PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Misericórdia é o teu nome, Senhor

filhoprodigo«Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação.

Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade.
Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro.
Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida.
Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.» (Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus)


Disse Jesus: «Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á. Colocarão nos vossos braços uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. Porque a mesma medida que usardes para os outros será usada para vós.» (Lc 6, 36-38)


1. O que são as obras de misericórdia?

«As obras de misericórdia são acções caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais (cf Is 58, 6-7); Hb 13, 3). Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como também o são perdoar e sofrer com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem especialmente em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem casa, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos (cf Mt 25, 31-46). Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (cf. Mt 6,  2-4).» (Catecismo da Igreja Católica, 2447)

«É meu vivo desejo que o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporais e espirituais. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida diante do drama da pobreza e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos.

Redescubramos as obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espirituais: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas desagradáveis, rezar a Deus pelos vivos e defuntos.

Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso (cf. Mt 25, 31-45). De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente connosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes "mais pequeninos", está presente o próprio Cristo.

A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós. Não esqueçamos as palavras de São João da Cruz: "Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor".» (Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 15).

2. Quais são as obras de misericórdia?
Há catorze obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais.

Misericordia15Obras de misericórdia corporais:
1) Dar de comer a quem tem fome;
2) Dar de beber a quem tem sede;
3) Vestir os nus;
4) Dar pousada aos peregrinos;
5) Visitar os enfermos;
6) Visitar os presos;
7) Enterrar os mortos;

Obras de misericórdia espirituais:
1) Dar bons conselhos;
2) Ensinar os ignorantes;
3) Corrigir os que erram;
4) Consolar os tristes;
5) Perdoar as injúrias;
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos.

As obras de misericórdia corporais, na sua maioria, surgem de uma lista feita por Jesus Cristo na sua descrição do Juízo Final (Mt 25, 35-45). A lista das obras de misericórdia espirituais foi elaborada pela Igreja a partir de outros textos que se encontram ao longo da Sagrada Escritura e de atitudes e ensinamentos do próprio Jesus: o perdão, a correcção fraterna, o consolo, o suportar o sofrimento, bem como outras atitudes do género.

3. Significado da palavra Misericórdia

Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pelo infortúnio ou pela miséria alheia. A etimologia desta palavra provém do latim misere (miséria, necessidade) e cor/cordis (coração) e identifica-se em ter um coração solidário para com os que têm necessidade; ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente – aproximar o coração dos sentimentos do outro, daí associar-se frequentemente com o perdão e a compaixão.

Para os judeus a misericórdia surge da confluência de duas atitudes: compaixão e fidelidade. Por isso, não é de estranhar que as traduções mais correntes oscilem entre amor, ternura, piedade, compaixão, clemência, bondade e até mesmo graça e dom de Deus, oferecendo-nos assim um conceito bem mais amplo. De facto, Deus manifesta a sua ternura e compaixão perante a miséria humana convidando-nos também a esta mesma atitude para com o irmão: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso!" (Lc 6, 36).

 

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