PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Há tempo para tudo

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Há tempo para rir, para chorar, para cair e para levantar. Há tempo para parar e para continuar. Há tempo para desistir e para persistir.
Deus dá-nos tempo para tudo. Por vezes esse tempo é o que nós queremos. Mas por outras vezes é o tempo que Deus
escolhe para nós.

Podemos insistir e tentar fazer algo para mudar esse tempo, ou aceitar tal e qual o que Ele nos dá, e crescer com isso.

Há tempo para crescer e tempo para ficar pequenino. Há tempo para lutar e tempo para deixar andar. Há tempo e tempo. Há tempo para tudo. Tudo a seu tempo... e qual é o nosso tempo?

O tempo não se vê, não se pensa, não se programa. O tempo sente-se. Sente-se como se sente um afecto, um sorriso ou uma lágrima. Tantas são as vezes que não se percebe o que se passa à nossa volta, mas que se sente o sentimento profundo que a situação nos provoca. O tempo é assim. Um sentimento profundo que por vezes nos desorienta, e tantas outras vezes nos deixa satisfeitos e felizes.

Há tempo para ser feliz, tempo para ser triste. Tempo para gritar, sorrir, barafustar, responder, ficar em silêncio, ouvir, falar. Há tempo para tudo.
São tantas as vezes que não se sabe qual é o tempo, e se caminha lentamente, experimentando o terreno que se pisa, com medo de errar no tempo e sofrer com isso.

Também há tempo para a hesitação, para o medo, tempopara a dúvida e para o erro. Para o erro... tantas vezes se erra no tempo que nos espera. Tantas vezes se pensa estar num tempo, e se esbarra no tempo oposto. Também para este tempo há tempo.
E há tempo para voltar atrás. Mesmo quando se caminha num caminho que não é o nosso, e se quer emendar o que se errou, o tempo cura o que fica magoado. O tempo dá tempo para a cura. O tempo também é tempo de voltar atrás.

O tempo passa por nós como o som do que nos rodeia. Podemos tentar controlá-lo, podemos tapar os ouvidos ao barulho, mas ele continua a existir. Podemos ficar quietos, sem acção, paradinhos no nosso tempo, para que ele não passe. Mas é o tempo que nos ajuda a passar o tempo que temos para viver. E temos tanto para viver. Este é o nosso tempo, o tempo de viver com Deus.

Ana Teresa Nicolau

Jornadas Mundiais da Juventude: testemunho

jov1138Acabamos de deixar Madrid.
A densidade emocional desta semana de Jornada Mundial da Juventude foi surpreendentemente elevada. Embora tal já fosse previsível, dada a inevitabilidade de gerar expectativas face a um acontecimento desta dimensão, mais uma vez Deus provou, se tal fosse necessário, que nos consegue sempre surpreender na pessoa de Cristo, seu Filho.

No dia da partida para Madrid, disse-nos o Cardeal-Patriarca que iríamos à capital espanhola para "um encontro pessoal com Jesus Cristo ressuscitado", ao invés da realização de uma mera ambição de satisfação pessoal. De facto, a JMJ não constitui um encontro contemplativo à figura do Santo Padre. Não obstante, a presença paternal de Bento XVI foi essencial para que todos nos sintonizássemos na mesma linguagem, a linguagem do Amor do Salvador. Todos nós, jovens do Mundo, futuro e já presente da Igreja, transformámos Madrid na Capital da Fé, "garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem" (D. Manuel Quintas, Bispo do Algarve). Cristo manifesta-se de tantos modos e, através de muitas mãos, estende-nos a sua própria mão!Jov071

Para além da multiplicidade cultural, a densidade das actividades propostas exponenciou a riqueza da Jornada. Desde as Catequeses dos Bispos ao Encontro dos Jovens Portugueses, passando pelo Festival da Juventude e pela Via Crucis, cada uma destas contribuiu inequivocamente de um modo muito particular para o património espiritual adquirido, que – nas palavras de S. Paulo que serviram de mote à XXVI JMJ – nos enraizou e edificou em Cristo ainda mais, com uma enorme firmeza na Fé.

Todavia, a firmeza que pautou a JMJ também se revelou necessária no aspecto físico. Longas caminhadas, calor abrasador, multidões, intermináveis filas de espera, um metro e meio quadrado de privacidade, poucas horas de sono e tempestade tropical em Cuatro Vientos não bastaram para nos esmorecer e,jov007 mais do que tal, para nos tirar a alegria contagiante de ver o Emanuel no rosto de tantos e tantos jovens exultantes. Afinal, "é hoje inútil procurar Cristo junto da cruz e do sepulcro. Cristo vive!" (D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro).

Deixamos Madrid com o conforto inquietante de saber que não temos de nos preocupar em buscar respostas para todas as questões, que não temos de – nem devemos – querer saber tudo, nem sequer em pensar muito na maneira mais adequada de proclamar o Evangelho da Nova e Eterna Aliança. Detenhamo-nos na Adoração a Deus, pensando no Amor que Ele nos tem e preocupando-nos em cultivar o nosso próprio Amor por Ele, amando quem connosco se cruza na vida.

Deixamos Madrid com a firme convicção queJov176 "a Igreja precisa dos jovens, tal como a Juventude necessita da Igreja." (Bento XVI)

Impõe-se que cheguemos a Queijas com a inalienável responsabilidade de nos sentirmos enviados a proclamar o Evangelho, que tanta gente anseia sem disso se dar conta. Se mostrarmos inequivocamente a nossa Fé em questões muito concretas da nossa vivência, o Mundo conseguirá ver Jesus Cristo no rosto de cada um de nós.
João Miguel C. A. Borba Martins

IX Rally Paper Nós e Vós

RallyPaper6Realizou-se no passado Sábado, dia 4 de Junho de 2011, a 9.ª edição do Rally Paper Nós e Vós. Este Rally foi uma organização do grupo de Pais e Filhos inserido na Paróquia de S. Miguel de Queijas, reconhecido como «Nós e Vós», o qual tem como um dos objectivos a promoção de actividades recreativas e culturais.
RallyPaper1Antes da hora marcada para a partida já lá estavam – vestidos a rigor – todos os membros da organização. Os concorrentes lá foram chegando e, como previsto, às 14h00 partiu o primeiro carro. Preparados para andar alguns quilómetros, lendo com atenção o texto fornecido pela organização e procurando responder correctamente a todas as perguntas... lá foram as 18 equipas efectuando todas as provas com afincada alegria desportiva.

A tarde foi recheada de algumas surpresas com actividades RallyPaper5bem divertidas em pontos estratégicos, com muito sol e alguma chuva! Com o fim do dia a aproximar-se, lá andavam os concorrentes a tentar ganhar algum tempo para não serem penalizados, com mais algumas perguntinhas para responder... Depois de passarem por todos os locais que as pistas referiam, respondidas a todas as questões, as equipas podiam dar por finalizadas as provas deste Rally Paper.

RallyPaper3Chegados ao pátio da Igreja Queijas, todos ansiavam por alguma coisa para degustar. À sua espera encontravam-se os elementos da organização com alguns e apetitosos aperitivos, seguindo-se um magnífico jantar no Salão Paroquial. E porque nessa noite a nossa selecção defrontava a equipa da Noruega, houve também lugar à projecção do jogo. Para animar a refeição contamos com a presença da excelente banda juvenil, da nossa paróquia, que abrilhantou pela noite dentro o nosso convívio.

Algumas horas depois, eis que é chegado o momento mais RallyPaper4aguardado da noite: a entrega dos prémios a todas as equipas concorrentes. O primeiro lugar foi para a equipa liderada por Maria de Fátima Barreto. Muitos Parabéns!

A organização agradece a todos os que contribuíram de alguma forma para a realização deste Rally Paper. Bem hajam todos os que participaram!

Catarina e Pedro Gonçalves

 

Amar é dar-se

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O Amor não será o que sucede nessas histórias mais ou menos acidentadas que acontecem entre homens e mulheres. A maior parte das vezes esses "amores" não são senão egoísmos entrelaçados. O Amor, tal como o ser, implica uma saída de si mesmo, uma manifestação. É um fluxo constante que sai do que ama para o amado, a fim de o envolver e confirmar a cada instante que ele é digno de existência. O Amor brota pelas brechas que abre no egoísmo que reveste a alma. Perante a morte de alguém que amamos sentimos uma ausência, porque de facto se perdeu o rasto a um pedaço de nós que vivia naquele coração, naquela alma, naquele ser. Quando morre alguém que nos amou, de facto, ele permanece presente e vivo em nós, uma vez que foi também aqui, no fundo de nós, que ele quis estar e ser.

Mas não se deve ver o Amor apenas pela sua luz, pois, se ilumina, fá-lo para combater uma escuridão tremenda. Eis a razão pela qual, na dor e no sofrimento, se reconhece, mede e avalia o Amor de que é capaz. Por isso disse Soror Mariana: "Do fundo do coração Vos agradeço o desespero que me causais, e detesto a tranquilidade em que vivia antes de Vos conhecer." O Amor é a suprema contradição. Não é sequer humano. Não fosse ele o acto divino por excelência e estaríamos a falar de algo humanamente comum. Não o é. Nesta entrega incondicional há um momento único: é precisamente quando, pelo Amor, saímos de nós mesmos... que aparecemos diante dos nossos próprios olhos...

José Luís Nunes Martins, in Jornal i, 18-10-2011

Afinal, quem sou eu?

quem-sou-euPenso na vida, em Deus, em tudo o que me rodeia, em como tudo nasce, vive e morre, na beleza das pequenas coisas que fazem parte deste mundo e que dele participam.

Mas serei capaz de pensar, quem sou eu? O que estou aqui a fazer? Porque faço parte deste Universo imenso, onde há uma imensidão por descobrir e, no entanto, nada sei sobre a pequenez do meu ser? E qual será o meu papel nesta vida, o que estou aqui a fazer?
Mas afinal, quem sou eu?

Vivemos o dia-a-dia convivendo com imensas pessoas, com as quais partilhamos inúmeras experiências, conversas, atitudes, sentimentos, e sem nos apercebermos, vamos construindo e encarnando uma personagem que molda a nossa personalidade e permite, pouco a pouco, conquistar o nosso lugar na sociedade, junto daqueles que nos rodeiam.

Mas na verdade, são poucas as vezes em que paramos e reflectimos sobre o quem realmente somos. Estamos demasiado ocupados para tentar perceber o que acham os outros sobre nós e deixamos que acabem por construir, por entre caminhos tortuosos e muitas vezes incompletos, o nosso ser.

Assiste-se, actualmente, a uma ruptura no verdadeiro sentido do que é ser Homem. Tudo aquilo que nossos antepassados nos deixaram, teima em ser deixado para trás e fechado num local bem longínquo, onde não há lugar para sentimentos, qualidades ou defeitos. Somos programados para responder e agir consoante o ambiente em que estamos inseridos, não permitindo que o que há de verdadeiro em nós se revele. Vivemos mergulhados numa crise de valores, que caminha a passos largos para um abismo de ignorância pessoal. Deixámos de dar valor a tudo o que era fundamental no passado, para começarmos a idolatrar o descomprometimento com a vida e, pior do que isso, deixámos moldar o nosso carácter, as nossas atitudes, o nosso coração, nessa onda de insensatez.

E, contudo, caminhamos indiferentes, deixando que a resposta se desvaneça por entre as nossas mãos, sem nada fazer… 

Jesus Cristo propõe-nos um outro rumo para a nossa vida. Ele chama-te pelo que és, não te diz para seres de uma maneira ou de outra. Ele escolhe-te a ti, porque só ele sabe o quão importante é lutares para que a tua personalidade seja construída com base em ideias firmes, só ele sabe a importância da tua identidade no mundo…

 

Um autor desconhecido propõe-nos a seguinte reflexão:

Certo dia, uma mulher cansada, pára para ouvir o que Deus tem para lhe dizer. Ficou surpreendida ao ouvir uma voz dizer-lhe…

- Quem és?
- Sou a mulher do António – respondeu ela.

- Perguntei-te quem és, não com quês estás casada.
- Sou mãe de quatro filhos – tentou novamente a mulher.

- Perguntei-te quem és, não quantos filhos tens.
- Sou professora numa escola.

- Perguntei-te quem és, não qual a tua profissão.

Assim continuou a conversa entre aquela mulher perdida e a voz que perguntava continuamente “quem és?”.
Inconsolada, a mulher não conseguia perceber porque rejeitava aquela voz todas as respostas que dava para a sua pergunta.
Parou para pensar e escutar o verdadeiro sentido daquela pergunta. Foi então que ouviu novamente a voz perguntar-lhe “afinal, quem és?”. Num misto de compressão e desespero, começam a escorrer pela face da mulher lágrimas, por descobrir que em toda a sua vida tinha vivido o papel de alguém que desconhecia e, pior do que isso, nunca tinha parado para pensar quem era aquela pessoa, quem era a sua pessoa.

(Texto adaptado)

 

Mudar é possível. A necessidade de mudar afirma-se dentro de ti. Talvez a dúvida e o medo te detenham, mas podes mudar o teu rumo. Por isso, decide-te e começa a mudar. Procura, luta, conquista e ganha o teu lugar na sua sociedade, no mundo. Ganha um lugar no teu próprio coração que te permita perceber e responder “quem sou eu?”

Francisco Apolinário

 

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