Os dons do Espírito Santo
 De 9 de Abril a 18 de Junho de 1989, o Santo Padre João Paulo II fez uma série de catequeses sobre os dons do Espírito Santo. Eis o texto.
De 9 de Abril a 18 de Junho de 1989, o Santo Padre João Paulo II fez uma série de catequeses sobre os dons do Espírito Santo. Eis o texto.
INTRODUÇÃO
Ecoam em toda a Igreja as palavras que Cristo ressuscitado dirigiu aos seus apóstolos na tarde da ressurreição, palavras de dom e promessa: "Recebei o Espírito Santo" (João 20,23). A ressurreição realizou em plenitude o desígnio salvífico do Redentor, o derramar ilimitado do Amor divino sobre os homens. Incumbe agora ao Espírito implicar cada um de nós nesse desígnio de Amor.
Por isso existe uma estreita ligação entre a missão de Cristo e o dom do Espírito Santo, prometido aos Apóstolos, pouco antes da Paixão, como fruto do sacrifício da Cruz: "Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade... que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse (João 14-16,17,26). Significati¬vamente, já moribundo na Cruz, Cristo "entregou o Espírito" como primícia da Redenção (cf. João 19-30). Por isso, num certo sentido a Páscoa bem pode chamar-se o primeiro Pentecostes - "recebei o Espírito Santo" - na espera do Seu derramamento público e solene sobre a comunidade primitiva do Cenáculo, cinquenta dias depois.
"O Espírito daquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos" (Rm 8, 11) deve habitar em nós e levar-nos a uma vida cada vez mais conforme à de Cristo ressuscitado. Todo o mistério da Salvação é um acontecimento de amor trinitário, do Amor que medeia entre o Pai e o Filho no Espírito Santo. A Páscoa introduz-nos neste Amor pela comunicação do Espírito Santo, "que é o Senhor e fonte da vida" (Symbolum niceno-constantino).
Assim, meditemos sobre os dons do Espírito Santo. E invocaremos a intercessão da Virgem para que nos conceda compreender mais em profundidade tais dons, recordando com fé que foi sobre ela que desceu primeiro o Espírito Santo e a força do Altíssimo estendeu a Sua sombra" (Lucas 1-35).João Paulo II, em audiências
1. SABEDORIA
O primeiro e maior dos dons do Espírito Santo é a Sabedoria, que é a luz que se recebe do alto; é uma participação especial no conhecimento misterioso e superior que é próprio de Deus. Podemos ler na Sagrada Escritura: "Por isso pedi, e foi-me dada a inteligência; supliquei, e veio a mim o espírito de sabedoria. Preferi-a aos ceptros e aos tronos, e, em comparação com ela, vi que não eram nada as riquezas (Sb 7, 7-8). Esta sabedoria superior é a raiz de um novo conhecimento impregnado de caridade, graças ao qual a alma adquire familiaridade com as coisas divinas e, de certa forme, prova o seu sabor. S. Tomás fala precisamente de "um certo sabor de Deus" (Summa Theol. II-II, q.45, a. 2, ad. 1), pelo que o verdadeiro Sábio não é o que sabe as coisas de Deus mas sim o que as experimenta e as vive.
Por outro lado, este conhecimento sapiencial dá-nos uma capacidade especial para julgar as coisas humanas segunda a medida de Deus, à luz de Deus. Iluminado por este dom, o cristão sabe aperceber interiormente as realidades do mundo: ninguém melhor que ele é capaz de apreciar os valores autênticos da criação, olhando-os com os próprios olhos de Deus. Um exemplo fascinante desta percepção superior da "linguagem da criação" é o que podemos encontrar no Cântico das Criaturas de S. Francisco de Assis.
Graças a este dom, toda a vida do cristão, com os seus acontecimentos, projectos, realizações, é alcançada pelo sopro do Espírito, que a impregna com a luz "que vem do Alto", como o testemunharam tantas almas escolhidas também nos nossos tempos. Em todas estas almas repetem-se as "grandes coisas" operadas em Maria pelo Espírito. Ela, a quem a piedade tradicional venera como "Sedes Sapientiae", nos conduza, a cada um de nós, a provar interiormente as coisas celestes.
2. ENTENDIMENTO
Detenhamo-nos no segundo dom do Espírito Santo: o entendimento. Sabemos bem que a fé é adesão a Deus no lusco-fusco do mistério; mas é também busca movida pelo desejo de conhecer mais e melhor a verdade revelada. Este impulso interior vem-nos do Espírito, que em conjunto com a fé nos concede precisamente este dom especial de inteligência, quase de intuição da verdade divina.
A palavra inteligência deriva do latim intus legere, que significa ler dentro, penetrar, compreender a fundo. Através deste dom, o Espírito Santo, que "penetra as profundidades de Deus" (1 Co 2, 10), comunica ao crente uma centelha dessa capacidade penetrante que lhe abre o coração à gozosa percepção do desígnio amoroso de Deus. Renova-se assim a experiência dos discípulos de Emaús, os quais, depois de terem reconhecido o Ressuscitado na fracção do pão, diziam uns aos outros: "Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (Lc 24, 32).
Esta inteligência sobrenatural é dada não apenas individualmente mas também à comunidade: aos Pastores que, como sucessores dos Apóstolos, são herdeiros da promessa específica que Cristo lhes fez (cf. Jo 14, 26; 16, 13) e aos fiéis que, graças à "unção" do Espírito (cf. 1Jo 2, 20 e 27 - "Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos...") possuem um especial ""sentido da fé" (sensus fidei) que os guia nas opções concretas. Efectivamente, a luz do Espírito, ao mesmo tempo que agudiza a inteligência das coisas divinas, torna também mais límpido e penetrante o entendimento das coisas humanas. Graças a essa luz, vêem-se melhor os numerosos sinais de Deus que estão inscritos na criação. Descobre-se a dimensão não apenas terrena dos acontecimentos de que é tecida a história humana. E pode conseguir-se mesmo decifrar profeticamente o tempo presente e o futuro: sinais dos tempos, sinais de Deus!
Dirijamo-nos ao Espírito com as palavras da liturgia: "Vinde, Ó Santo Espírito, acendei na terra vossa luz fulgente" (Sequência de Pentecostes). Invoquemo-lo por intercessão de Maria Santíssima, Virgem da Escuta, que conseguiu ler incansavelmente à luz do Espírito o sentido profundo dos mistérios nela realizados pelo Todo-poderoso (cf. Lc 2, 19 e 51). A contemplação das maravilhas de Deus será também para nós fonte de alegria inesgotável: "A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador" (Lc 1, 46s.).
3. CIÊNCIA
Falemos de outro dom do Espírito Santo, o da ciência, pelo qual nos é dado a conhecer o verdadeiro valor das criaturas na sua relação com o Criador. Sabemos que o homem moderno, precisamente em virtude do desenvolvimento das ciências, está particularmente exposto à tentação de dar uma interpretação naturalística ao mundo; perante a riqueza multiforme das coisas, da sua complexidade, variedade e beleza, a humanidade corre o risco de as absolutizar e quase de divinizá-las até as transformar no fim supremo da vida de cada um. Isto sucede, sobretudo, quando se trata das riquezas, do prazer ou do poder que as coisas materiais podem proporcionar. É perante estes ídolos que o mundo hoje frequentemente se verga.
Para resistir a essa tentação subtil e para remediar as consequências nefastas que daí podem advir, o Espírito Santo socorre o homem com o dom da ciência. É esta que ajuda a valorar correcta¬mente as coisas na sua dependência essencial em relação ao Criador. Graças a ela - como escreve S. Tomás - o homem não estima as criaturas mais do que elas valem e não as transforma na finalidade da sua vida em detrimento de Deus (cf. S. Th., II-II, q. 9, a. 4). Assim, consegue descobrir o sentido teológico da criação vendo as coisas como manifestações verdadeiras e reais, embora limitadas, da verdade, da beleza do amor infinito que é Deus e, consequentemente, sente-se impelido a traduzir esta descoberta em louvor, cânticos, oração e acção de graças. É isto que tantas vezes e de tantas formas nos sugere o livro dos Salmos, como entre outros: "Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sal 18/19, 2; cf. Sal 8, 2), "Louvai ao SENHOR do alto dos céus; louvai-o nas alturas! Louvai-o, Sol e Lua; louvai-o, estrelas luminosas" (Sal 148 1. 3).
O homem, iluminado pela Ciência, descobre ainda a infinita distância que separa o criador da criação, a sua intrínseca limitação, a insídia que pode constituir quando, pelo pecado, dela (criação) é feito mau uso. É uma descoberta que o leva a aperceber-se da sua pequenez e lhe dá ímpeto e confiança para se voltar para Aquele que é o único que pode saciá-lo no seu apetite pelo infinito. Esta foi a experiência dos Santos, mas foi vivida de forma singular pela Virgem que, com o exemplo do seu percurso, nos ensina a caminhar entre as vicissitudes do mundo com os nossos corações fixados na única fonte da verdadeira alegria. João Paulo II, em audiências entre 2 de Abril e 11 de Junho de 1989.
4. CONSELHO
Continuando a reflexão sobre os dons do Espírito Santo, vejamos o dom do Conselho. É dado ao cristão para iluminar a consciência nas opções morais que a vida diariamente impõe. É uma necessidade muito sentida no nosso tempo, turvado por muitos focos de crise e por um ambiente de incerteza lançado sobre os verdadeiros valores, sendo necessário proceder a uma espécie de "reconstrução das consciências". Há necessidade de neutralizar alguns factores destrutivos que facilmente se insinuam no espírito humano quando este se mostra agitado pelas paixões; e há necessidade de introduzir nas consciências elementos sãos e positivos.
Neste empenho de recuperação moral, a Igreja deve estar e está na primeira linha: e daí a súplica que brota do coração dos seus membros - todos nós - para obter antes de mais a ajuda de uma luz do alto. O Espírito de Deus vem ao encontro desta súplica com o Dom do Conselho, com o qual enriquece e aperfeiçoa a virtude da prudência e guia interiormente a alma iluminando-a sobre o que deve fazer, especialmente quando se trata de opções importantes ou de um caminho a percorrer entre dificuldades e obstáculos. E, na realidade, a experiência confirma que "Os pensamentos dos mortais são hesitantes, e incertas as nossas reflexões", como diz o Livro da Sabedoria (9, 14).
O dom do conselho actua como um sopro novo na consciência, sugerindo-lhe o que é lícito, o que corresponde ou convém mais à alma (cf. S. Boaventura, Collationes de septem donis Spiritus Sancti, VII, 5). A consciência converte-se então no "olho são" de que fala o Evangelho (Mt 6, 22) e adquire uma espécie de nova pupila graças à qual se torna possível ver melhor o que há que fazer em determinadas circunstâncias por mais complicadas ou difíceis. O cristão, ajudado por este dom, penetra no verdadeiro sentido dos valores evangélicos, especialmente nos manifestados no Sermão da Montanha (cf. Mt 5-7).
Por isso, peçamos o dom do conselho. Peçamo-lo para nós e, de modo particular, para os Pastores da Igreja, chamados tantas vezes pelo dever a tomar decisões árduas e penosas. E peçamo-lo por intercessão daquela a quem saudamos nas "ladainhas" (litanias) como Mater Boni Consilii, Mãe do Bom Conselho.
5. FORTALEZA
No nosso tempo muitos exaltam a força física, chegando inclusivamente a aprovar as mani-festações extremas de violência. Mas, na realidade, o homem apercebe-se continuamente da sua debilidade, especialmente no campo espiritual e moral, cedendo aos impulsos das paixões internas e das pressões que sobre ele exerce o ambiente circundante. É precisamente para resistir a estas múltiplas provocações que é necessária a virtude da fortaleza, que é uma das quatro virtudes cardeais sobre as quais se apoia todo o edifício da vida moral: a fortaleza é a virtude de quem cumpre o seu dever sem olhar a compromissos.
Esta virtude encontra pouco espaço numa sociedade em que estão difundidas as práticas da cedência e da acomodação perante os atropelos e a dureza utilizadas nas relações económicas, sociais e políticas. A timidez e a agressividade são duas formas de falta de fortaleza que, frequentemente, se encontram no comportamento humano, com a consequente repetição do triste espectáculo de quem é manso e submisso com os poderosos e prepotente em face dos indefesos. Talvez nunca como hoje a virtude moral da fortaleza tenha necessidade de ser suportada pelo dom homónimo do Espírito Santo.
O dom da fortaleza é um impulso sobrenatural, que dá vigor à alma não apenas em momentos dramáticos como no caso do martírio, mas também nas situações normais de dificuldade: na luta por permanecermos coerentes com os nossos princípios; no suportar ofensas e ataques injustos; na perseverança valente no caminho da verdade e honradez, mesmo que por entre incompreensões e hostilidades.
Quando experimentamos, como Jesus no Getsémani, a "debilidade da carne" (cf. Mt 26, 41; Mc 14, 38), quer dizer, da natureza humana submetida às dificuldades físicas e psicológicas, temos que invocar do Espírito Santo o dom da fortaleza para permanecer firmes e decididos no caminho do bem. Então poderemos repetir com São Paulo: "Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte" (2 Co 12, 10).
São muitos os seguidores de Cristo - Pastores e fiéis, sacerdotes, religiosos e leigos, comprometidos em todo o campo do apostolado e da vida social - que, em todos os tempos e também no nosso, conheceram e conhecem o martírio do corpo e da alma, em íntima união com a Mater Dolorosa junto à cruz. Eles superaram tudo graças a este dom do Espírito. Peçamos a Maria, a quem saudamos como Regina coeli, que nos obtenha o dom da fortaleza em todas as vicissitudes da vida e na hora da nossa morte.
6. PIEDADE
Falemos agora de outro insigne dom do Espírito Santo: a Piedade. Através deste, o Espírito cura o nosso coração de todo o tipo de dureza e abre-o à ternura para com Deus e com os Irmãos.
A ternura, como atitude sinceramente filial para com Deus, exprime-se na oração. A expe-riência da própria pobreza existencial, do vazio que tantas coisas terrenas deixam na alma, suscita no homem a necessidade de recorrer a Deus para obter graça, ajuda, perdão. O dom da piedade orienta e alimenta essa necessidade, enriquecendo-a com sentimentos de profunda confiança em Deus, experimentado como pai providente e bom. Neste sentido, escreveu S. Paulo: "Deus enviou o seu Filho ... a fim de recebermos a adopção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: 'Abbá! - Pai!' Deste modo, já não és escravo, mas filho..." (Ga 4, 4-7; cf. Rm 8, 15).
A ternura, como abertura autenticamente fraterna ao próximo, manifesta-se na mansidão. Com o dom da piedade, o Espírito Santo infunde no crente uma nova capacidade de amar o próximo, fazendo com que o seu coração de certa forma participe da mesma mansidão do Coração de Cristo. O cristão piedoso sempre consegue ver os outros como filhos do mesmo pai, chamados a tomar parte na família de Deus que é a Igreja. Por isto, sente-se impelido a tratá-los com a gentileza e amabilidade próprias de uma genuína relação fraterna. Acresce que o dom da piedade extingue no coração os focos de tensão e de divisão como a amargura, a cólera, a impaciência e alimenta-o com sentimentos de compreensão, tolerância e perdão. Este dom está, por isso, na raiz daquela nova comunidade humana que se fundamenta na civilização do amor.
Invoquemos ao Espírito Santo una renovada efusão deste dom, confiando a nossa súplica à intercessão de Maria, modelo sublime de oração fervorosa e de doçura materna. Ela, a quem a Igreja nas ladainhas (litanias) de Loreto saúda como Vas insignae devotionis, nos ensine a adorar a Deus "em espírito e verdade" (Jo 4, 23) e a abrir-nos, com coração manso e acolhedor a todos os que são Seus filhos e, por isso, nossos irmãos. Peçamo-lo com as palavras do Salve Regina: "...O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria!".
7. TEMOR DE DEUS
Completo as minhas reflexões sobre os dons do Espírito Santo falando do dom do Temor de Deus. A Sagrada Escritura afirma que "o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sal 110/111, 10; Pr 1, 7). Mas de que temor se trata? Não certamente de esse "medo de Deus" que leva a que se evite mesmo pensar n'Ele, como algo ou alguém que perturba e inquieta. Este foi o estado de espírito que, segundo a Bíblia, levou os nossos antepassados, após o pecado, a esconder-se "do Senhor Deus, por entre o arvoredo do jardim" (Gn 3, 8); este foi também o sentimento do servo preguiçoso e mau da parábola evangélica, que fez "um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor" (cf. Mt 25, 18. 26). Mas este conceito de temor como sinónimo de medo não é semelhante ao conceito de temor como dom do Espírito.
Aqui trata-se de algo muito mais nobre e sublime; é o sentimento sincero que o homem experimenta frente à tremenda majestade de Deus, especialmente quando reflecte sobre as próprias infidelidades e sobre o perigo de ser "pesado na balança e encontrado muito leve" (Dn 5, 27) no juízo final ao qual ninguém pode escapar. O crente apresenta-se e põe-se diante de Deus com o "espírito contrito" e com o "coração arrependido" (cf. Sal 50/51, 19), sabendo bem que deve atender à própria salvação "com temor e tremor" (Flp 2, 12). Porém, tal não significa medo irracional mas sim sentido de responsabilidade e de fidelidade à Sua lei.
O Espírito Santo assume todo este conjunto e eleva-o com o dom do temor de Deus. Certamente ele não exclui a inquietação que nasce da consciência das faltas cometidas e da perspectiva do castigo divino, mas suaviza com a fé na misericórdia divina e com a certeza da solicitude paterna de Deus, que quer a salvação eterna de todos. Assim, com este dom o Espírito Santo infunde na alma especialmente o temor filial, que é um sentimento arreigado no amor de Deus: a alma preocupa-se então em não desgostar Deus, amado como Pai, e de O não ofender em nada, de "permanecer e crescer na caridade" (cf. Jo 15, 4-7).
Deste santo e justo temor, conjugado na alma com o amor a Deus, depende toda a prática das virtudes cristãs, e especialmente as da humildade, da temperança, da castidade, da mortificação dos sentidos. Recordemos a exortação do Apóstolo Paulo aos Coríntios: "caríssimos, purifiquemo-nos de toda a mácula da carne e do espírito, completando a obra da nossa santificação no temor de Deus" (2 Cor 7, 1). É uma advertência para todos nós que, por vezes, com tanta facilidade transgredimos a Lei de Deus, ignorando ou desafiando os seus castigos.
Invoquemos o Espírito Santo para que derrame largamente o dom do santo temor a Deus nos homens do nosso tempo. Invoquemo-lo por intercessão de Aquela que, perante o anúncio da mensagem do anjo "se perturbou" (Lc 1, 29) e, ainda nervosa pela inaudita responsabilidade que lhe era confiada, soube pronunciar o "fiat" da fé, da obediência e do amor.
S. João Paulo II,
Vaticano, Audiências papais de 9 de Abril a 18 de Junho de 1989
Oração para pedir os dons do Espírito Santo
 Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom da SABEDORIA para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimentos da vida os projectos de amor do Pai;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom da SABEDORIA para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimentos da vida os projectos de amor do Pai;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom do ENTENDIMENTO e uma compreensão mais profunda da verdade a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom do CONSELHO que ilumina a nossa vida e orientai a nossa acção segundo a vossa Divina Providência;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom da FORTALEZA e sustentai-nos no meio de tantas dificuldades com a vossa coragem para que possamos anunciar o Evangelho;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom da CIÊNCIA para distinguir o Único necessário das coisas meramente importantes;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom da PIEDADE para reanimar sempre mais a nossa íntima comunhão convosco;
Vinde Espírito Santo, dai-nos o Dom do santo TEMOR para que, conscientes das nossas fragilidades, reconheçamos sempre a força da Vossa graça na nossa vida.
Vinde Espírito Santo, dai-nos um coração novo!
Misericórdia é o teu nome, Senhor
 «Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação.
«Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação.
Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade.
Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro.
Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida.
Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.» (Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus)
Disse Jesus: «Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á. Colocarão nos vossos braços uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. Porque a mesma medida que usardes para os outros será usada para vós.» (Lc 6, 36-38)
1. O que são as obras de misericórdia?
«As obras de misericórdia são acções caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais (cf Is 58, 6-7); Hb 13, 3). Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como também o são perdoar e sofrer com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem especialmente em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem casa, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos (cf Mt 25, 31-46). Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (cf. Mt 6, 2-4).» (Catecismo da Igreja Católica, 2447)
«É meu vivo desejo que o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporais e espirituais. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida diante do drama da pobreza e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos.
Redescubramos as obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espirituais: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas desagradáveis, rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso (cf. Mt 25, 31-45). De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente connosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes "mais pequeninos", está presente o próprio Cristo.
A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós. Não esqueçamos as palavras de São João da Cruz: "Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor".» (Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 15).
2. Quais são as obras de misericórdia?
Há catorze obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais.
 Obras de misericórdia corporais:
Obras de misericórdia corporais:
1) Dar de comer a quem tem fome;
2) Dar de beber a quem tem sede;
3) Vestir os nus;
4) Dar pousada aos peregrinos;
5) Visitar os enfermos;
6) Visitar os presos;
7) Enterrar os mortos;
Obras de misericórdia espirituais:
1) Dar bons conselhos;
2) Ensinar os ignorantes;
3) Corrigir os que erram;
4) Consolar os tristes;
5) Perdoar as injúrias;
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos.
As obras de misericórdia corporais, na sua maioria, surgem de uma lista feita por Jesus Cristo na sua descrição do Juízo Final (Mt 25, 35-45). A lista das obras de misericórdia espirituais foi elaborada pela Igreja a partir de outros textos que se encontram ao longo da Sagrada Escritura e de atitudes e ensinamentos do próprio Jesus: o perdão, a correcção fraterna, o consolo, o suportar o sofrimento, bem como outras atitudes do género.
3. Significado da palavra Misericórdia
Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pelo infortúnio ou pela miséria alheia. A etimologia desta palavra provém do latim misere (miséria, necessidade) e cor/cordis (coração) e identifica-se em ter um coração solidário para com os que têm necessidade; ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente – aproximar o coração dos sentimentos do outro, daí associar-se frequentemente com o perdão e a compaixão.
Para os judeus a misericórdia surge da confluência de duas atitudes: compaixão e fidelidade. Por isso, não é de estranhar que as traduções mais correntes oscilem entre amor, ternura, piedade, compaixão, clemência, bondade e até mesmo graça e dom de Deus, oferecendo-nos assim um conceito bem mais amplo. De facto, Deus manifesta a sua ternura e compaixão perante a miséria humana convidando-nos também a esta mesma atitude para com o irmão: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso!" (Lc 6, 36).
Quaresma: tempo favorável, tempo de salvação!
 Quaresma, tempo para redescobrir o rosto misericordioso do Pai!
Quaresma, tempo para redescobrir o rosto misericordioso do Pai!
Quaresma, tempo de transformação e de renovação interior
Este é o momento favorável para mudar! Este é o tempo de se deixar tocar o coração.
«Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.»
«A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual.
Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo.
Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» Rosto da Misericórdia, 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Rosto da Misericórdia, 15).
[...] Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia.
Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas.
Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por este caminho, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles.
[...] Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez, confessando-Se a humilde serva do Senhor.»
Papa Francisco
PERDÃOMAX. 500mg
Perdãomicina. Um "medicamento" sugerido pelo Papa Francisco para tomarmos diariamente nesta Quaresma e depois dela: PERDAOMAX.
Os efeitos secundários são do agrado de todos: Vida Nova e Jovialidade em Cristo! É São Lucas, o evangelista deste ano, que da sua “Farmácia” nos prescreve este antibiótico tão eficaz.
PERDÃOMAX está indicado no tratamento de certas infeções causadas por microorganismos sensíveis, tais como:
– mentiras, julgamentos, invejas, preguiça, arrogância, desrespeito, autoritarismo, vaidade, ódio, corrupção, bem como de doenças oralmente transmissíveis provocadas por cochichos de corredor e notícias de jornal ou de adro da Igreja e cujo contágio é mortífero. Votos de rápidas melhoras.
Santa Quaresma e que o Senhor Jesus rico em Misericórdia nos conceda esta graça.
1. O QUE É PERDÃOMAX E PARA QUE É UTILIZADO
PERDÃOMAX pertence a um grupo de antibióticos denominados reconciliólido. É um antibiótico à base da misericórdia divina, utilizado no tratamento de infeções localizadas em diversas partes do espírito provocadas por ofensas.
Quais as patologias que são tratadas com Perdãomax?
PERDÃOMAX está indicado no tratamento de certas infeções causadas por microorganismos sensíveis, tais como: mentiras, julgamentos, invejas, preguiça, arrogância, desrespeito, autoritarismo, vaidade, ódio, corrupção, bem como de doenças oralmente transmissíveis provocadas por cochichos de corredor e notícias de jornal ou de adro da Igreja e cujo contágio vulgarmente se denomina de “emprenhar pelos ouvidos”.
2. ANTES DE TOMAR PERDÃOMAX
Não tome Perdãomax
– Se tem alergia (hipersensibilidade) à perdãomicina, a outro reconciliólido ou miseritólido ou a qualquer outro componente de PERDÃOMAX, Tome especial cuidado com Perdãomax
– Deverá interromper o tratamento com PERDÃOMAX e contactar o seu confessor se surgirem sinais de reação alérgica como sejam o aparecimento de insónias e sensação de perseguição; inchaço nos cotovelos, na língua, e dificuldade em respirar fundo.
– Deverá informar o confessor se já teve ou tem doenças do coração ou da cabeça.
Ao tomar Perdãomax com outros medicamentos Informe o seu confessor ou director espiritual se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita litúrgica.
Os medicamentos podem interagir entre si ou com outras substâncias não medicamentosas originando reações inesperadas ou podendo, nalguns casos, provocar uma diminuição ou aumento do efeito esperado. Assim, deverá indicar ao confessor todos os medicamentos que está a usar, ou costuma usar, especialmente os seguintes:
– Derivados da teimotamina (utilizada no tratamento da teimosia)
– Espiritoxina (utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca)
– Abraçorina (ou outro medicamento com interferência na coagulação afetiva)
– Pazporina (utilizado na supressão do sistema imunitário)
– Luafenadina (utilizado no tratamento das febres, manias e luas)
3. COMO TOMAR PERDÃOMAX
Tomar Perdãomax sempre de acordo com as indicações do confessor. Fale com o seu confessor ou director espiritual se tiver dúvidas.
No adulto e também nas crianças com 50% de perda de inocência a posologia recomendada para a maioria das indicações é de 500 mg 1 vez ao dia (1 cápsula de 500 mg) e a duração do tratamento é de 3 dias, podendo repetir-se o tratamento sempre que necessário.
Modo, Via e momento de Administração: Deverá tomar as cápsulas de PERDÃOMAX com água (no Batismo e aspersão da água baptismal), na Eucaristia (sobretudo no Momento Penitencial), no exame de consciência, na celebração do Sacramento da Reconciliação e noutros momentos indicados pelo confessor.
Duração Média do Tratamento: Para que PERDÃOMAX seja eficaz deverão ser completados os 3 dias de tratamento; no entanto, a ação de PERDÃOMAX prolonga-se por mais tempo.
Caso se tenha esquecido de tomar Perdãomax: Se esquecer uma dose, tome o medicamento logo que se lembrar e continue o tratamento conforme estava previsto.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PERDÃOMAX
PERDÃOMAX é bem tolerado. Os efeitos secundários são raros, relacionando-se, a maior parte das vezes, com o trato sentimental, tais como: vitimização, dificuldade de digestão, mal-estar espiritual, e casos raros de deslocação da culpa para o outro.
À semelhança do que tem sido descrito com outros antibióticos da mesma classe do PERDÃOMAX, poderão ocorrer alterações da audição, tonturas/vertigens e convulsões. Foram também descritos casos de hipersensibilidade, sonolência, agressividade, nervosismo, agitação, ansiedade, hiperatividade.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu confessor ou director espiritual.
5. COMO CONSERVAR PERDÃOMAX
Manter fora do alcance e da vista dos incrédulos. Não utilize Perdãomax após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. Não conservar acima de 30°C. Conserve este medicamento em local seco (afastado de maldizentes e/ou locais com muita tensão).
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo espiritual. Pergunte ao seu confessor como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger a fraternidade.
6. COMPOSIÇÃO DE PERDÃOMAX
Cada cápsula, revestida por película, contém corações de perdãomicina tri-hidratada, recolhidas da misericórdia do coração de Deus, equivalente a 500 mg de perdãomicina, como substância ativa. Jo 20,19-23.23n; Act 2,38n; 2 Cor 5,18-21; Mt 9,3-7; Lc 7,48-49. Mt 9,1-8.8n; Lc 5,17-26; 7,48-50; Act 10,42-43; 13,38; 26,18; Mt 18,15-20; Mc 2,2-12; Mt 5,23-26; 6,12n.14-15; 18,21-25.32-35; Lc 11,4n; 17,3-4; 2 Cor 2,5-11.
Os outros componentes são silêncio prégelificado, hidrogenofosfato de diálogo, disponibilidade sódica, estearato de oração, laurilsulfato de respeito. O revestimento contém abraço branco: humildelulose, verdadose, lealcetina e trióxido de alegria.
Qual o aspeto de Perdãomax e conteúdo da embalagem Perdãomax encontra-se disponível em embalagens de 3 cápsulas.
Titular da Autorização: Página de União;
Fabricante: Laboratórios S. Lucas, Lda.
 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
														
															 
														
										 
 







