Localização
IGREJA PAROQUIAL DE SÃO MIGUEL DE QUEIJAS
Rua João XXI, n.º 21 - 2790-370 QUEIJAS
Coordenadas GPS:
N 38.718742º W -9.263100º / N 38º 43' 7.471" W -9º 15' 47.16"
QUEIJAS é uma vila portuguesa do Município de Oeiras, com 2,27 km² de área e contava em 2011 com 10377 habitantes.
Esta Freguesia foi oficialmente criada em 11-06-1993, por desmembramento da freguesia de Carnaxide, integrando as povoações de Queijas e Linda-a-Pastora, e foi elevada a Vila em 12-07-2001.
Tem como limites geográficos, a Norte e a Oeste com Barcarena, a Sudoeste com Caxias, a Sul com Cruz-Quebrada Dafundo, a Sudeste com Linda-a-Velha, e a Nordeste com Carnaxide.
Foi agregada, pela reorganização administrativa da Lei n.º 11-A/2013, de 28 de Janeiro, sendo o seu território integrado, a partir de então, na União de Freguesias de Carnaxide e Queijas.
Queijas, outrora conhecida por Quejas, está relacionada com povos pré-romanos, não tem, tanto quanto se saiba, elementos reconhecidos que nos indiquem qual a verdadeira razão do seu nome, nem desde quando a sua existência.
Em 1865, Queijas contava com 35 fogos e 148 habitantes e esta população dedicava-se essencialmente à lavoura e à pastorícia. Estes registos relatam as excelentes condições naturais relativas à qualidade dos solos de produção agrícola. Isso poderá justificar a importância histórica que Queijas teve, na produção rural e na pastorícia, que segundo os mesmos registos, forneciam grande parte da área da actual Lisboa. Sabe-se, no entanto, que em meados de séc. xx existiam alguns rebanhos e que as redondezas eram abastecidas por leite de Queijas.
Com a construção do Estádio Nacional e da A5, muitas pessoas deslocaram-se para esta localidade e aí construíram as suas casas. Celebrava-se a Eucaristia na garagem do Sr. Daniel, dava-se catequese aqui e ali, onde era possível juntar as crianças e os adolescentes. Era cada vez mais urgente a construção de um espaço de culto que acolhesse com dignidade esta população tão devota. Foi então construído um grande barracão, mas rapidamente se descobriu que esta não era a melhor solução... Tornava-se necessário avançar para o projecto de uma Igreja ampla e moderna, que irá ser entregue aos Arquitectos Costa Pecegueiro e Coimbra Neves.
Na década de 80, as muitas vontades desta terra congregaram-se para o lançamento da primeira pedra, dando início à construção de uma Igreja que vai congregar esta comunidade. Era a realização de um sonho! Assim, em 28 de Setembro de 1986, foi inaugurada/dedicada a nova Igreja de São Miguel Arcanjo e, um ano depois (08-12-1987), o Patriarcado de Lisboa irá elevar esta comunidade a Paróquia.
Linda-a-Pastora, (Ninha a Pastora) fazendo parte desta Freguesia e desta Paróquia é, por certo, bem mais antiga.
A sua Capela, dedicada a São João Baptista é, uma das referências mais importantes desta população. Desconhece-se o ano da sua construção, porém, são conhecidas várias intervenções de renovação, conservação e restauro. A primeira é de 1639; a segunda por volta de 1880 (pós-terramoto); a terceira na década de 1990, e, mais recentemente, nos anos de 2021-2022.
Há que referir que este espaço de culto foi classificado como imóvel de valor concelhio, através do Edital n.º 184/2004 (2.ª série), publicado no Diário da República, n.º 67, II Série, de 19 de Março de 2004.
Em 26-01-1531 ocorreu um grande terramoto em Lisboa que atingiu fortemente muitas povoações limítrofes, destacando-se a zona Oeste, Setúbal, Alentejo e Beira Litoral, bem como o sul de Espanha. É considerado o segundo terramoto mais destrutivo que abalou Lisboa. Segundo a obra do Pe. Francisco Santos Costa "o estado da Capela era tal que precisou de ser totalmente renovada". E o Pe. António Figueira refere que, em 1639, esta Capela/Ermida de São João Baptista foi objecto de grandes obras, o que leva a concluir que, se tais obras eram tão urgentes, a sua existência seria bastante anterior... Será que esta ermida já existiria antes do terramoto de 1531?
As obras de conservação e restauro que fizemos recentemente, em 2021-22, revelaram agradáveis surpresas nesta capela, bem anteriores ao terramoto de 1755, deixando todos surpreendidos pelas descobertas encontradas no acesso à sacristia e púlpito, corredor e, de forma surpreendente, no tecto, no altar-mor e presbitério da Capela.