêntico salva-vidas. Se Deus chama alguém é para enviá-lo a salvar, para acender uma luz, dar a mão, trazer a um bom porto. À minha volta cada irmão é para mim um salva-vidas, enviado por Deus. E o mesmo Deus também me chama a ser um salva-vidas para o meu irmão.

Se quem caminha a meu lado cair uma vez, a culpa será sua. Mas se cair uma segunda vez, a culpa será minha porque não lhe dei a mão.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

II Domingo do Tempo Comum - B

Cham14Iniciamos o Tempo Comum. A liturgia deste Domingo propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.

A primeira leitura apresenta-nos o chamamento de Samuel. O autor deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a sua voz.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente que vive em comunhão com Cristo deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus.

O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é "discípulo" de Jesus? Quem pode integrar a sua comunidade? Na perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l'O aos outros irmãos.


Primeira Leitura (1 Sam 3, 3b-10.19)
Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias,
Samuel dormia no templo do Senhor,
onde se encontrava a arca de Deus.
O Senhor chamou Samuel
e ele respondeu: «Aqui estou».
E, correndo para junto de Heli, disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Mas Heli respondeu:
«Eu não te chamei; torna a deitar-te».
E ele foi deitar-se.
O Senhor voltou a chamar Samuel.
Samuel levantou-se, foi ter com Heli e disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Heli respondeu:
«Não te chamei, meu filho; torna a deitar-te».
Samuel ainda não conhecia o Senhor,
porque, até então,
nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor.
O Senhor chamou Samuel pela terceira vez.
Ele levantou-se, foi ter com Heli e disse:
«Aqui estou, porque me chamaste».
Então Heli compreendeu que era o Senhor
que chamava pelo jovem.
Disse Heli a Samuel:
«Vai deitar-te; e se te chamarem outra vez, responde:
'Falai, Senhor, que o vosso servo escuta'».
Samuel voltou para o seu lugar e deitou-se.
O Senhor veio,
aproximou-Se e chamou como das outras vezes:
«Samuel! Samuel!»
E Samuel respondeu:
«Falai, Senhor, que o vosso servo escuta».
Samuel foi crescendo;
o Senhor estava com ele
e nenhuma das suas palavras deixou de cumprir-se.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 39 (40)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Esperei no senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade.


Segunda Leitura (1 Cor 6, 13c-15a.17-20)
Início da primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos:
O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor,
e o Senhor é para o corpo.
Deus, que ressuscitou o Senhor,
também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo?
Aquele que se une ao Senhor
constitui com Ele um só Espírito.
Fugi da imoralidade.
Qualquer outro pecado que o homem cometa
é exterior ao seu corpo;
mas o que pratica a imoralidade
peca contra o próprio corpo.
Não sabeis que o vosso corpo
é templo do Espírito Santo,
que habita em vós e vos foi dado por Deus?
Não pertenceis a vós mesmos,
porque fostes resgatados por grande preço:
glorificai a Deus no vosso corpo.


Evangelho (Jo 1, 35-42)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João

Naquele tempo,
estava João Baptista com dois dos seus discípulos
e, vendo Jesus que passava, disse:
«Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras
e seguiram Jesus.
Entretanto, Jesus voltou-Se;
e, ao ver que O seguiam, disse-lhes:
«Que procurais?»
Eles responderam:
«Rabi – que quer dizer 'Mestre' – onde moras?»
Disse-lhes Jesus: «Vinde ver».
Eles foram ver onde morava
e ficaram com Ele nesse dia.
Era por volta das quatro horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro,
foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus.
Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe:
«Encontrámos o Messias» - que quer dizer 'Cristo' –;
e levou-o a Jesus.
Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe:
«Tu és Simão, filho de João.
Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer 'Pedro'.


Ressonâncias

Terminadas as festas do Tempo do Natal do Senhor, estamos a iniciar o Tempo Comum. Comum do dia-a-dia, da vida simples, vivida na presença do Senhor que está sempre presente na Sua Igreja na força do seu Espírito Santo, dando vigor à Palavra e eficácia aos sacramentos.

As leituras que acabamos de escutar falam-nos de um Deus que chama, que entra na nossa vida e nos dirige o seu apelo. Foi assim com Samuel, com os primeiros discípulos, e lá vão eles: "Rabi, onde moras?" E Jesus convida-os: "Vinde e ver. Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia". Deve ter sido uma experiência única, porque o evangelista diz que "era por volta das quatro horas da tarde". Tão intensa deve ter sido a experiência de estar com Jesus que sentiram vontade de a partilhar com os outros. André foi procurar o seu irmão Simão e disse-lhe: "Encontrámos o Messias". De seguida, convida-o a conhecer Jesus. Este Simão, que conheceu Jesus pelo seu irmão André, será Pedro, o primeiro dos Apóstolos.

É impressionante, quase que inacreditável, que Deus nos conheça pelo nome, que o Senhor nos chame e nos queira companheiros no caminho da vida. Também nós somos conhecidos pelo nome, os nossos passos, o nosso coração, a nossa vida são conhecidos pelo Senhor. E Ele chama-nos com amor. A nós, que procuramos a felicidade e a realização na vida, o Senhor também dirige a mesma pergunta: "O que procurais?" Fiquemos com o Senhor e encontraremos aquilo que o nosso coração procura, aquilo que faz a vida valer a pena.

Mas, esse "estar com o Senhor", esse "permanecer com Ele", que é o início da própria vida eterna já neste mundo, não se pode dar sem que realmente sejamos de Cristo, com todo o nosso ser, corpo e alma. Aqui aparece com toda clareza a urgência e a actualidade da advertência de São Paulo, feita aos coríntios e a nós. Corinto era uma cidade particularmente devassa. E, como hoje, os cristãos eram tentados a "corintiar", a entrarem na onda, achando tudo normal, moderno e compatível com a fé.

Durante cinco domingos, na segunda leitura iremos ler, esta carta de São Paulo aos Coríntios. É um texto que fala sobre as implicações éticas da fé em áreas diversas. Hoje, por exemplo, S. Paulo recorda-nos a importância do corpo a partir de uma antropologia cristã: "O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo". Esta frase diz-nos que Jesus pede uma vida coerente com a fé (as obras coerentes com a fé que se professa).

Como Samuel e com a ajuda da comunidade cristã, temos que ir descobrindo o chamamento que o Senhor continua a fazer na nossa vida. Há que reconhecer a voz de Deus em todos os momentos para responder com confiança e convicção: "Fala, Senhor, que o teu servo escuta". Também nós podemos ter a mesma experiência dos discípulos com Jesus: querer conhecê-l'O, procurá-l'O, segui-l'O, ficar com Ele, dar testemunho. A vida cristã é seguir Jesus, é um caminho que se percorre na vida de todos os dias.


O dia mais importante

Era por volta das 4 hora da tarde. É surpreendente esta recordação que os discípulos têm do primeiro encontro com Jesus. Foi uma experiência fascinante que nunca mais esqueceram, lembrando-se de pormenores como a hora precisa, o que estavam a fazer, onde, com quem estavam, etc...

Perguntei a uma criança:
— E para ti qual é o dia mais importante ou mais feliz?
— Foi o dia da minha Primeira Comunhão, respondeu.
Recordei que até o Imperador Napoleão respondeu assim. Para ele o dia mais feliz não foi quando venceu a maior batalha ou quando foi coroado imperador, mas o da Primeira Comunhão. E a criança ficou satisfeita com a coincidência.

— E tu és capaz de adivinhar, agora, qual é o diaHoje mais importante para mim?
A resposta surgiu em avalanche: foi o dia em que entrou no seminário, o dia da ordenação sacerdotal, o dia da primeira Missa...
— Nada disso. O dia mais importante para mim é hoje. Por isso não tenho saudades do passado. Hoje é mais importante que ontem e amanhã ainda melhor que hoje.

Que todos possamos viver com toda a intensidade o dia de hoje, como encontro pessoal com Deus, sentindo os seus efeitos e progredindo no seu caminho, tal como os primeiros discípulos experimentaram.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

"Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia." (Jo 1, 39)

Aprender caminhando

O convite a caminhar tornou-se o "remédio"JC23 mais prescrito por todas as especialidades da medicina. "Faça isto, tome aquilo e, se possível...caminhe", passaram a dizer os médicos para termos uma vida saudável. E parece que é mesmo verdade: caminhar faz bem. O filósofo Aristóteles, que tinha por método o ensino ao ar livre e em longas caminhadas, tinha fundado a escola peripatética (a "daqueles que passeiam") e Jesus chama os seus discípulos "para andarem com Ele" (Mc 3, 14). O convite que Jesus fez aos dois discípulos depois de lhe perguntarem onde morava aponta o movimento constante de uma intimidade que não se instala. O conhecimento implica a experiência pessoal, a fé supõe encontro e caminho feito ou a fazer em comum.

"Parar é morrer" diz a sabedoria popular e nestes dias difíceis não podemos deixar que vença essa "pequena morte". São escandalosos os contrastes de rendimentos, desvaloriza-se o tesouro do trabalho humano, fragiliza-se a confiança e sentimo-nos perdidos entre a sobrevivência e o sonho. Sente-se a dor dos mais jovens que não falam em futuro e quase não têm memória histórica (e podemos aprender tanto com o passado!), e também a dos mais velhos que parecem antecipadamente despedidos da vida, julgados inúteis ou incapazes. Mas há também o desejo de aprender a viver de um modo novo. Talvez mais simples, mais centrado no essencial, valorizando mais as pessoas do que as coisas. Quando voltamos a calçar as sapatilhas para fazer uma caminhada ou uma corrida, a primeira tentação é desistir porque todos os músculos estão emperrados e doem imenso. O grande segredo está em caminhar com outros, em fazer da fragilidade de todos uma força que anima a prosseguir.

O encontro com Jesus revoluciona a vida. Da beira do rio e do ofício de pescadores os primeiros discípulos são lançados no turbilhão de uma boa nova que não deixa nada na mesma. Que não se acomoda nem procura estatuto, que não se deixa aprisionar na riqueza nem no poder estabelecido, que convoca dons e capacidades para fazer melhor. Esta boa nova que não cessa de propor ideias novas, caminhos a fazer em comum, transformação de mentalidades e de hábitos. A boa nova que é caminhar com Jesus e entender a fé como caminho.

Se aos primeiros discípulos de Jesus chamavam "os do Caminho", percebemos melhor que acreditar em Jesus é, acima de tudo, caminhar com Ele. E não caminhamos com Ele sem caminhar com outros. Em comunidade que sofre e se alegra juntamente. Como convida o Papa Bento XVI a Igreja a vivermos um "Ano da Fé", de Outubro deste ano a Novembro de 2013, nos 50 anos do Concílio Vaticano II e nos diz: "A fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e comunicada como experiência de graça e de alegria."

Pe. Vítor Gonçalves
in Voz da Verdade, 15-01-2012

Dia de São Martinho

SMartinho22Estamos a festejar um dos grandes santos populares: São Martinho de Tours.
São Martinho é símbolo da partilha generosa e da fraterna solidariedade. Sabes quem foi e o que fez dele uma referência tão popular? De certeza que já ouviste falar da lenda do Verão de São Martinho... Deixo-te aqui uma pequena biografia deste grande homem de Deus.

HISTÓRIA E LENDA DE S. MARTINHO
São Martinho nasceu em Sabária, na antiga província romana da Panómia – hoje Hungria –, por volta do ano 316. Era filho de pais pagãos. Fez os seus estudos em Pavia, onde vivia a família e, aos quinze anos, entrou ao serviço exército romano tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial.

Um dia, aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa tarde chuvosa e fria de Inverno do ano 338, às portas de Amiens, Martinho seguia montado no seu cavalo, quando viu um homem muito pobre, vestido de roupas andrajosas e regelado pelo frio, que lhe estendia a mão, pedindo esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, num gesto de compaixão e de solidariedade, cortou ao meio o manto do seu uniforme militar e partilhou-o com o mendigo. Os outros soldados, seus companheiros, zombaram de tal atitude filantrópica, porque Martinho ficara com a capa rasgada. Mas, segundo reza a lenda, de imediato, a chuva e o mau tempo desapareceram, brilhando nesse mesmo instante os raios do Sol por entre as nuvens – parecia uma dia Verão! Este episódio ficou conhecido como "Verão de São Martinho".

Depois daquele encontro de Martinho com o pobre mendigo – que mais tarde ele irá reconhecer com o próprio Jesus! –, sentiu-se um homem novo. Compreendeu que, a partir de então, tinha que mudar de vida. Não podia continuar a perseguir mais ninguém e os cristãos eram mais seus irmãos que inimigos.

Converteu-se à fé cristã e na noite de Páscoa de 339 recebeu em Poitiers o Baptismo. A partir de então, não podia continuar a ser mais um guarda imperial e a solução foi renunciar à carreira militar, obtendo do imperador a exoneração do seu cargo.

Com o desejo ardente de difundir e anunciar o Evangelho do Senhor, partiu para a Panómia, sua terra natal, onde só consegue converter a mãe. Os hereges arianos, aí predominantes, obrigaram-no a fugir. Regressa à península itálica e, na ilha Gallimara – na costa da Ligúria – entrega-se completamente à vida eremítica.

Quando teve conhecimento que o seu amigo, Santo Hilário, fora nomeado bispo de Poitiers, Martinho decidiu ir ter com ele e, a seu conselho, deixou a vida de eremita de Gallimara, fundando um mosteiro próximo de Ligugé, na França. Tempos depois, é por este ordenado sacerdote e, anos mais tarde, eleito e aclamado bispo da diocese de Tours, continuando, no entanto, a viver fraternamente com os seus monges num eremitério feito de cabanas às portas da cidade.

Foi um insigne modelo de bom pastor. Fundou vários mosteiros, dedicando-se empenhadamente à formação do clero e à evangelização dos pobres. Governou a diocese durante vinte e sete anos. Morreu a 8 de Novembro de 397, em Candes, onde se deslocara para aí restaurar a paz. Nos últimos dias, esgotado pelo cansaço e pela fadiga, rezava assim: "Senhor, se ainda sou necessário ao teu povo, não me recuso a sofrer".

Os seus restos mortais regressaram a Tours e, no dia 11 de Novembro, foi aí sepultado, tornando-se o primeiro padroeiro da França e um modelo de humildade e caridade. Foi um dos santos mais amados da Idade Média e o seu túmulo tornou-se num dos maiores centros de peregrinação de toda a Europa ocidental.

Ainda hoje o seu espírito continua a ser fonte de inspiração. Em 2005, foi reconhecido pelo Conselho Europeu "personnage européen, symbole du partage", tendo este conceito de partilha revestido uma oportuna contemporaneidade.

O facto de este dia coincidir com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas – do vinho, das castanhas e de outros frutos outonais, bem como da matança do porco –, leva a que a festa de São Martinho tenha toda uma componente de exuberância e de um salutar convívio fraterno. E lá diz o ditado que "no dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho" ou, então, "em dia de São Martinho mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho".

Celebremos com alegria o exemplo deste grande homem de Deus. Um bom dia de São Martinho!
pe. alexandre santos

Domingo da Santíssima Trindade - A

Trind03

Celebramos hoje a Solenidade da Santíssima Trindade. Esta festa não é um convite para decifrar o "Mistério" que se esconde por detrás de "um Deus em três pessoas", mas uma oportunidade para contemplar o nosso Deus, que é amor, que é família, que é comunidade e que criou o homem para o fazer comungar nesse mistério de amor.

Na primeira Leitura, Moisés "sobe ao Sinai", fala com Deus e intercede pelo povo, que se afastara do Senhor e da Aliança. Deus é sempre o mistério que a "nuvem" esconde e revela: notamos a sua presença, mas sem ver os contornos do seu rosto. Para entrar neste mistério, é necessário "subir o monte" da Aliança e estabelecer comunhão com Ele através da Oração e da escuta da Palavra.

Na segunda Leitura, S. Paulo saúda os primeiros cristãos com uma fórmula trinitária, que repetimos ainda hoje no início da Eucaristia: "A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam sempre convosco". Deus é comunhão, Deus é família e pretende atrair a humanidade para esta dinâmica de amor.

O Evangelho revela a verdadeira face de Deus. Convida-nos a contemplar um Deus cujo amor pelos homens é tão grande, a ponto de enviar ao mundo o seu Filho único. E Jesus cumprindo o plano do Pai, fez da sua vida um dom total, até à morte na cruz, a fim de oferecer aos homens a vida definitiva. Nesta fantástica história de amor, plasma-se a grandeza do coração de Deus.


Primeira Leitura (Ex 34,4b-6.8-9)
Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias,
Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai,
como o Senhor lhe ordenara,
levando nas mãos as tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés,
que invocou o nome do Senhor.
O Senhor passou diante de Moisés e proclamou:
«O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo,
sem pressa para Se indignar
e cheio de misericórdia e fidelidade».
Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração.
Depois disse:
«Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos,
digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós.
É certo que se trata de um povo de dura cerviz,
mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades
e fareis de nós a vossa herança».


SALMO RESPONSORIAL – Dan 3,52-256
Refrão: Digno é o Senhor de louvor de glória para sempre.

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentados sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento dos céus:
digno de louvor e de glória para sempre.


Segunda Leitura (2Cor 13,11-13)
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição,
animai-vos uns aos outros,
tende os mesmos sentimentos, vivei em paz.
E o Deus do amor e da paz estará convosco.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo.
Todos os santos vos saúdam.
A graça do Senhor Jesus Cristo,
o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo
estejam convosco.


Evangelho (Jo 3,16-18)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João

Naquele tempo,
disse Jesus a Nicodemos:
«Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n'Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado,
mas quem não acredita n'Ele já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».


RessonânciasTrind

Santíssima Trindade, que verdade consoladora!...
Em nós está o Pai que nos chamou do nada, nos insuflou o sopro da vida, deu-nos um nome e em nós confiou a Sua missão;
Em nós está o Filho, que entregou a sua vida por nós;
Em nós está o Espírito Santo que nos ilumina e fortalece nos caminhos de Deus.
E toda esta maravilha veio até nós no dia do nosso Baptismo.

Ter este tesouro tão precioso dentro de cada um deve provocar em nós três atitudes:
- Adoração: Como não dar glória, bendizer e agradecer o hóspede divino, que faz da nossa alma um verdadeiro Santuário?
- Amor: Deus, apesar da Sua grandeza, fica connosco como um pai amoroso. Como não corresponder ao Seu amor?
- Imitação: O Amor nos levará à imitação da Santíssima Trindade, dentro do possível de nossa pequenez...

Celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade é então um momento oportuno para relembrarmos a nossa origem e a comunhão que devemos sempre restaurar em nós, para sermos de facto imagem e semelhança de Deus.
Todos, nós baptizados, somos chamados a ser reflexos da Santíssima Trindade, sinais de comunhão, de partilha e de esperança, num mundo tão dividido, individualista e sem esperança.


Santo Agostinho e o mistério da Santíssima Trindade

Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério.
Conta-se que, um dia, andava Santo Agostinho a passear pela praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: "Um Deus em três pessoas distintas!..." Completamente compenetrado, pediu a Deus uma luz para que o ajudasse a desvendar aquele mistério.

Enquanto caminhava, deparou com uma criança a brincar na areia. praia3Fazia um trajecto curto, mas repetitivo. Corria com um pequenino balde na mão até um pequeno buraco que ela tinha feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia-o e novamente o esvaziava dentro daquele pequeno buraco.
Curioso, resolveu perguntar à criança o que é que ela pretendia com aquilo.

O menino, olhando-o, respondeu-lhe com simplicidade:
– «Quero colocar toda a água do mar neste buraco.»

Santo Agostinho sorriu e contestou:
– «Olha lá, meu menino, não vês que isso é impossível?»

Então, a criança, novamente olhando para o Santo, retorquiu-lhe:
– "Meu senhor, é mais fácil colocar aqui, neste buraquinho, toda água do oceano do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!".

E continuou:
– «Quem fita o sol, deslumbra-se; e quem persiste em mirá-lo, ficará cego. Assim sucede com os mistérios da fé: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstina em perscrutá-los perder-se-á completamente.»
E a criança, que era um anjo, desapareceu...

Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremamente limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza pelas suas próprias forças ou pelo seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

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Senhor, como posso eu entender um Deus tão grande como Tu,
vir até mim para Se revelar Pai, Filho, Espírito, três pessoas distintas, mas Um só!
Loucura para minha cabeça humana, demais para compreender!
Para mim, basta que Tu queiras ficar comigo... e que me ames!


Santíssima Trindade

Conta-se que, certa vez, um filósofo cruzou-se com algumas crianças que vinham da catequese paroquial.
– Então, o que é que aprenderam hoje na vossa catequese?
– Hoje aprendemos o mistério da Santíssima Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

– Ena pá, com tanta gente! E qual deles é o mais velho?
– As pessoas divinas são eternas portanto em Deus não há idade.
crianca21

– Então o pai não é mais velho do que o filho? Insiste o filósofo.
– Claro que não. Aprendemos que há um só Deus em três pessoas iguais e distintas.

– Então diz-me lá. O teu pai não é mais velho do que tu?– Não senhor...

– São essas mentiras que vão aprender à catequese? Olha, o meu pai é mais velho do que eu.
– Pois fique a saber que o meu não. O meu pai é há tanto tempo meu pai como eu sou seu filho. Enquanto eu não fui filho dele, ele não foi meu pai.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, ao Deus que é, que era e que vem, como era no princípio, agora e sempre.
As pessoas divinas não são três deuses porque o cumprimento, a largura e a profundidade dum corpo não são três corpos; nem a raiz, o tronco e os ramos não formam três árvores; como a forma, a cor e a fragrância da flor não fazem três flores. Assim Deus não se contenta em relacionar-se com o Homem apenas como Pai, mas também como irmão, por Jesus Cristo, e como Espírito vivificante.

Pe. José David Vieira, scj

Vento do Pentecostes

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Vento do Pentecostes,
Espírito do Senhor,
que fizeste da manhã da criação
a festa da vida.

Tu que derramaste sobre o homem das origens
a tua imagem e semelhança,
fazendo dele um espelho da Tua presença.

Tu que desceste sobre os profetas,
tornando-os mensageiros da Tua Palavra.
Tu que acompanhaste o povo de Deus pelo deserto
e o conduziste à terra prometida.

Tu que desceste sobre o coração Santíssimo de Maria
e com Ela estabeleceste uma aliança de amor
donde nasceu a humanidade nova.

Tu, que no dia do Pentecostes
puseste todas as culturas em comunhão
e ensinaste todas as línguas
a proclamar as tuas maravilhas.

Tu que precedeste os teus apóstolos
e os esperaste em todos os confins do mundo,
para que eles revelassem os sinais da tua presença.
Tu que lhes falaste através dos acontecimentos,
das perseguições, das intuições
e das angústias e apelos dos homens e das mulheres.

Tu que suscitastes leigos e leigas
para prolongar e solidificar as sementes dos teus apóstolos.
Tu que inspirastes os institutos religiosos
e com ele ungiste todos os missionários
para os enviar a anunciar a Boa Nova aos pobres,
dar luz aos cegos e liberdade aos cativos.

Faz que cada comunidade, cada grupo e cada cristão
seja um foco contagiante do teu amor,
um desafio permanente a uma renovação constante
e a uma fidelidade criativa,
onde a novidade de Deus interpele e inspire,

renove e santifique os homens e as mulheres do nosso tempo.

A. Torres Neiva

 

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