Senhor, Tu és...
Minha Luz, quando a noite nunca mais termina;
Meu caminho, quando as encruzilhadas são confusas;
Meu Sol, no céu dos dias cinzentos;
Meu Oásis, quando o caminho é poeirento;
Minha Fonte, quando o solo racha pela secura;
Minha Montanha, quando a profundidade dos vales me inquieta;
Meu Jardim, quando a cidade cresce muito depressa;
Minha Sabedoria, quando o coração anda à deriva;
Minha Loucura, quando a razão assalta o coração;
Minha Esperança, quando me canso de esperar;
Minha Salvação, quando me sinto perdido;
Meu Céu Azul, quando a terra tem a cor de sempre;
Minha Paz, quando eu faço guerra;
Minha Vida, quando o meu coração deixou de bater;
Meu Canto, quando as palavras me faltam;
Minha Juventude, quando o cansaço me oprime;
Minha Alegria, quando a tristeza se ri de mim;
Minha Aleluia, quando o pecado é pesado e duro;
Minha Brisa, quando me sinto abafado;
Minha Verdade, quando me sinto abalado;
Minha Clareira, quando as sombras me assaltam;
Meu Coração, quando não encontro o meu;
Meu Senhor, quando procuro tudo dominar;
Minha Vitória, quando tenho de lutar;
Meu Horizonte, quando os meus olhos estão nublados;
Meu Tudo, quando o nada é nada.
Uma missionária de Hong Kong
Perdão, Senho, perdão!

Senhor, como disse Pio XII, "o maior pecado do mundo actual é ter perdido o sentido do pecado", e eu sinto-me contagiado por esse pecado.
Senhor, vivo constantemente convencido que não tenho pecado, enganando-me a mim mesmo. Por isso a verdade não está em mim (1Jo 1,8.10).
Perdão, Senhor, porque também embarquei na ideia de que o pecado é apenas uma desobediência voluntária e livre às leis de Deus e da Igreja.
Perdão, Senhor, porque ainda tenho a ideia de pecado como um fazer ou não fazer coisas proibidas.
Perdão, Senhor, porque tenho esquecido que o pecado é tudo o que é ruptura, tudo o que são relações interrompidas, tudo o que é não comunhão.
Perdão, Senhor, porque esqueci que o pecado é uma agressão a mim próprio e aos outros, por ser destruição duma harmonia, por ser diminuição da comunhão, por ser desprezo e ódio por mim e pelos outros.
Perdão, Senhor, porque esqueci que o pecado é auto-destruição; é um falhanço, como o atirador falha o alvo; é um fracasso!
Perdão, Senhor, porque esqueci que a Lei é um apontar o caminho para o homem acertar o alvo, e eu a confundi com esse mesmo alvo. Ajuda-me, Senhor, a reatar a correcta relação entre as minhas aspirações e as leis que me apontam a meta.
Perdão, Senhor, porque também eu, como Adão e Eva, esqueci-me que a liberdade criadora do homem só pode exercer-se na comunhão com a fonte dessa liberdade criadora que és Tu.
Perdão, Senhor, não por faltar às leis..., mas por me ter afastado de Ti, e do Teu projecto. E que, como dizia S. Tomás de Aquino, Tu só és ofendido, por nós, na medida em que atentamos contra a nossa própria felicidade.
Senhor, o Teu Filho veio dizer-nos que desejas que sejamos perfeitos como Tu. Agora compreendo que o pecado não é outra coisa senão essa distância ou ausência da comunhão em que o homem se encontra com o que Tu queres, com o que Tu és. Perdão!
Perdão, Senhor, por me ter considerado bom, sem me ter confrontado com a Pessoa do Teu Filho, mas com os modelos de catálogos de mandamentos e proibições.

Senhor, reconheço-me pecador porque estou a sentir como é grande a distância que me separa de Ti e do Teu amor.
Agora percebo que o homem sem oração não consegue descobrir-se pecador. Perdão!
Agora, Senhor, compreendo as contínuas ânsias dos santos, por sentirem-se tanto mais pecadores, quanto mais experimentavam o Teu amor e a Tua perfeição.
Perdão, Senhor, porque ainda tenho a ideia que o sacramento da reconciliação é uma espécie de máquina de lavar para tornar a alma mais limpa, quando é, sobretudo, aquela ocasião de paragem para acertar as agulhas no caminho da perfeição.
Perdão, Senhor, porque também eu, muitas vezes, apresento-me ao sacerdote com uma lista de pecados para que sejam apagados e esqueço que tudo isso é devido ao facto de estar longe de Ti.
Estás aqui, Senhor
Venceste a morte,
ressuscitaste, Senhor Jesus.
Por isso, estás aqui, vivo e actuante,
presente na Eucaristia – pão ressuscitado,
nos irmãos – vivos com a tua vida,
na Igreja, que fundaste sobre a rocha,
em mim próprio, tua viva imagem.
Ressuscitaste, Senhor,
e permaneces connosco através dos séculos,
como Rei e Senhor, como Irmão e Amigo,
como fonte de vida, de paz e de alegria.
Estás aqui presente no meio de nós,
quando nos amamos
e estamos reunidos em teu nome,
dispostos a dar a vida uns pelos outros.
Onde há amor, a tua presença é viva,
fonte de vida nova,
semente de mundo melhor.
Ressuscitaste, Senhor Jesus,
para nos dares vida, vida em plenitude,
renova todo o meu ser.
nascente de vida

Hoje, ó divino Espírito,
sinto o desejo de Te pedir
que Te faças sentir em mim
não como alguém que vem de fora,
mas como vulcão de fogo,
como fonte que jorra vida,
que já me inunda e habita em mim.
Derrama torrentes divinas
no interior do meu ser.
Invade-me, embebe-me da tua presença,
da tua acção santificadora.
Toma posse de mim, pois sou teu.
Purifica e transforma, cinzela e molda,
Santifica e ilumina
o que há de mais profundo em mim.
Que todo o meu ser,
seja cada vez mais por Ti perscrutado,
invadido pela tua vulcânica presença,
para que de mim nada fique
senão oiro do teu amor.
Quando a boca cala, o corpo grita!
A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma;
O resfriado escorre quando o corpo não chora;
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições;
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair;
O diabetes invade quando a solidão dói;
O corpo engorda quando a insatisfação aperta;
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam;
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar;
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável;
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas;
O peito aperta quando o orgulho escraviza;
A pressão sobe quando o medo aprisiona;
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza;
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade;
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra;
O cancro mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam no nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é recto, existem curvas chamadas Equívocos;
existem semáforos chamados Amigos;
luzes de precaução chamadas Família.
Ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão;
um potente motor chamado Amor;
um bom seguro chamado FÉ;
e um abundante combustível chamado Paciência.








