PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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catequese

Senhora da Esperança

Senhora da Esperança,MariaEsperanca
a tua alegria era fazer a vontade do Pai;
a tua vida era estar atenta
às necessidades dos outros.
Intercede por nós!
quando a nossa fé vacila;
quando somos tentados a desesperar.

Senhora da Esperança,
intercede por nós!
quando fechamos o coração;
quando consentimos a injustiça.

Senhora da Esperança,
intercede por nós!
quando parece ser difícil seguir o teu Filho;
quando nos cansamos de fazer o bem.

Senhora da Esperança,
intercede por nós,
quando o não se antecipa ao nosso sim;
quando não somos capazes de descobrir
os sinais da presença de Deus no mundo.

Senhora da Esperança,
Leva-nos a Jesus, teu Filho, a nossa esperança.
Amen.

Liturgia, primeiro passo da renovação conciliar

Liturgia, primeiro passo da renovação conciliar

A Liturgia era o tema mais reflectido à data do Concilio. A lógica da renovação recomendava que os primeiros temas a debater fossem a Igreja e a Revelação Divina. Mas não foi possível começar por aí, porque logo se viu que eram temas em que havia divergências no modo de os conceber e de os apresentar a debate na sala conciliar.

Antes do Concilio deram-se passos importantes no campo da liturgia. Entre outros: Pio X restaurou a música sacra, nomeadamente, o canto gregoriano (1903); fundou-se o Centro de Pastoral Litúrgica (1945) em França com a revista "La Maison de Dieu"; Pio XII publicou a "Mediator Dei" (1947) e restaurou a vigília pascal e a missa vespertina, mitigou o jejum eucarístico, permitiu a língua vulgar em partes dos sacramentos e sacramentais; o movimento litúrgico, iniciado pelo beneditino francês D. Gueranger, fundador da abadia de Solesmes, estendeu-se pela Europa a vários mosteiros beneditinos; de 1950 a 1957, realizaram-se sete encontros internacionais de liturgia, com realce para o I Congresso Internacional de Liturgia em Assis (1956). A renovação chegou a Portugal por D. António Coelho, que havia restaurado o mosteiro beneditino de Singeverga e fez dele uma escola litúrgica de influência, pela sua prática e publicações. O Seminário de Cristo Rei (Olivais, Lisboa) com o seu reitor, Monsenhor Pereira do Reis, teve nas décadas de quarenta e cinquenta um papel preponderante na criação de uma nova mentalidade e prática litúrgica, através dos novos padres que ali estudaram e que difundiram nas suas dioceses um espírito litúrgico, novo e aberto.

O Concílio abriu, solenemente, no dia 11 de Outubro de 1962, e ocupou-se, de imediato, das eleições para as diversas comissões. Estas, porém, não se concluíram sem que chegassem os bispos das zonas mais distantes e se ambientassem, de modo a serem mais objectivas as suas escolhas. A demora não agradou aos mais apressados, mas a verdade é que só no dia 22 de Outubro começou a reflexão pública do esquema da Liturgia. Foi bom ter começado por um esquema pouco polémico e fundamental na vida da Igreja. Assim o ordenou João XXIII. Um tema mais amadurecido serviu para os bispos ensaiarem um novo estilo de colegialidade.

O esquema apresentado pela comissão preparatória não ofereceu grande dificuldade. A dimensão pastoral, centralizada em Cristo e nos objectivos do Concílio, tal como surge logo nos primeiros números da Constituição, era muito clara. Pôs-se de lado a tónica rubricista de documentos anteriores e logo se aponta a Liturgia como "cume e fonte" da vida da Igreja, pois que nela tudo conduz para o louvor a Deus e tudo se alimenta desse louvor. Esta realidade tem o seu sentido pleno na celebração da Eucaristia, acontecimento pascal por excelência e essencial da vida da Igreja.

A Liturgia não esgota a acção da Igreja. É na proclamação da Palavra de Deus que leva ao conhecimento de Cristo, à conversão evangélica e à realização da Obra de salvação, que a Igreja tem a sua missão permanente, e será sempre, pela Palavra, que se chega ao louvor e à celebração frutuosa. Torna-se indispensável ler, reflectir e assimilar os primeiros 13 números da Constituição para que se compreenda o alcance deste documento e não se caia na tentação dos aspectos menos importantes da celebração. A beleza exterior e a solenidade das celebrações, a que muitos prestam especial atenção, podem denunciar, por vezes, desatenção ao essencial. Nesta tentação se caiu a seguir ao Concílio, com o desvio para inovações, que mais partiam do entusiasmo da imaginação do que da compreensão dos objectivos fundamentais da Liturgia.

Os aspectos que logo provocaram mudanças como a língua vernácula, o espaço da celebração com especial atenção ao altar, os novos ministérios ligados ao acto celebrativo, e outros, estão sempre orientados para o valor pastoral da participação consciente da assembleia no ato celebrativo.

A celebração da Eucaristia estava ainda muito marcada pelo clericalismo. O padre era praticamente tudo, e ocupou, durante séculos, uma primazia que não dava lugar a outros na área do altar. Compreende-se, assim, o entusiasmo como, em toda a Igreja, foi recebida e aplicada a reforma litúrgica, proposta pelo Vaticano II. Reflectiremos aspectos importantes da Constituição, que, 50 anos depois, se tornam de novo actuais.

D. António Marcelino, in Correio do Vouga, 09-02-2012

A dor, a fé e a esperança

Senhor,

não Te suplico que afastes de mim todo o perigo,
mas que eu nunca tenha medo dele.

E não grito por socorro na tribulação,
mas que me tornes mais forte na dor.

Não te peço que afastes de mim todo o mal,
mas que me dês forças para caminhar.

Num lindo dia, à primeira aurora,
ver-te-ei humildemente, face a face:

Por agora, ajuda-me nos meus afãs
e nesta escuridão de quem espera:

E concede-me
que nunca possa duvidar de Ti.
Tagore

VII Domingo do Tempo Comum - B

JC_ParaliticoO Evangelho de S. Marcos apresenta-nos "Quem é Jesus". Vimos que é Aquele que nos liberta dos males físicos. Hoje veremos que Ele nos liberta também dos males espirituais e, o pior deles, é o pecado.

Num tempo não muito distante, havia exagerada a ideia que "tudo era pecado". Hoje, perdeu-se o sentido do pecado e, consequentemente, a necessidade do perdão e da misericórdia.
A Palavra deste Domingo fala-nos do pecado e da atitude de Deus diante do pecador. Toda a História da Salvação é uma mensagem de esperança, um anúncio de perdão, uma manifestação do amor misericordioso de Deus.

A primeira leitura mostra Deus e o pecado do seu Povo. Os israelitas, escravos e humilhados na Babilónia, perguntavam-se: "Porque é que Deus permitiu que nos tornássemos escravos, depois de ter dado, no passado, tantas provas de amor? Terá Deus esgotado sua paciência diante da dureza do nosso coração?"
Deus, em todos os momentos da história, está ao lado do seu Povo. Sugere, no entanto, que o Povo necessita de percorrer um caminho de conversão e de renovação, antes de poder acolher a libertação que Deus tem para oferecer.

O Evangelho retoma a mesma temática. Diz que, através de Jesus, Deus derrama sobre a humanidade sofredora e prisioneira do pecado a sua bondade, a sua misericórdia, o seu amor. Ao homem resta acolher o dom de Deus, ir ao encontro de Jesus e aderir a essa proposta libertadora que Jesus veio apresentar.

A segunda leitura recomenda àqueles que aderiram à proposta de Jesus que vivam com coerência, com verdade, com sinceridade o seu compromisso, sem recurso a subterfúgios ou a lógicas de oportunidade.


LEITURA I – Is 43,18-19.21-22.24b-25
Leitura do Livro de Isaías

Eis o que diz o Senhor:
«Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados,
não presteis atenção às coisas antigas.
Eu vou realizar uma coisa nova,
que já começa a aparecer; não o vedes?
Vou abrir um caminho no deserto,
fazer brotar rios na terra árida.
O povo que formei para Mim proclamará os meus louvores.
Mas tu não Me chamaste, Jacob,
não te preocupaste Comigo, Israel.
Pelo contrário, obrigaste-Me a suportar os teus pecados,
cansaste-Me com as tuas iniquidades.
Sou Eu, sou Eu que, em atenção a Mim,
tenho de apagar as tuas transgressões
e não mais recordar as tuas faltas».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 40 (41)
Refrão: Salvai-me, Senhor, porque pequei contra Vós.

Feliz daquele que pensa no pobre:
no dia da desgraça o Senhor o salvará.
O Senhor lhe concederá protecção e vida, fá-lo-á ditoso na terra
e não o abandonará ao ódio dos seus inimigos.

No leito do sofrimento o Senhor o assistirá
e na doença o aliviará.
Eu digo: Senhor, tende piedade de mim,
curai-me, pois pequei contra Vós.

Vós me conservareis são e salvo
e em vossa presença me estabelecereis para sempre.
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
desde agora e para sempre. Amen.


LEITURA II – 2 Cor 1,18-22
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Deus é testemunha fiel
de que a nossa linguagem convosco não é sim e não.
Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo,
que nós pregamos entre vós
– eu, Silvano e Timóteo –
não foi sim e não, mas foi sempre um sim.
Todas as promessas de Deus são um sim em seu Filho.
É por Ele que nós dizemos 'Amen' a Deus para sua glória.
Quem nos confirma em Cristo – a nós e a vós – é Deus.
Foi Ele que nos concedeu a unção,
nos marcou com o seu sinal
e imprimiu em nossos corações o penhor do Espírito.


EVANGELHO – Mc 2,1-12
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum
e se soube que Ele estava em casa,
juntaram-se tantas pessoas
que já não cabiam sequer em frente da porta;
e Jesus começou a pregar-lhes a palavra.
Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens;
e, como não podiam levá-lo até junto d'Ele, devido à multidão,
descobriram o tecto por cima do lugar onde Ele Se encontrava
e, feita assim uma abertura,
desceram a enxerga em que jazia o paralítico.
Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico:
«Filho, os teus pecados estão perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas,
que assim discorriam em seus corações:
«Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar.
Não é só Deus que pode perdoar os pecados?»
Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes:
«Porque pensais assim nos vossos corações?
Que é mais fácil?
Dizer ao paralítico 'Os teus pecados estão perdoados'
ou dizer 'Levanta-te, toma a tua enxerga e anda'?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem
tem na terra o poder de perdoar os pecados,
'Eu to ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa'».
O homem levantou-se,
tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente,
de modo que todos ficaram maravilhados
e glorificavam a Deus, dizendo:
«Nunca vimos coisa assim».


Ressonâncias

O poder que Jesus tinha de perdoar os pecados, continua na Igreja a quem foi entregue na primeira aparição do Cristo Ressuscitado, num clima de grande alegria e de vitória sobre a morte e o pecado: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23)." Os apóstolos foram perdoados e enviados a perdoar em nome do Senhor.

A Igreja é comunidade do perdão fraterno. A igreja não é uma comunidade de santos, mas de pecadores perdoados que precisam pedir e oferecer o perdão. No Pai-Nosso afirmamos: "perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos..." Portanto, o perdão, que necessitamos, depende sempre do perdão que damos aos outros.

Sacramento da Reconciliação não pode reduzir-se a apenas a um ritualismo de contar os pecados ao padre. É necessário sempre um processo de conversão, pelo qual o cristão se reconhece pecador e deseja refazer sua vida cristã.
O Sacramento da Reconciliação é Sacramento da Alegria. A alegria de experimentar o perdão do Senhor e a da comunhão com os irmãos, sentir-se perdoado e aceite por um Deus pai e amigo, que nos repete: "Filho, teus pecados estão perdoados."

Gesto de solidariedade: caminho de libertação: Enquanto os ouvintes e seguidores de Cristo "sentados" enchiam a casa e impediam o doente de se aproximar, os quatro amigos encontraram a maneira para levar o doente até Jesus. E Jesus "vendo a fé que eles tinham" curou o doente...

Quantas pessoas poderiam reconstruir a própria vida, se houvesse algum cristão disposto a apoiá-las e ajudá-las a chegar a Jesus? E nós, que participamos na mesa da Eucaristia, podemos ficar pensando só em nós impedindo que os "doentes" se aproximem de Jesus ou acompanhamos essas pessoas até Cristo, para que as liberte? Qual é a nossa atitude diante do pecado? Reconhecemos com humildade os nossos pecados? Buscamos com regularidade o perdão de Deus, que nos é dado através da Igreja?


Levanta-te e vai

Eu não gosto de me confessar porque tenho medo que o Padre ralhe comigo.
Mas, afinal, quando chegas ao pé do confessor, o que é que lhe pedes em primeiro lugar?
— Como toda a gente, digo: Abençoai-me, Padre, porque pequei...

— Exactamente. Não pedes que te ralhe ou te castigue porque pecaste mas pedes-lhe uma bênção, uma palavra de conforto ou de gratidão. Não tenhas medo. O confessor apenas felicitar-te-á porque recebeste uma graça de Deus e um dom do Espírito Santo: reconheceste que és pecador e que desejas ser melhor!

Quem confessa as suas faltas, está disposto a levantar-se e a caminhar. É por isso que um paralítico apresentou-se um dia diante de Jesus que lhe disse:
— Os teus pecados estão perdoados, ou por outras palavras, levanta-te, toma a tua enxerga e vai...

O mal parece não estar no ter caído mas em não querer levantar-se e prosseguir a caminhada. E perdoar é dar a oportunidade de alguém recomeçar o seu caminho. Todos somos paralíticos, amarrados a velhos hábitos e muletas, à espera duma palavra que nos levante. Vivemos agora na esperança de recomeçar todos os dias. Cair e levantar-se é igual a progredir.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

Oracao CEI 2012

Senhor Jesus,
Vós fostes enviado pelo Pai
para reunir aqueles que andam dispersos.Jesusfarol

Vós viestes até nós,
fazendo o bem e curando os nossos males,
anunciando a Palavra da salvação
e dando-nos o Pão que permanece para sempre.

Sede o nosso companheiro
nos caminhos do nosso peregrinar.

O vosso Espírito Santo inflame os nossos corações,
anime a nossa esperança e abra a nossa inteligência
para que, com os nossos irmãos e irmãs na fé,
Vos reconheçamos nas Escrituras e no partir do pão.

O vosso Espírito Santo faça de nós um só corpo
e nos ensine a caminhar humildemente neste mundo,
em justiça e caridade,
como testemunhas da vossa ressurreição.

Em comunhão com Maria,
que nos destes por Mãe aos pés da cruz,
e por vosso intermédio seja louvado,
honrado e bendito o Pai no Espírito Santo
e na Igreja, agora e para sempre.

Ámen.

(Oração para o Congresso Eucarístico Internacional
Dublin 10-17 de Junho de 2012)

 

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