Advento e Festas Natalícias 2012
A sociedade vive tempos particularmente difíceis e, como tal, todos somos chamados a apelar à nossa generosidade. Nesse sentido, a Paróquia de Queijas, em sintonia com os catequizandos e catequistas, promove durante o Advento um conjunto de iniciativas para ajudar os que mais precisam.Oração para o Ano da Fé
Senhor, nosso Pai, nós Vos pedimos,
concedei a todos os Vossos filhos
o dom de acolher a graça da fé num coração renovado,
para que saibam reconhecer em Vós o único Deus
e Aquele que Vós enviastes: Jesus Cristo.
Fazei com que se deixem guiar
pelo vosso Espírito Santo ao longo de todo este ano,
de modo a avançarem no caminho da fé
com um coração alegre
e a serem para os seus irmãos e irmãs
testemunhas do Vosso amor,
atraindo para Vós novos filhos.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amen!
O Ano da Fé

«Assim é pela fé em Cristo que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança [...], para que se fortifique em nós o homem interior e Cristo habite pela fé em nossos corações» (Ef 3, 12.16-17). É pela fé, como nos diz S. Paulo, que isto se pode realizar; na verdade, só a fé nos permite acolher Cristo em nossos corações!
O Papa Bento XVI, na sua Carta Apostólica "A Porta da Fé", ajuda-nos a compreender este dom quando diz: «A Fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos.» (A Porta da Fé, n.º 7)
Por isso, acreditar em Deus Pai, Filho e Espírito Santo é um dom concedido pelo próprio Deus a cada pessoa. Ter fé em Deus é:
– entregar-lhe tudo, porque somente n'Ele podemos confiar;
– viver o dia-a-dia na certeza que temos um Deus que nos ama, que cuida de nós, que pensa em nós, que se preocupa connosco e que se fez um de nós;
– ter confiança em Deus que Se revela para nós através de Seu Filho Jesus Cristo, isto permite-nos estar com Ele e n'Ele e este é o verdadeiro dom maior;
– ter a certeza que Jesus está em mim e eu n'Ele;
– pedir algo e logo de seguida saber agradecer, como se já tivéssemos obtido aquilo que lhe pedimos.
Na medida em que acreditamos, a fé cresce e revigora-se. Não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonarmo-nos nas mãos de Deus, que nos faz experimentar o Seu amor e a Sua ternura.
Falecidos, não mortos
Celebramos no dia 2 de Novembro a memória dos Fiéis Defuntos, dos nossos falecidos, daqueles que estiveram connosco e hoje estão na eternidade, os "finados", aqueles que chegaram ao fim da vida terrena e já começaram a vida eterna. Portanto, não estão mortos, estão vivos, mais até do que nós, na vida que não tem fim, "vitam venturi saeculi". Sua vida não foi tirada, mas transformada. Por isso, o povo costuma dizer dos falecidos: "passou desta para a melhor!" Olhemos, portanto, a morte com os olhos da fé e da esperança cristã, não com desespero pensando que tudo acabou. Uma nova vida começou eternamente.
Os pagãos chamavam o local onde colocavam os seus defuntos de necrópole, cidade dos mortos. Os cristãos inventaram outro nome, mais cheio de esperança, "cemitério", lugar dos que dormem. É assim que rezamos por eles na liturgia: "Rezemos por aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem no sono da paz".
Os santos encaravam a morte com esse espírito de fé e esperança. Assim São Francisco de Assis, no cântico do Sol: "Louvado sejais, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual nenhum homem pode fugir. Ai daqueles que morrem em pecado mortal. Felizes dos que a morte encontra conformes à vossa santíssima vontade. A estes não fará mal a segunda morte". "É morrendo que se vive para a vida eterna!". Santo Agostinho nos advertia, perguntando: "Fazes o impossível para morrer um pouco mais tarde, e nada fazes para não morrer para sempre?"
Quantas boas lições nos dá a morte. Assim nos aconselha o Apóstolo São Paulo: "Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos" (Gl 6, 10). "Para mim o viver é Cristo e o morrer é um lucro... Tenho o desejo de ser desatado e estar com Cristo" (Fil 1, 21.23). "Eis, pois, o que vos digo, irmãos: o tempo é breve; resta que os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não usassem, porque a figura deste mundo passa" (1Cor 7, 29-31).
Diz o célebre livro A Imitação de Cristo que bem depressa se esquecem dos falecidos: "Que prudente e ditoso é aquele que se esforça por ser tal na vida qual deseja que a morte o encontre!... Não confies em amigos e parentes, nem deixes para mais tarde o negócio de tua salvação; porque, mais depressa do que pensas se esquecerão de ti os homens. Melhor é fazeres oportunamente provisão de boas obras e enviá-las adiante de ti, do que esperar pelo socorro dos outros" (Imit. I, XXIII). O dia de Finados foi estabelecido pela Igreja para não deixarmos nossos falecidos no esquecimento.
Três coisas pedimos com a Igreja para os nossos falecidos: o descanso, a luz e a paz. Descanso é o prémio para quem trabalhou. O reino da luz é o Céu, oposto ao reino das trevas que é o inferno. E a paz é a recompensa para quem lutou. Que todos os que nos precederam descansem em paz e a luz perpétua brilhe para eles. Amém
Meu Senhor, minha única esperança
Meu Senhor,
minha única esperança,
faz que, cansado, eu não cesse de Te buscar,
mas procure o Teu rosto sempre com ardor.
Dá-me força para Te procurar.
Tu que te sabes fazer encontrar,
e me deste a esperança
de Te encontrar sempre.
Diante de Ti está a minha força
e a minha debilidade:
conserva aquela, cura esta.
Diante de Ti está a minha ciência
e a minha ignorância;
onde me abri, acolhe o meu entrar;
onde me fechei, abre-me quando bater.
Faz que me lembre sempre de Ti,
que Te escute, que Te ame! Amen








