PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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As razões da sinceridade

sinceridadeHá quem não oculte as suas falhas. Há quem prefira ser pouco, mas inteiro, do que ter de se misturar com impurezas para parecer maior. Há quem nunca se molde às situações ao ponto de se tornar outro, perdendo-se de si mesmo. A sinceridade é a qualidade essencial do que, não sendo perfeito, é ainda assim valioso, porque real e autêntico.

Ser sincero é mais do que ter um gesto exemplar ou uma palavra verdadeira. É ser inteiro em cada decisão, em cada palavra... Ser sincero é uma escolha que se renova a cada hora.

Todos falhamos. O erro é um sinal evidente de que somos limitados, mas é também o ponto a partir do qual cada um revela o que é. Uns ignoram, outros preferem desculpar-se, culpando quem não tem culpa. Outros ainda, poucos, reconhecem os seus erros e procuram emendar-se, não através de disfarces ou pinturas da superfície, mas de uma mudança mais profunda.

Só quem decide ser forte consegue chegar a ser sincero. É duro e supõe uma elevada capacidade de sofrimento. Por isso, não é algo que se deva esperar de pessoas fracas e pobres de vontade.

O sincero consegue resistir à maldade e seguir a direito, mesmo quando só parece haver caminhos tortos. Escolhe ser puro e inocente, pela força e coragem com que resiste a tudo o que o seduz e ameaça, mas que, na verdade, apenas o quer diminuir através da culpa.

Há pessoas que não procuram artifícios na sua relação com os outros, revelam-se tal como são.

Nunca é uma boa opção ocultar os nossos defeitos. Quem se delicia com as belas aparências raras vezes se importa com o que tem valor profundo. Assim como quem se preocupa com o valor real sabe que não há gente sem defeitos, fendas e fraquezas, e que a verdadeira integridade é a de nos reconhecermos como somos, não porque sejamos melhores, mas porque não queremos ser piores, criando ilusões.

Uma pessoa sincera é igual a si mesma. Cresce, mas mantém-se fiel à sua pureza original. Não cria equívocos, embora prefira reservar para depois o que tem de melhor.

Outros são os que se viram e reviram, dão voltas e mais voltas sobre si mesmos, a fim de, rastejando sempre, tentarem chegar ao que não é seu, ao que não são... apenas porque não têm força nem coragem para o ser. Escolhem o mais fácil: preferem parecer do que ser. Não se dão conta de que, por esse caminho a descer, não há senão vazios mascarados de coisas grandes.

Quando a uma verdade se acrescentam umas quantas meias verdades, com intenção de que a mistura passe depois por pura e valiosa, o que se obtém é apenas uma mentira requintada. E, por mais apurada que seja, não deixará jamais de ser uma impureza.

Não é fácil dobrar alguém sincero e honesto. Porque, apesar do sofrimento que isso lhe custa, saberá que a verdade é sempre maior do que a malícia dos que tentam o que for preciso para que ninguém seja senão como eles.

A hipocrisia é mais comum do que a sinceridade. É preciso crescer muito, ao ponto de nos tornarmos capazes da verdade mesmo depois das mentiras. Afinal, são as mesmas máscaras que nos escondem o que nos impede de ver o mundo e os outros tal como são...

A sinceridade jamais pode ser a razão para magoar alguém. Ser sincero é também saber escolher o que dizer e o que calar. Não devemos dizer tudo quanto pensamos, mais ainda se não o tivermos pensado com honestidade e inteligência. O silêncio é parte essencial da verdade e da sinceridade.

Se há palavras que são gestos dignos de louvor, também há palavras que só chegam a ser boas se forem cumpridas pelas mãos dos que ousam dizê-las.

Uma boa ação, ou uma palavra verdadeira, não perdem o seu valor só por ninguém o reconhecer... Parte da dureza da sinceridade é o abandono a que remete os sinceros... aqueles que se decidem a seguir pelo caminho que ruma ao céu. A direito.

José Luís Nunes Martins, in iMissio, 06-06-2015

Jornada Vicarial da Juventude - Oeiras 2015

Jovens1"Onde está O Senhor Teu Deus?" [Mq 7,10]

A verdade é que milhares de pessoas que anseiam pela Eternidade e não sabem o que fazer numa tarde de chuva, não atentam aos detalhes, nem sabem, simplesmente, ir à procura.  Nós fomos.

No passado Domingo, 1 de Fevereiro de 2015, alguns jovens da Paróquia de Queijas iniciaram o mês de Fevereiro com uma energia inquieta e com uma pergunta: Onde está O Senhor Teu Deus? Este foi o desafio proposto na Jornada Vicarial da Juventude ao qual nós não conseguimos ficar indiferentes.

Em Queijas deixámos os nossos desassossegos e rotinas, e rumámos - apesar da chuva - à Igreja da Cruz Quebrada onde jovens de todas as idades e vindos de cada ponto da Vigararia de Oeiras se reuniram pela mesma causa, pela mesma procura, pelo mesmo sentir, por um só Pai. Fomos entrando em casa e cada um que chegava tinha a sua própria história com Deus, íntima e singular. Eramos tantos e Ele conhecia-nos a todos: pela esperança que nos semeou no olhar, pela ternura com que nos desenhou, pela melodia que nos deu e pelo dom da fé que enlaçou no nosso peito. [Tolos de nós, que com tanto d'Ele a correr nas veias ainda fomos à Sua procura.]

Jovens2A tarefa lançada foi encontrar e fotografar tudo o que encontrássemos que nos remetesse a Deus. Com o Parque do Jamor como cenário de fundo, lá fomos nós de telemóvel em punho procurá-Lo. O mais evidente é sempre a Sua grandiosa criação, em tudo o que a Natureza nos dá, na água e na terra, nas alturas do Céu, nos pombos e nos patos, na chuva e no Sol. E Ele soube mostrar-se na pequenez e no pormenor, fez-nos olhar melhor o que vemos todos os dias e soube fazer-nos parar. A relíquia que é parar. A azáfama do mundo aprisiona-nos e faz-nos reféns, mas Deus liberta-nos nesta delícia que é parar. Parar para seguirmos os sentidos, parar para nos deslumbrarmos, parar para escutarmos a chuva e o vento a dançar. Parar para senti-l'O.

Contudo, a questão permanecia: Onde está O Senhor Teu Deus? Fazia parte da actividade abordar pessoas que encontrássemos pelas ruas e, se para as crianças Ele está no Céu, para os adultos está em todo o lado. Onde estás afinal, Senhor?

Ao fim do dia, chegou a resposta: mais do que no mundo, mais do que na criação e até mais do que em mim ou em ti, Ele está no "nós", Ele é "Deus connosco", mora no nosso regaço e na nossa "mão dada", vive na comunhão com os outros.

Cada vez que o meu caminho na fé for por onde tu vais, cada vez que a tua alegria celeste desfizer o meu cansaço do mundo, cada vez que eu descansar as minhas faltas de fé no teu abraço da esperança, cada vez que a tua luz iluminar a minha escuridão, cada vez que os teus olhos me falarem de Cristo, cada vez que o teu amor for o meu abrigo, cada vez que a minha oração for por ti, seremos sempre três. Eu, tu e Ele.

"Onde está o Senhor teu Deus?"
Está onde tu o deixares estar, nunca esquecendo que não há nada que a Sua graça não transcenda.

Inês Lopes

Discurso do Papa Francisco aos Escuteiros

Papa EscutismoCaros irmãos e irmãs!

Recebo-vos com alegria, por ocasião do sexagésimo aniversário de fundação do Movimento de escuteiros adultos católicos italianos. Dirijo a minha saudação cordial a cada um, a começar pela Presidente nacional, a quem agradeço as palavras, e pelo Assistente, ao qual também agradeço; estou grato inclusive pelo sinal! Agradeço-vos o trabalho que levais a cabo na Igreja e na sociedade, dando testemunho do Evangelho em conformidade com o estilo que é próprio do escutismo. É importante ressaltar a dimensão eclesial da vossa realidade associativa, que reúne leigos perfeitamente conscientes dos compromissos derivantes dos sacramentos do Baptismo e da Crisma. Impelidos por esta convicção, ao longo destes anos de compromisso apostólico procurastes dar testemunho dos valores de lealdade, fraternidade e amor a Deus e ao próximo, servindo generosamente tanto a comunidade eclesial como a civil.

A terminologia típica do escutismo utiliza muito o vocábulo «caminho», como valor significativo na vida dos adolescentes, dos jovens e dos adultos. Então, gostaria de vos encorajar a prosseguir pela vossa vereda, que vos chama a percorrer a senda em família; na criação; e na cidade. Percorrer a via, abrindo caminho: pessoas que caminham, não errantes, e não quietas! Percorrer sempre a vereda, mas abrindo caminho.

Abrir caminho em família. A família permanece sempre a célula da sociedade, o lugar primário da educação. É a comunidade de amor e de vida, na qual cada pessoa aprende a relacionar-se com os outros e com o mundo; e graças às bases adquiridas em família, é capaz de se projectar na sociedade, de frequentar positivamente outros ambientes formativos, como a escola, a paróquia, as associações... Assim, nesta integração entre os fundamentos assimilados em família e as experiências «externas», aprendemos a encontrar o nosso caminho no mundo.

Todas as vocações dão os primeiros passos no seio da família, e trazem consigo a característica da mesma durante a vida inteira. Para um movimento como o vosso, fundamentado na educação permanente e na escolha educativa, é importante voltar a afirmar que a educação em família constitui uma opção prioritária. Para vós, pais cristãos, a missão educativa encontra um seu manancial específico no Sacramento do matrimónio, pelo que a tarefa de educar os filhos constitui um autêntico ministério na Igreja. No entanto, não só os pais em relação aos filhos, mas também os filhos em relação aos seus irmãos e aos próprios pais, têm um certo compromisso educativo, que consiste na ajuda recíproca para a fé e o bem. Às vezes acontece que, mediante o seu carinho e a sua simplicidade, uma criança se torna capaz de reanimar a família inteira. O diálogo entre os cônjuges, a escuta e o confronto mútuo constituem elementos essenciais para que uma família possa ser tranquila e fecunda.

Abrir caminho na criação. A nossa época não pode desatender a questão ecológica, que é vital para a sobrevivência do homem, nem a pode reduzir a uma temática meramente política: com efeito, ela possui uma dimensão moral que diz respeito a todos nós, de tal forma que ninguém se pode desinteressar dela. Enquanto discípulos de Cristo, nós temos um motivo suplementar para nos unirmos a todos os homens de boa vontade em vista da salvaguarda e da defesa da natureza e do meio ambiente. Efectivamente, a criação é uma dádiva que nos foi confiada pelas mãos do Criador. Toda a natureza que nos circunda é criação como nós, criação juntamente connosco e, no destino comum, tende a encontrar no próprio Deus o seu cumprimento e a sua finalidade derradeira — a Bíblia diz «novos céus e nova terra» (cf. Is 65, 17; 2 Pd 3, 13; Ap 21, 1). Esta doutrina da nossa fé constitui, para nós, um estímulo ainda mais vigoroso em vista de uma relação responsável e respeitosa com a criação: na natureza inanimada, nas plantas e nos animais nós reconhecemos a marca do Criador, e nos nossos semelhantes a sua própria imagem.

Viver em contacto mais estreito com a natureza, como vós fazeis, requer não apenas o respeito por ela, mas também o compromisso a contribuir concretamente para eliminar os esbanjamentos de uma sociedade que tende a descartar cada vez mais os bens ainda utilizáveis e que podem ser oferecidos a quantos se encontram em necessidade.

Abrir caminho na cidade. Vivendo nos bairros e nas cidades, sois chamados a tornar-vos como que o fermento que faz levedar a massa, oferecendo a vossa contribuição sincera para a realização do bem comum. É importante saber propor com alegria os valores evangélicos, num confronto leal e aberto com as diversas instâncias culturais e sociais. Numa sociedade complexa e multicultural, vós podeis testemunhar com simplicidade e humildade o amor de Jesus por todas as pessoas, experimentando também novos caminhos de evangelização, fiéis a Cristo e ao homem, que na cidade vive com frequência situações difíceis, e por vezes corre o risco de se extraviar, de perder a capacidade de ver o horizonte, de sentir a presença de Deus. Então, a verdadeira bússola que devemos oferecer a estes irmãos e irmãs é um coração próximo, um coração «orientado», ou seja com o sentido de Deus.

Estimados irmãos e irmãs, continuai a traçar o vosso caminho com esperança no futuro. A formação de escuteiros constitui um bom treinamento! Recordemos são Paulo (cf.1 Cor 9, 24-27): ele fala de atletas que se exercitam para a corrida através de uma disciplina rígida, por uma recompensa efémera; o cristão, ao contrário, treina para ser um bom discípulo missionário do Senhor Jesus, ouvindo assiduamente a sua Palavra, tendo sempre confiança n'Aquele que nunca desilude, permanecendo com Ele em oração, procurando ser pedra viva no seio da comunidade eclesial.

Queridos amigos, obrigado por este encontro! Rezo por vós, mas peço-vos por favor que também vós oreis por mim!

Papa Francisco,
Discurso aos Escuteiros adultos católicos italianos
Vaticano, 8 de Novembro de 2014

vaticano, 8 de Novembro de 2014

Hóspede

hospedeHóspede é uma pessoa que se aloja temporariamente em casa alheia; que recebe hospedagem em hotel, pensão, hospedaria, etc.

Muitas passagens da Bíblia apresentam-nos a uma imagem de Deus como nosso hóspede, nós (ou o nosso coração) como casa para Deus habitar. É de facto uma imagem muito válida. No entanto, e muitas vezes sem nos apercebermos, nessa imagem, nós somos os hospedeiros, os "donos", os que tomam decisões, os que mandam na casa. Ficamos alegres por ter Jesus em nossa casa, hóspede em nosso coração, mas pensamos que a vida nos pertence. Aí está nossa entranhada tentação patronal, que atenta contra a declaração fundamental de Deus: «A terra é minha, e vós sois para mim estrangeiros e hóspedes» (Levítico 25,23).

Então sou eu o hóspede? Se sim, surge uma nova imagem: não é Ele que habita em nós - somos nós que habitamos Nele. Não somos donos de nada, somos simplesmente hóspedes... Estamos, na verdade, hospedados em casa de Jesus.

Como hóspedes, a perspectiva de vida muda, pois quando ficamos hospedados em casa de alguém temos cuidado como tratamos as coisas, não nos impomos, estamos atentos ao dono da casa e seguimos as suas instruções. E somos agradecidos por tanto bem recebido, por tanta hospitalidade.

Dele tudo recebemos, a Ele tudo lhe pertence: «Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta».

Que consigamos viver a vida como hóspedes muito amados de Deus, agradecidos pela sua bondade, pelo seu amor.

Mariana Abranches Pinto

A Comunhão faz-nos Igreja

Lourinha1A palavra que marcou o passado fim-de-semana de 13 e 14 de Setembro foi União. De saco cama numa mão e a Bíblia na outra, 18 jovens partiram para a Casa do Oeste, na Lourinhã, para partilhar dois dias de entrega a Deus e de celebração do amor que nos unia. Iniciaram-se assim as actividades para melhor preparar o novo ano pastoral que se avizinha.

Cada momento foi vivido avidamente, e nenhuma reflexão foi desperdiçada. Uma família de jovens mais velhos, já forte e unida, abriu os braços para os recém-chegados, que irão fazer o Crisma a 26 de Outubro, e todo um ambiente de paz e ponderação se instalou.

Os jovens viram-se frente a frente com algumas questões que já há muito tempo os punha a pensar e com algumas que encontrariam pela primeira vez.

Tendo por base a passagem de Lucas (10, 38-42) alguns descobriram que eram Martas, alguns Maria, outros repensaram as suas prioridades ou se tinham a sua porta aberta a Deus. No entanto, o que mais marcou estes momentos foi que ninguém lhes foi indiferente.

No Domingo vimos corações mudados, olhos cheios de esperança e uma vontade contagiante de pôr em prática estas reflexões e a mesagem que o Senhor Jesus nos dirigiu.

E na Missa – festa da Exaltação da Santa Cruz –, o Pe. Alexandre Santos sublinhou que "o que se exalta na Cruz não é a dor, mas a salvação que ela trouxe à humanidade. Assim a Cruz não é símbolo de morte mas da nossa redenção e da nossa fé; ela a expressão suprema do amor de Deus por cada um de nós." "Contemplar Cristo crucificado revela-nos o verdadeiro rosto de Deus que nos convida a deixarmo-nos envolver por este seu grande amor."   O nosso prior deixou-nos ainda o desafio de abrirmos o nosso coração para acolher do crucificado a grande lição da paz e da compreensão, do amor e do perdão, procurando sempre conciliar a Marta e a Maria que há em cada um de nós.

Em correntes de abraços, bênçãos e sorrisos, encontrámos Deus e todo o amor que recebemos quando o convidamos para a nossa vida.

Ao voltar para Queijas, com compromissos feitos e corações abertos, os jovens disseram um breve 'até já', sabendo que tinham pela frente uma nova caminhada, acompanhada de Deus e de uma companhia cada vez maior, sendo cada nova amizade um novo passo no seu caminho.

Beatriz Santos

 

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