PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Oração pela Família

Familia14

Jesus, Maria e José,
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje dirigimos o olhar com admiração e confiança;
em vós contemplamos a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.

Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
dá-nos o olhar claro que sabe reconhecer a
obra da providência nas realidades quotidianas da vida.

Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.

Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do carácter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade
e de paz para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.

Jesus, Maria e José
a Vós com confiança rezamos,
a vós com alegria nos confiamos. Ámen

Papa Francisco

S. Francisco e o Presépio

Greccio NatalS. Francisco de Assis recriou, em Greccio  no Valle Santa, na província de Rieti, na Itália –, o ambiente do Nascimento de Jesus em Belém.

Segundo a tradição Franciscana, sabe-se que no Natal de 1223, três anos antes da sua morte e quinze dias antes da festa do Natal, Francisco foi ter com um senhor da aldeia de Greccio a quem manifestou o desejo de celebrar a noite de Natal com grande solenidade, pedindo-lhe para preparar tudo o que pudesse dar uma ideia do nascimento de Jesus em Belém. E acrescentou: «Quereria vê-lo com estes meus olhos, exactamente como ele esteve no presépio, deitado a dormir sobre a palha duma manjedoura, entre um boi e um jumento».

Fizeram-lhe a vontade. Mas note-se que S. Francisco, no cenário do que hoje chamamos um presépio, apenas refere a manjedoura com palha e os dois animais. O mais importante para ele era pôr em relevo a humildade e a pobreza, imaginar Jesus «tal como ele estava», em absoluta privação de tudo, no presépio da gruta de Belém. Pediu também ao proprietário de Greccio que convidasse para a solenidade toda a população local e arredores. Foram muitos os que aceitaram o convite e vieram, armados de archotes, tomar parte na festividade onde não faltava fervor, alegria e luz exterior e interior.

O Natal de Greccio foi um acontecimento único. O presépio de S. Francisco reduzia-se ao que ele, há muito tempo trazia no coração: celebrar de forma visível e impressionante a humildade do nascimento do Filho de Deus, o mistério da Encarnação. E para esse homem de Deus, cujo sonho era viver a pobreza de Jesus, contemplar a pobreza dum presépio ou curral de gado equivalia a contemplar o próprio Menino de Belém. É preciso nunca esquecer o pormenor: a manjedoura do curral de Greccio só tinha a palha que serviria de alimento aos animais. Não havia personagens vivas a representar Maria nem José, nem qualquer Menino de carne nem de barro. Nunca houve antes nem haverá jamais outro presépio como o de Greccio, feito apenas de desejo e de adoração interior.

S. Francisco não pretendeu apenas contemplar o ambiente dum presépio pobre e humilde; quis além disso, e mais do que isso, que lá fosse celebrada a Missa da meia-noite do Natal, realçando a importância da Missa e da relação que ele estabelecia entre a Missa e o Natal. Segundo a tradição, no fim da missa S. Francisco teve uma visão do Menino Jesus tendo-o tomado nos seus braços. Como explicar que tenha tido a visão do Menino especialmente no fim da missa? A explicação talvez ele mesmo a tenha dado numa das suas Exortações (Ex 1,15-18).

S. Francisco ensinou-nos a olhar para os nossos presépios tradicionais de forma diferente, não apenas com os olhos da cara mas também com o olhar do Espírito.


«Essa noite representou para ele o triunfo da simplicidade, da pobreza e da humildade. “Greccio transformou-se em nova Belém”. O Menino Jesus esteve lá presente, sim, na Fé e no Amor de Francisco.» (in Descobrir São Francisco de Assis, por Gerard Guitton

«Porque não reconheceis a verdade, acreditando no Filho de Deus? Vede como ele se humilha todos os dias, da mesma forma que quando baixou do seu trono régio a tomar carne no seio da Virgem: cada dia ele vem até nós em aparências de humildade; cada dia desce do seio do Pai sobre o altar para as mãos do sacerdote.» S. Francisco in Exortações (Ex 1,15-18)

XXXIV Domingo do Tempo Comum - A

Paix006 Solenidade de Cristo Rei
Neste último domingo do Ano Litúrgico, comemoramos a Solenidade de Jesus Cristo Rei e Senhor do Universo. Esta festa, criada pelo Papa Pio XI em 1925, suscitou de início espanto e até algumas objecções. Seria oportuno reivindicar a Cristo esse título, no momento em que desapareciam as monarquias? Além disso, a palavra Rei lembra-nos poder, riqueza, luxo. Que tipo de Rei é esse? Que tipo de reinado Ele nos propõe? As Leituras bíblicas apresentam três aspectos da Realeza do Senhor Jesus.

A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.

Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse "Reino de Deus" de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-Se-á em tudo e actuará como "Senhor de todas as coisas".

O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o "Rei" Jesus a interpelar os seus discípulos acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechar-se em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino.


Primeira Leitura (Ez 34,11-12.15-17)
Leitura da Profecia de Ezequiel

Eis o que diz o Senhor Deus:
«Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas
e hei-de encontrá-las.
Como o pastor vigia o seu rebanho,
Quando estiver no meio das ovelhas
que andavam tresmalhadas,
para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram
num dia de nevoeiro e de trevas.
Eu apascentarei as minhas ovelhas,
Eu as levarei a repousar, diz o Senhor.
Hei-de procurar a que anda tresmalhada.
Tratarei a que estiver ferida,
darei vigor à que andar enfraquecida
E velarei pela gorda e vigorosa.
Hei-de apascentá-las com justiça.
Quanto a vós, meu rebanho,
assim fala o Senhor Deus:
Hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas,
entre carneiros e cabritos».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22 (23)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas,
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.


Segunda Leitura (1Cor 15,20-26.28)
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos,
como primícias dos que morreram.
Uma vez que a morte veio por um homem,
também por um homem
veio a ressurreição dos mortos;
porque, do mesmo modo que
em Adão todos morreram,
assim também em Cristo
serão todos restituídos à vida.
Cada qual, porém, na sua ordem:
primeiro, Cristo, como primícias;
a seguir, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
Depois será o fim,
quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai.
É necessário que Ele reine,
até que tenha posto todos os inimigos
debaixo dos seus pés.
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte,
porque Deus «tudo submeteu debaixo dos seus pés».
Quando todas as coisas Lhe forem submetidas,
então também o próprio Filho Se há-de submeter
àquele que Lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.


EVANGELHO – Mt 25,31-46
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Quando o Filho do homem vier na sua glória
com todos os seus Anjos,
sentar-Se-á no seu trono glorioso.
Todas as nações se reunirão na sua presença
e Ele separará uns dos outros,
como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
'Vinde, bem ditos de meu Pai;
recebei como herança o reino
que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-Me de comer;
tive sede e destes-me de beber;
era peregrino e Me recolhestes;
não tinha roupa e Me vestistes;
estive doente e viestes visitar-Me;
estava na prisão e fostes ver-Me'.
Então os justos Lhe dirão:
'Senhor, quando é que Te vimos com fome
e Te demos de comer,
ou com sede e Te demos de beber?
Quando é que Te vimos peregrino e te recolhemos,
ou sem roupa e Te vestimos?
Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?'
E o Rei lhes responderá:
'Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes
a um dos meus irmãos mais pequeninos,
a Mim o fizestes'.
Dirá então aos que estiverem à sua esquerda:
'Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o demónio e os seus anjos.
Porque tive fome e não Me destes de comer;
tive sede e não Me destes de beber;
era peregrino e não Me recolhestes;
estava sem roupa e não Me vestistes;
estive doente e na prisão e não Me fostes visitar'.
Então também eles Lhe hão-de perguntar:
'Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede,
peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão,
e não Te prestámos assistência?'
E Ele lhes responderá:
'Em verdade vos digo:
Quantas vezes o deixastes de fazer
a um dos meus irmãos mais pequeninos,
também a Mim o deixastes de fazer'.
Estes irão para o suplício eterno
e os justos para a vida eterna».


RessonânciasCristoRei1

Esta cena do juízo final não é uma descrição fotográfica do que vai acontecer no final dos tempos. Ela revela-nos que o amor é a condição essencial para fazer parte do Reino. O egoísmo e a indiferença para com o irmão não têm lugar no Reino de Deus. Quem ama não terá que temer o juízo de Cristo, Rei do Amor.

Jesus, no decorrer da sua vida – quando até seria fácil assumir esse título de "Rei" – não aceitou esse direito: na Sinagoga, onde falava com tanto brilho; no Jordão, onde a Trindade se revelou; no Tabor, quando apareceu com tanto esplendor e glória; nos milagres grandiosos, como na multiplicação dos pães, quando até queriam proclamá-l'O Rei.

Mas, diante de Pilatos, perante a iminência da cruz, Jesus afirma: "Sim, sou Rei, e para isso Eu vim ao mundo, mas o meu Reino não é daqui". Na Cruz, num trono bem diferente, diante de um povo hostil que o maltrata: "Se és Rei, salva-te a ti mesmo e desce da cruz!"; ao Bom Ladrão, que reconhece a Sua realeza e Lhe suplica – "Lembra-te de mim, quando estiveres no Teu Reino" –, Jesus lhe assegura: "Hoje, mesmo, estarás comigo no Paraíso."

O Prefácio da Missa também nos diz em que consiste esse Reino: "Reino da Verdade e da Vida; Reino da Santidade e da Graça; Reino da Justiça, do Amor e da Paz". É esse o verdadeiro Reino de Cristo.

O Reino de Deus é uma semente que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história através do amor e que terá o seu tempo definitivo, no mundo que há-de vir. No entanto, esse Reino já está no meio de nós. E Jesus convida-nos a fazer parte desse Reino e a trabalhar para que esse Reino chegue ao coração de todos os homens. É o que Ele nos convida a rezar, no Pai Nosso: "Venha a nós o vosso Reino..."


QUANDO EU TINHA FOME...TCalcuta1

Quando eu tinha fome, deste-me de comer,
Quando eu tinha sede, deste-me de beber,
Quando eu estava sem casa, abriste-me as tuas portas,

Quando eu estava nu, deste-me o teu manto,
Quando eu estava cansado, ofereceste-me descanso.
Quando eu estava inquieto, acalmaste-me os tormentos.

Quando eu era pequeno, ensinaste-me a ler,
Quando eu estava só, trouxeste-me o amor,
Quando eu estava preso, vieste ver-me à minha cela,
Quando eu estava acamado, vieste-me tratar,
Em país estranho, fizeste-me bom acolhimento,
Desempregado, arranjaste-me emprego,
Ferido em combate, curaste-me as feridas,
Carente de bondade, estendeste-me a mão.

Quando eu era preto, amarelo ou branco,
Insultado e escarnecido, carregaste a minha cruz,

Quando eu era idoso, ofereceste-me um sorriso,
Quando eu estava preocupado, compartilhaste a minha pena.

Viste-me coberto de escarros e de sangue,
Reconheceste-me sob o meu rosto suado,
Quando me escarneciam, estavas a meu lado,
E quando eu era feliz, compartilhavas a minha alegria.

Faminto, não só de pão,
mas também de existir para alguém;
nu, não só por falta de roupa, mas também por falta de compaixão,
pois muito pouca gente a concede a desconhecidos;
desalojado não só dum abrigo feito de pedras,
mas dum coração amigo,
de quem a pessoa possa afirmar que tem alguém por si.

(Madre Teresa de Calcutá, in Trago-vos o Amor)


Sorrir a todossorriso

Uma vez apresentou-se no Céu um homem tão simples, tão humilde que até os santos se espantaram:
— Como é pequena a sua alma! Não tem as vestes brancas das Virgens, nem a coroa dos Mártires, não tem a estola dos Pastores nem a divisa das Ordens Religiosas. Que terá feito de especial para estar aqui?

O homem, já preocupado com isso, ainda tremeu mais ao ouvir as perguntas que Deus fazia a quem se aproximava:
— Partilhaste os teus bens com os pobres? Ensinaste a minha Palavra? Viveste os Mandamentos?

Quando chegasse a sua vez que iria responder? Nada partilhara porque nada de seu tivera. Não ensinou nem viveu os mandamentos porque nunca os aprendeu. Qual seria o seu lugar ali?

Chegado ao trono, Deus abriu o livro da vida, olhou para o homem e disse:
— Aqui está escrito apenas uma coisa: tu sorriste ao teu semelhante. E isto basta para teres o primeiro lugar no céu. Entra na alegria do teu Senhor.

Mais do que isto não quer de nós o Senhor. Não quer obras extraordinárias, não quer grandes jejuns ou longas penitências, não quer milagres, não. Quer a vida simples, com as suas cruzes diárias, com um sorriso nos lábios e a alegria no coração; quer-nos felizes fazendo felizes os outros.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

XXXII Domingo do Tempo Comum - A

10virgens1A Palavra de Deus deste Domingo convida-nos a estar vigilantes. Recorda-nos que a segunda vinda do Senhor Jesus está no horizonte final da história humana; devemos, portanto, caminhar pela vida sempre atentos ao Senhor que vem e com o coração preparado para o acolher.

A primeira leitura apresenta-nos a "sabedoria", dom gratuito e incondicional de Deus para o homem. Ao homem resta estar atento, vigilante e disponível para acolher, em cada instante, a vida e a salvação que Deus lhe oferece.

Na segunda leitura, Paulo garante aos cristãos de Tessalónica que Cristo virá de novo para concluir a história humana e para inaugurar a realidade do mundo definitivo; todo aquele que tiver aderido a Jesus e se tiver identificado com Ele irá ao encontro do Senhor e permanecerá com Ele para sempre.

O Evangelho recorda-nos que "estar preparado" para acolher o Senhor que vem significa viver dia a dia na fidelidade aos ensinamentos do Senhor. Com o exemplo das cinco jovens "insensatas" que não levaram azeite suficiente para manter as suas lâmpadas acesas enquanto esperavam a chegada do noivo, avisa-nos que só os valores do Evangelho nos asseguram a participação no banquete do Reino.


Primeira Leitura (Sab 6,12-16)
Leitura do Livro da Sabedoria

A Sabedoria é luminosa e o seu brilho é inalterável;
deixa-se ver facilmente àqueles que a amam
e faz-se encontrar aos que a procuram.
Antecipa-se e dá-se a conhecer aos que a desejam.
Quem a busca desde a aurora não se fatigará,
porque há-de encontrá-la já sentada à sua porta.
Meditar sobre ela é prudência consumada,
e quem lhe consagra as vigílias depressa ficará sem cuidados.
Procura por toda a parte os que são dignos dela:
aparece-lhes nos caminhos, cheia de benevolência,
e vem ao seu encontro em todos os seus pensamentos.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 62 (63)
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.

Senhor, sós o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro, como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida;
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.

Quando no leito Vos recordo,
passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.


Segunda Leitura (1Tes 4,13-18)
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Tessalonicenses

Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância
a respeito dos defuntos,
para não vos contristardes como os outros,
que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou,
do mesmo modo, Deus levará com Jesus
os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer,
segundo a palavra do Senhor:
Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor,
não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina,
o próprio Senhor descerá do Céu,
e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado,
seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens,
para irmos ao encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.


Evangelho (Mt 25,1-13)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Naquele tempo,
Disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava,
começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado:
'Aí vem o esposo; ide ao seu encontro'.
Então, as virgens levantaram-se todas
e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes:
'Dai-nos do vosso azeite,
que as nossas lâmpadas estão a apagar-se'.
Mas as prudentes responderam:
'Talvez não chegue para nós e para vós.
Ide antes comprá-lo aos vendedores'.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo.
As que estavam preparadas
entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
'Senhor, senhor, abre-nos a porta'.
Mas ele respondeu:
'Em verdade vos digo: Não vos conheço'.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.


Ressonâncias...

Caminhamos nesta vida "ao encontro do Senhor" e "estaremos sempre com o Senhor". Esta mensagem de que nos fala a primeira leitura consiste em estarmos permanentemente vigilantes, porque não sabemos "O dia nem a hora". Esta atitude de vigilância levar-nos-á a procurar o Senhor "desde a aurora" e a, se acordados de noite, pensar n'Aquele que é o nosso refúgio e nos protege à sombra das suas asas.

Nem sempre temos as "lâmpadas acesas", distraímo-nosLamp03 com o superficial que passa, cometemos erros mais ou menos graves, por vezes irreparáveis. Mas errar é humano e Deus não desconhece a nossa fragilidade que, tantas vezes, nos leva a, querendo o bem, praticarmos o mal. Os convidados para o banquete, de que fala o Evangelho são, especialmente, os mais pequeninos: publicanos e pecadores, marginalizados e vítimas do desprezo e do esquecimento.

Qual o erro imperdoável das cinco insensatas da parábola? Talvez apenas este: a ausência quando chegou o esposo, por terem medo de ser condenadas por Aquele que é a Luz verdadeira que ilumina as escuridões provocadas pela falta do azeite da confiança que nos incita à oração, à caridade e ao serviço do próximo. Podemos cometer erros. O único que devemos evitar é o de não os reconhecermos e aceitarmos e, dessa forma, nos determos, parando de avançar para Deus, que é misericórdia e perdão.

Não sabemos o dia nem a hora. "Se eu pudesse voltar atrás!..." A vida proporciona-nos infinitas oportunidades de crescimento, que não podemos desperdiçar. Os dias, os meses, os anos sucedem-se a um ritmo imparável e, um dia, pode ser demasiado tarde. Sem treino intenso e aturado, não há atletas vitoriosos, nem artistas, nem empresários, nem simples trabalhadores com êxito garantido. Temos o direito de errar, mas há falhas e adiamentos que podem ser fatais e sem correcção possível. Um dia, poderemos vir a dar-nos conta de que devíamos ter investido mais no estudo, na preparação do futuro, no cultivo da amizade, na paciência e no tempo dedicado a Deus e aos irmãos.

Se pudesse recomeçar! Na sua segunda vinda, Jesus submeter-nos-á a um exame sobre a caridade: "O que fizestes ou não fizestes aos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes ou deixastes de fazer" (Mt 25). Será demasiado tarde para repormos o azeite nas nossas lâmpadas apagadas. É agora o tempo de vigiarmos, pois aguardamos o encontro definitivo com a justiça misericordiosa do Senhor. Não será Ele a rejeitar-nos. Se O esquecemos em vida, como optaremos por Ele na morte?

A luz das nossas lâmpadas, alimentada pelas obrasLamp05 de caridade, é reflexo da Luz do mundo - Jesus Cristo, Deus de Deus, que é Amor. As boas obras que praticamos são luz que irradia à nossa volta. E também são luz que ilumina o percurso por onde caminhamos para a eternidade. É só meia verdade que "quem dorme não peca". É tempo de acordarmos do sono e de nos decidirmos a agir correctamente e a não pecar, mesmo que seja por omissão!

 «Levantaram-se todas
e começaram a preparar as suas lâmpadas.»
(Mt 25,7)

De lâmpadas acesas
É admirável ver como a sabedoria dos provérbios nos oferece tantos pensamentos sobre a prudência, a importância de nos prevenirmos, o cuidado com o imprevisto: "homem prevenido...", "mais vale um pássaro na mão...", "quem vai ao mar...". Cada um poderia fazer a lista daqueles que já ouviu e até põe em prática. São pequenas pérolas de sabedoria concentrada que têm o sabor de uma experiência ancestral e, ainda que haja provérbios que se parecem contradizer, trazem sempre uma história dentro deles.

É com histórias simples que Jesus gosta de contar os mistérios do Reino. Podíamos estar na festa nupcial que relata o evangelho deste domingo e ter conhecido alguma das jovens que aí tiveram o papel principal. Cinco prudentes (talvez íntimas da sabedoria que se deixa encontrar por aqueles que a procuram) e cinco insensatas (talvez preguiçosas e pouco conhecedoras dos imprevistos da vida). Nas duas atitudes destas jovens, S. Mateus parece responder à inquietação das primeiras comunidades cristãs, que esperavam a vinda próxima de Jesus. Mais importante do que saber a hora, importa saber com que luz andamos a viver. Ou já se acabou o azeite da fé e nenhum fogo nos alimenta por dentro?

Todos os projectos, as ideias, os compromissos, os sonhos a tornarem-se realidade, são habitados por um fogo inicial que, muitas vezes, se desvanece. Instala-se a passividade e a inércia. O gosto de fazer bem, de trabalhar a sério, de "vestir a camisola" dá lugar ao "faz como os outros", "não te rales", "isto até nem é teu"! Curiosamente Jesus adverte-nos que o Reino e a vida neste mundo têm critérios idênticos: só se desenvolvem quando trabalhamos a sério. E não adianta alienarmo-nos em espiritualismos que nos afastam dos compromissos diários: não diz o provérbio, "primeiro a obrigação e depois a devoção"? Com o trabalho, a vida em comunidade e o amor parece que há uma sina difícil de vencer. O emprego garantido acomoda, o registo baptismal e o acesso às "festinhas da fé" "dão jeito", o papel do casamento garante a vida em comum! Em todas as dimensões da vida, se não lutamos por elas, se não levamos ao máximo as nossas capacidades, se não alimentamos o fogo de ser e fazer melhor, Lamp04não nos admiremos de as perder. O azeite para a candeia e a lenha para o fogo da vida temos de os descobrir e desenvolver dentro de nós!

É fogo e luz o que Jesus veio trazer à terra e é no contacto com Ele que reacendemos a fé. Também a esperança e a caridade. Com esforço e exigência. Com qualidade e eficiência. Assim na mais pequena das responsabilidades como na mais solene das liturgias. Se não trazemos a luz de Cristo em nós não adianta gritar contra a escuridão!

Pe. Vítor Gonçalves, in Voz da Verdade

"Um dia será o último. Se fosse hoje, estaria preparado?"
Papa Francisco interpelou fiéis durante Ângelus de 12 de Novembro de 2017.

O Evangelho de hoje (Mt 25, 1-13) revela a condição de entrada no Reino dos Céus através da parábola das Dez Virgens, as madrinhas que foram encarregadas de acomodar e acompanhar o noivo, como era habitual na época.

A parábola diz que cinco dessas virgens são sábias e cinco imprudentes: as primeiras levaram o óleo para as lâmpadas, enquanto as imprudentes. O noivo está atrasado e todas adormecem. À meia-noite é anunciada a chegada do noivo. As virgens imprudentes percebem então que não têm óleo para as lâmpadas e pedem-no emprestado às sábias. Mas estas explicam que não o podem dar porque não será suficiente para todos. As imprudentes vão procurar óleo enquanto o noivo chega e entra para a sala de banquetes com as outras jovens, fechando a porta atrás de si,, o groom chega; As virgens sábias entram com ele na sala de banquetes e a porta está fechada. As cinco imprudentes chegam tarde, batem à porta, mas o noivo diz que não as conhece.

“O que quer Jesus quer ensinar-nos com esta parábola? Lembra-nos que devemos encontrar-nos com Ele. Muitas vezes, no Evangelho, Jesus exorta-nos a vigiar, tal como faz no final desta história. Ele diz-nos: «Vigiai, porque não sabeis nem o dia nem a hora». Mas, com esta parábola, diz-nos que estar de vigia não significa apenas não dormir, mas estar preparado. De facto, todas as virgens dormem antes de o noivo chegar, mas ao despertar, algumas estão prontas e outras não. Aqui reside o significado de ser sábio e prudente: não é esperar pelo último momento da nossa vida para cooperar com a graça de Deus, mas fazê-lo de agora em diante. Seria bom pensar um pouco: um dia será o último. Se fosse hoje, como estaria preparado? Tenho que fazer isto, isto e aquilo... Prepare-se como se fosse o último dia: isso é bom”, explicou o Papa.

O Pontífice explicou que a lâmpada é o símbolo da fé que ilumina as vidas dos cristãos, enquanto o petróleo é o símbolo da caridade que alimenta e torna a luz da fé frutífera e credível.

“A condição para a reunião para estar pronto com o Senhor não é só a fé, mas a vida cristã plena de amor e caridade para com os outros. Se nos deixarmos guiar pelo que parece mais confortável, a partir dos nossos interesses, a nossa vida torna-se estéril, incapaz de dar vida aos outros, não sendo capaz de acumular qualquer petróleo para a lâmpada da fé. E, assim, a fé será extinguida no momento da vinda do Senhor, ou mesmo mais cedo. Se formos vigilantes e tentarmos fazer o bem, com gestos de amor, partilha e serviço aos necessitados, poderemos manter a calma enquanto aguardamos a vinda do noivo. O Senhor poderá vir a qualquer momento, e até mesmo o sono da morte não nos assusta porque temos a reserva de petróleo acumulada com as boas obras de todos os dias. A fé inspira caridade e a caridade mantém a fé”, adiantou, durante o Angelus.

XXXI Domingo do Tempo Comum - A

JC23A liturgia da Palavra deste Domingo convida-nos a uma reflexão sobre a seriedade, a verdade e a coerência do nosso compromisso com Deus e com o Reino, interpelando-nos acerca da verdade do nosso testemunho comprometido com os valores do Evangelho.

Na primeira leitura, o Profeta censura as autoridades religiosas pela decadência moral e religiosa em que o povo de Israel vivia. Eram encarregados de serem os guias espirituais do povo, mas ao invés preocupavam-se apenas com os próprios interesses. Jahvé anuncia que não pode tolerar esse comportamento e que vai desautorizá-los e desmascará-los tornando-se desprezíveis diante de todo o povo"

A segunda leitura apresenta-nos, em contraste com a primeira, o exemplo de Paulo, Silvano e Timóteo – os evangelizadores da comunidade cristã de Tessalónica. Do esforço missionário feito com amor e humildade, com simplicidade e gratuidade, nasceu uma comunidade viva e fervorosa, que acolheu o Evangelho como um dom de Deus, que se comprometeu com ele e que o testemunha com verdade, coerência e alegria.

O Evangelho apresenta-nos o grupo dos fariseus. Censura violentamente a sua pretensão à posse exclusiva da verdade, a sua incoerência e exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à misericórdia. Mais do que informação histórica, é um convite aos crentes no sentido de não deixarem que atitudes semelhantes se introduzam na família cristã e destruam a fraternidade, fundamento da comunidade de modo a que não se transformem também em "fariseus".


Primeira Leitura (Mal 1,14b-2,2b.8-10)
Leitura da Profecia de Malaquias

Eu sou um grande Rei, diz o Senhor do Universo,
e o meu nome é temível entre as nações.
Agora, este aviso é para vós, sacerdotes:
Se não Me ouvirdes,
se não vos empenhardes em dar glória ao meu nome,
diz o Senhor do Universo,
mandarei sobre vós a maldição.
Vós desviastes-vos do caminho,
fizestes tropeçar muitos na lei
e destruístes a aliança de Levi,
diz o Senhor do Universo.
Por isso, como não seguis os meus caminhos
e fazeis acepção de pessoas perante a lei,
também Eu vos tornarei desprezíveis e abjectos
aos olhos de todo o povo.
Não temos todos nós um só Pai?
Não foi o mesmo Deus que nos criou?
Então porque somos desleais uns para com os outros,
profanando a aliança dos nossos pais?


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 130 (131)
Refrão: Guardai-me junto de Vós, na vossa paz, Senhor.

Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.

Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.


Segunda Leitura (1 Tes 2,7b-9.13)
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos:
Fizemo-nos pequenos no meio de vós.
Como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar,
assim nós também, pela viva afeição que vos dedicamos,
desejaríamos partilhar convosco,
não só o Evangelho de Deus, mas ainda própria vida,
tão caros vos tínheis tornado para nós.
Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras.
Foi a trabalhar noite e dia,
para não sermos pesados a nenhum de vós,
que vos pregámos o Evangelho de Deus.
Por isso, também nós damos graças a Deus sem cessar,
porque, depois de terdes ouvido a palavra de Deus
por nós pregada,
vós a acolhestes, não como palavra humana,
mas como ela é realmente, palavra de Deus,
que permanece activa em vós, os crentes.


Evangelho (Mt 23,1-12)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem,
mas não imiteis as suas obras,
porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens,
mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens:
alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes
e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas
e que os tratem por 'Mestres'.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por 'Mestres',
porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso 'Pai',
porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por 'Doutores',
porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.
Quem se exalta será humilhado
e quem se humilha será exaltado».


Ressonâncias

Como são os Fariseus?Fariseus4
– "Sentam-se na cadeira de Moisés", apesar dessa cadeira não lhes pertencer. Os verdadeiros responsáveis por transmitir a Palavra de Deus ao povo são os profetas, mas eles atribuem a si a autoridade de interpretar a Lei de Moisés, substituindo assim a mensagem profética pelas normas humanas.
– São incoerentes: "Não fazem o que dizem". Externamente apresentam-se como pessoas religiosas, bons praticantes, mas depois na vida concreta são bem diferentes.
– Carregam os homens com fardos pesados e insuportáveis. Criam uma religião cheia de leis e de obrigações, formando uma consciência de impureza e der pecado, que oprime as consciências e tira a liberdade e a alegria. É uma autêntica escravatura da Lei.
– Fazem da fé e da piedade um espectáculo de exibição. Tudo fazem para serem vistos e honrados por todos e em todos os lugares.
Será que existem ainda hoje nas nossas comunidades pessoas assim?

Nós, Cristãos como devemos viver, para não nos transformarmos também em "fariseus"?
– A comunidade cristã deveria ser verdadeira Fraternidade.fariseus2 A Igreja é constituída por irmãos iguais ("vós sois todos irmãos"), que têm um Pai comum ("um só é o vosso Pai, aquele que está no céu") e que seguem o mesmo Cristo ("um só é o vosso Mestre, Cristo"). Nesse Reino, proposto aos homens por Deus e inaugurado por Jesus, só Deus ocupa um lugar de honra. Todos os membros são iguais em dignidade e entre si deveriam ser servidores uns dos outros (o gesto do lava-pés da Última Ceia).
– Na comunidade cristã, o importante não são os títulos e os lugares de honra, mas o serviço simples e humilde que se presta aos irmãos. Mas será possível avançar na fraternidade e no amor, quando nas nossas comunidades sobressai a ambição e o conflito?
– A Comunidade cristã deve ser serva da Verdade, não dona, caso contrário substituímos o Evangelho por normas puramente humanas que sobrecarregam as pessoas, abafam a alegria e o entusiasmo do cristão.
– A comunidade cristã deve ser autêntica, evitando a falsidade e a hipocrisia dos que se satisfazem apenas com as aparências ou a admiração dos outros. O verdadeiro cristão vive com sinceridade e alegria o seu compromisso com o Evangelho.

Quem seriam os fariseus de hoje? Será que fazemos tudo o que dizemos para os outros?

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Ser Grande

Num acampamento de amigos era necessário escolher alguém para a chefia do grupo. Seria o representante de todos, o coordenador das actividades, o responsável pela ordem, etc. Fizeram uma votação. escuteiroQuando o resultado foi anunciado, o mais votado começou por dizer:
— Eu não sou digno dessa escolha. Há outros que tem mais capacidades do que eu. Não sei se serei capaz de ser o chefe que esperais...

Então um colega sugeriu que se escolhesse outro para o seu lugar.
— Caramba – disse o primeiro – já não se pode fazer um acto de humildade?
E não abdicou do seu novo cargo.

Também nós gostamos de ser importantes.
Jesus Cristo lembra-nos que quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. Ser bom é importante mas o importante é ser bom.

O homem grande é silenciosamente bom. É poderoso, mas sem exibir poder. Adora o que é sagrado, mas sem fanatismo. Carrega fardos pesados, com leveza e sem gemidos. Domina, mas sem insolência. É humilde, mas sem servilismo. Fala a grandes distâncias, mas sem gritar. Ama, sem se oferecer. Faz bem a todos, sem o fazer notar. Renuncia, sem fazer disso um culto. Abre novos caminhos, sem esmagar ninguém. Entra no coração do homem, sem arrombar a porta.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

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