PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Dissertação Páscoa

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A Páscoa é, por excelência, a celebração do Mistério da Salvação nas suas três fases – Paixão, Morte e Ressurreição. No entanto, muito frequentemente na nossa sociedade, a Páscoa é exclusivamente identificada com o Domingo da Ressurreição, o que constitui uma redução das dimensões deste acontecimento, uma mutilação de uma realidade de enorme riqueza. Para percorrer o itinerário de Cristo temos de ser solidários com Ele na Paixão e na Morte, para também o sermos na Ressurreição. Ao sabermos que Jesus Se encaminha voluntariamente e em total liberdade para a morte, em amorosa entrega aos homens, conhecemos a essência do Amor. Unidos à fonte da vida sobrenatural, enchemo-nos de força para, da morte e do pecado, passarmos à alegria da Ressurreição. A Páscoa revela-se, deste modo, fonte de Alegria, Optimismo e Esperança, simbolizando o triunfo da Vida sobre a Morte, do Bem sobre o Mal. Este acontecimento ímpar não nos deve, porém, introduzir uma atitude apática e conformista perante a vida. Devemos, sim, transbordar essa mesma Alegria, esse mesmo Optimismo e essa mesma Esperança de que a Santa Páscoa nos inundou. Devemos ser testemunhas activas do Amor de Cristo, evangelizadores em todos os dias das nossas vidas.

Como jovem que sou, sinto quão degradada a minha geração se revela. Apercebo-me da falta de alegria e das pessoas cabisbaixas com que todos os dias me cruzo na rua. Noto a falta de credibilidade e confiança que existe em torno de quem exerce o poder. Não sou indiferente à crise económica que vivemos mas, acima de qualquer outra crise, preocupa-me aquela em que parecemos irremediavelmente mergulhados – a crise de valores. Sinto que, hoje, a Moral é considerada uma palavra vã e conservadora. Parece-me que a mensagem que o Povo recebe é a de que o atingir de um determinado fim justifica o uso de todo e qualquer meio. É este estigma que urge mudar. É fundamental que o Bem se sobreponha ao Mal, tarefa esta que não pode ser encarada por nós, Cristãos, como utópica, pois Cristo simboliza o triunfo da Luz sobre as Trevas. A meta está sempre à nossa frente, iluminada pelo espírito da Páscoa. Quando frequentava a Catequese, ainda criança, aprendi algo que faço sempre por ter em mente – devemos entregar-nos aos outros como Jesus se entregou por nós. Que a Páscoa nunca nos deixe de introduzir no dinamismo que brota da vida de Cristo Ressuscitado.

João Martins

Vamos construir um vídeo pascal

Cruz2020Caros Paroquianos

Numa recente reunião, por vídeo conferência, com o grupo dos responsáveis pelos jovens da Paróquia, surgiu a ideia de recolher alguns testemunhos em vídeo das crianças, adolescentes, jovens e adultos para ser partilhado nas transmissões online da Paróquia. No fundo, como fisicamente não estamos juntos, devido ao Covid-19, vamos tentar “reunirmo-nos" virtualmente, partilhando as respostas a algumas perguntas que a Semana Santa nos motiva.

Foi, assim, elaborado um texto, que se junta em anexo, em que tudo isto vos é esclarecido. Cada grupo de idades tem um vídeo inspirador e várias perguntas que podem ser respondidas em vídeos de 5 a 10 segundos. Uma vez produzidos, agradeço que sejam enviados por e-mail para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Serão depois construídos dois vídeos, procurando assim agrupar os pequenos vídeos recebidos. O vídeo das famílias será partilhado na Quinta-feira Santa, no momento da acção de graças; o vídeo da infância, adolescência e juventude será publicado na Missa de Domingo de Páscoa – em jeito de Acção de Graças.

Mãos à obra! Que estas pequenas ideias nos ajudem a crescer e alimentar a nossa fé.


Proposta de realização de um vídeo pascal

Caros Amigos
Com o Domingo de Ramos, damos início à Semana Maior dos Cristãos. Queremos propor-vos um desafio complementar àquele que já foi enviado para Catequese da Infância, Adolescência e Juventude. Aceitam?

Queremos construir um vídeo comunitário da Paróquia em que todos são chamados a participar, desde os mais novos aos mais velhos.
Mesmo fisicamente afastados, queremos estar perto e ser Comunidade! Pensámos, por isso, realizarmos um vídeo, com os contributos das nossas crianças, adolescentes e jovens, para celebrarmos e divulgarmos uma mensagem de Fé no Domingo de Páscoa.

Queremos que as famílias participem num vídeo semelhante, em jeito de Acção de Graças, para a Missa da Ceia do Senhor de Quinta-feira Santa.
Para isso, propomos que graveis pequenos vídeos (5 a 10 segundos) respondendo a uma, ou a várias perguntas que fazemos. Sugerimos que, preferencialmente, gravem os vídeos na posição horizontal e tentem evitar a câmara frontal (selfie), para conseguirmos uma melhor qualidade!  Filmem também a pergunta para sabermos qual é.  Depois, enviem os vossos contributos até quarta-feira. Pode ser? Podereis enviar por e-mail ou whatsapp (ver nota 2).

Dica: podereis gravar as respostas em família, junto à Cruz que construístes para o Domingo de Ramos.
Por fim, fica o desafio para a “Cruz à Porta”, que deverá florescer em Dia de Páscoa, e a vossa participação nas nossas celebrações "Paróquia on line"
NB: Escutem a música Fado da Vida (da Cuca Roseta) enquanto lêem este testemunho: Soma subtraída - Fado da Vida.

Gravar um vídeo com a resposta a uma destas perguntas segundo as indicações acima:
- O que tens pedido a Jesus nas tuas orações?
- Qual a coisa mais importante do mundo para ti?
- Que significado tem o gesto do Lava Pés?
- O que aprendeste com Jesus com o Lava Pés?
- Qual o lugar da Eucaristia na tua vida?
- O que é a Eucaristia para ti?
- O que é ser comunidade?
- Numa Palavra, o que é a Páscoa?
- Nesta Páscoa em casa o que gostarias de pedir ao Jesus Ressuscitado?

Nota 1: Aqui ficam os links para os vídeos e músicas:
- Fado da vida: https://www.youtube.com/watch?v=mB_aqbpwz5w&feature=youtu.be
- Soma subtraída - Fado da vida: http://www.somasubtraida.pt/2017/04/fado-da-vida.html

Nota 2: Os vídeos podem ser enviados para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Santos de Calças Jeans

Santos JeansPrecisamos de Santos sem véu ou sem batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e ténis.

Precisamos de Santos que vão ao cinema, que ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se comprometam na faculdade e no estudo.

Precisamos de Santos que tenham tempo ao longo do dia para rezar; que saibam namorar na pureza e na castidade, ou que se consagrem totalmente ao Senhor.

Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e nas causas sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo e que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola, comam hot-dogs, que usem jeans, que sejam internautas e que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de ir à igreja.

Precisamos de Santos que gostem de cinema e de teatro, de música e de dança, de futebol e de desporto.
Precisamos de Santos sociáveis e abertos, normais e amigos, alegres e companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo, saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos

O Mundo precisa que sejamos Santos!

Autor anónimo (Carta falsamente atribuída a S. João Paulo II)

Jovens de Queijas nas JMJ Cracóvia 2016

Cracovia Queijas1Esta manhã, partiram para o Aeroporto de Lisboa 24 Jovens da Paróquia de Queijas, rumo a Cracóvia, onde participarão com o Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude de 26 a 31 de Julho de 2016.

As JMJ são uma experiência única pelos encontros – com Deus e com os outros –, pelas dificuldades e pelas muitas alegrias, mas também pela grande oportunidade de rezar com o Papa e com milhares de jovens de todo o mundo. Serão dias únicos para aprender e descobrir aquela felicidade de que fala o Papa Francisco.

A delegação portuguesa, com cerca de 7 mil jovens, é a 9.ª mais numerosa, entre os inscritos de 185 países que confirmaram a sua presença.
O Brasil aparece nesta lista na 7.ª posição, fazendo do português uma das línguas mais faladas na JMJ 2016, a par do polaco, italiano, espanhol e inglês.

As JMJ nasceram por iniciativa de João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Juntos somos mais fortes no caminho da fé.
Força, Juventude!


Jornadas Mundiais de Juventude: Buenos Aires - 1987; Santiago de Compostela - 1989; Czestochowa - 1991; Denver - 1993; Manila - 1995; Paris - 1997; Roma - 2000; Toronto - 2002; Colónia - 2005; Sidney - 2008; Madrid - 2011; Rio de Janeiro - 2013; e Cracóvia - 2016.


JMJ - Mensagem do Presidente da Repúblicapresidente Marcelo

O Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem aos participantes portugueses nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que decorrerá em Cracóvia, Polónia, entre os dias 26 e 31 de Julho, e pediu-lhes que liderem “a causa dos que mais sofrem”. Aqui fica a sua mensagem:

“Evocando João Paulo II – que lançou estas Jornadas –, acompanho, a título pessoal, o vosso percurso com Francisco, acreditando que a Juventude tem o dever de encabeçar a causa dos que mais sofrem, mais são excluídos, mais são esquecidos nas periferias das nossas vidas e comunidades”.

Prof. Marcelo R. Sousa

 

Jovens entre incredulidade e (novo) fascínio da fé

Jov087Havia um mundo no qual era natural batizar os filhos, ir à missa ao domingo, casar-se na igreja, rezar o terço no mês de maio. Nesse tempo podia parecer suficiente tornar consciente o que se vivia por tradição. Hoje, os jovens que já não se casam (na igreja), que se interrogam sobre se vale a pena que os sacramentos sejam dados aos filhos, que abandonam as celebrações religiosas, dizem que aquele mundo já não existe.

Observando os comportamentos religiosos dos "millennials" [jovens que se tornaram adultos na passagem do século] - e muitas vezes também dos seus pais -, pode concluir-se que a fé deu lugar à incredulidade, ou, pelo menos, a uma indiferença difusa e tranquila: sem polémica e sem conflito.

Todavia, a escuta das gerações jovens diz outra coisa: revela uma sensibilidade religiosa que não se extinguiu e que se exprime através de formas tão diferentes do passado que se tornam irreconhecíveis para quem cresceu e viveu na tradição católica: incerta, confusa, solitária, e no entanto profunda e sensível.

Estes dados foram revelados pela pesquisa do instituto italiano Toniolo, sobre a religiosidade dos jovens, recentemente publicada no livro "Dio a modo mio" ("Deus à minha maneira"). Da investigação emerge um mundo jovem suspenso entre passado e futuro; nele permanecem alguns poucos hábitos, pensamentos e comportamentos adquiridos da antiga religiosidade, mas onde surgem desejos, procuras e exigências inéditas que lutam por se exprimir de forma adulta e encontrar na comunidade cristã espaços e palavras para se conectarem à tradição e evoluir para modelos de vida cristã novos e amadurecidos.

A pesquisa foi conduzida através de 150 entrevistas aprofundadas, realizadas a uma amostra nacional italiana de jovens pertencentes a duas faixas etárias: 19-21 anos e 27-29, idades de entrada ou saída da condição juvenil, e abordou todos os grandes temas que se entrecruzam na consciência religiosa de jovens que cresceram e vivem num contexto de cristianismo difuso: Deus, Jesus Cristo, vida cristã, relação entre a fé e as grandes perguntas da existência, Igreja, oração, sacramentos, outras religiões, figuras de referência.

O perfil espiritual que surgiu é muito interessante e nada dado por adquirido. Os jovens entrevistados, na esmagadora maioria, declararam crer em Deus; um Deus que não assume o rosto de Jesus de Nazaré - quando os jovens falam dele é porque são conduzidos, solicitados... O Deus dos jovens é anónimo, uma entidade abstrata que todavia assumem como próximo, capaz de nunca fazer sentir sós aqueles que acreditam nele.

A este Deus é possível dirigir-se a todo o momento dentro da própria consciência: não há necessidade nem da Igreja nem de ritos para orar: basta recolher-se em si próprio, pensar nele, falar-lhe com as próprias palavras, como dizia uma jovem de 19 anos: «Vivo a minha fé como me agrada, no sentido de que estou absolutamente certa de que não é necessário ir à igreja todos os domingos para acreditar, é preciso o pensamento de um minuto e meio durante o dia, basta-me o pensamento».

São poucos, inclusive entre aqueles que se declaram cristãos e católicos, aqueles que frequentam a missa dominical. É como se o percurso da iniciação cristã que quase todos frequentaram para receber os sacramentos não os tivesse educado a considerar o valor de uma experiência comunitária, que também é feita de oração. A maior parte não perceciona uma ligação significativa com a Igreja e pergunta-se que tem ela a ver com a sua fé, que é solitária, individualista e anónima.

Da Igreja não compreendem a linguagem, que consideram superada e abstrata. À comunidade cristã pediriam sobretudo as relações, o encontro com testemunhas significativas. Os jovens que demonstram algum interesse pela Igreja, com efeito, são aqueles que na comunidade cristã encontraram pessoas significativas durante experiências, em eventos, em circunstâncias particulares.

A Igreja é envolvida na mesma atitude de desconfiança que os jovens têm em relação a todas as instituições: esta é uma importante chave de leitura a ter em atenção em sede educativa, sinal da atitude individualista que caracteriza a cultura de hoje que luta para reconhecer o valor de dimensões objetivas e externas ao próprio eu.

Também a figura do padre é envolvida nesta distância da instituição eclesial; para ele os jovens olham com indiferença benévola. Não conseguem imaginar uma Igreja sem padres, e todavia não compreendem a função. A não ser que alguém tenha mostrado sacerdotes capazes de proximidade, atenção, disponibilidade para entrar numa relação dialógica e pessoal.

A esta atitude de distância e frieza está imune a figura do papa Francisco, diante da qual os jovens mostram grande admiração e de quem captam o fascínio. Paradoxalmente, mesmo representando o vértice da instituição eclesial, o papa Francisco é amado e estimado pelos jovens, que o sentem como uma referência confiável e segura. Os motivos? A sua proximidade aos pobres, a imediatez da sua linguagem, o seu empenho pela paz, a procura de encontro com as outras religiões.

A entrevista concluía-se com esta pergunta: «Na tua opinião, o que há de belo no crer?». Dos 150 inquiridos, só oito responderam que não há nada de belo. Para os outros 142, crentes ou não crentes, crer é belo porque dá esperança, permite nunca sentir-se só, ter um sentido para a própria vida. Dito por jovens que não acreditam, parece revelar uma nostalgia de Deus que comove e faz pensar.

O observador que assume como medida da vida cristã o ir à missa ao domingo pode objetar que estes dados já eram conhecidos; mas quem está interessado em colher o esboço da consciência juvenil encontrará nesta pesquisa não poucas surpresas, a começar pelo facto de Deus não ter desaparecido do horizonte das novas gerações, mesmo se a referência a Ele é muito mais complexa e tortuosa do que as gerações anteriores. Mas, de resto, não é assim também a vida no atual contexto?

Muitos jovens já não frequentam a Igreja, mas Deus não desapareceu do seu horizonte existencial. É este o ponto de apoio para uma nova comunicação da fé, como processo no interior do qual os jovens possam encontrar ajudas, instrumentos, diálogos para conduzir de maneira positiva a própria busca. E a comunidade cristã pode encontrar neles energia, questões de vida, provocações para inovar a forma do crer, acompanhando os tempos.

Há uma imagem que me parece interpretar bem a condição religiosa dos jovens: a da brasa que jaz sob a cinza. Quem olha distraidamente, vê só a cinza; quem sabe ir mais além dá-se conta de uma vida possível, de a trazer a descoberto. Quem saberá soprar sobre a cinza e tornar a brasa novamente capaz de arder e produzir luz e calor? Este é o desafio para a comunidade cristã e para toda a geração adulta quem tem no coração os jovens e o futuro da fé na sociedade ocidental.

Paola Bignardi, (in Avvenire), in snpcultura.org (24.05.2016)

 

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