Portugal e a Imaculada Conceição

O berço de Portugal é cristão
e a sua madrinha é a Imaculada Conceição
Ninguém pode dizer não ter existido, pelo menos desde o século XI, a crença explícita na conceição imaculada da Virgem. Existiu e espalhou-se gradualmente a toda a Igreja ocidental. Foi, porém, a 8 de Dezembro de 1854 que se realizou a festa tão desejada por tantos cristãos: Pio IX, rodeado por 54 cardeais, um patriarca, 42 arcebispos, 100 bispos, 300 prelados, milhares de sacerdotes e de fiéis católicos, afirmou solenemente o dogma da Imaculada Conceição: «Declaramos que a doutrina que afirma que Maria foi concebida sem pecado original, é uma doutrina revelada por Deus e que nos obriga a todos a aceitá-la como dogma de fé».
É, sobretudo, a D. João IV que Portugal ficou a dever que Nossa Senhora da Conceição fosse declarada Padroeira Nacional. Estando reunidas as Cortes em Lisboa, desde 28 de Dezembro de 1645 até 16 de Março de 1646, propôs-lhes o rei que se declarasse Nossa Senhora da Conceição Defensora e Protectora da Pátria. O resultado dessa proposta consta da Provisão Régia de 25 de Março de 1646, de que salientamos estes parágrafos:
"Estando ora juntos em Cortes com os três Estados do Reino lhes fiz propor a obrigação que tínhamos de renovar e continuar esta promessa (de D. Afonso Henriques) e venerar com muito particular afecto e solenidade a festa de Sua Imaculada Conceição: E nelas com parecer de todos, assentámos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição... e lhe ofereço de novo em meu nome e do Príncipe D. Teodósio meu sobre todos muito amado e prezado filho e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos à sua Santa Casa da Conceição sita em Vila Viçosa, por ser a primeira que houve em Espanha desta invocação, cinquenta escudos de ouro em cada um ano em sinal de Tributo e Vassalagem: E da mesma maneira prometemos e juramos com o Príncipe e Estados de confessar e defender sempre (até dar a vida sendo necessário) que a Virgem Maria Mãe de Deus foi concebida sem pecado original".
No mesmo dia 25, festa da Anunciação, que nesse ano coincidiu com o Domingo de Ramos, efectuou-se na Capela Real a solenidade do juramento. O Secretário de Estado leu em voz alta a Provisão Régia e por fim a fórmula do juramento que D. João IV, ajoelhado diante do altar, foi repetindo. O Príncipe herdeiro, os grandes da nobreza, os representantes do povo, e os cinco Bispos presentes prestaram em seguida juramento. Um solene Te Deum rematou tão bela e significativa cerimonia. Durante a noite a cidade apareceu rebrilhando com as constelações de mil luzes que faziam ressaltar o júbilo do povo, manifestado nos seus ardentes cânticos.
Por este acto tão solene e expressivo a Virgem Imaculada era constituída e declarada, por todos os poderes da Nação, Senhora e Rainha de Portugal. Por outras palavras, o Governo transferia para Ela o poder e domínio de que gozava, tornando-se Nossa Senhora verdadeira Soberana de Portugal. Os reis, em sinal de que aceitavam o seu domínio, pagar-lhe-iam cada ano um tributo de submissão e desde essa altura mais nenhum monarca colocou a coroa na cabeça, pois isso equivaleria a usurpar um direito pertencente a Nossa Senhora. Passados dois anos, em 1648, mandou D. João IV cunhar moedas de oiro e prata, tendo numa das faces a Imaculada Conceição com a legenda: Tutelaris Regni, Padroeira do Reino.
A 30 de Junho de 1654 – precisamente dois séculos antes da definição dogmática de Pio IX – o rei dá nova prova do seu amor à Imaculada. Dirige às Câmaras da Nação uma carta em que dizia: "Para que seja mais notória a obrigação que eu e todos meus vassalos temos de defender que a Virgem Senhora Nossa foi concebida sem pecado original, houve por bem resolver que em todas as portas e entradas das cidades, vilas e lugares de meus Reinos se ponha, em uma pedra lavrada, a inscrição de que será cópia esta carta: Encomendo-vos a façais pôr nas portas e lugares dessa cidade (ou vila) e me aviseis de como o tendes executado." A ordem foi cumprida e ainda subsistem em nossos dias muitas dessas lápides.
Os sucessores do trono de tão piedoso monarca quiseram continuar estas tradições. D. João V, por exemplo, a 12 de Novembro de 1717, dirigiu uma circular à Universidade de Coimbra e a todos os Prelados e Colegiais do Reino recomendando-lhes que fizessem celebrar cada ano nas suas igrejas, com toda a pompa, a festa da Imaculada Conceição, recordando a eleição da Padroeira e o juramento de D. João IV.
D. João VI, para especial honra e homenagem da Padroeira, criou a Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Em Portugal, a bula Ineffabilis Deus de 1854, com a definição, precisava, para ser publicado oficialmente, de beneplácito régio, que o soberano não podia conceder sem a aprovação das duas Câmaras. O Ministro da Justiça conseguiu-a finalmente, após duas sessões de três horas cada uma na Câmara dos deputados e após uma sessão de duas horas na Câmara dos Pares. Por fim, D. Fernando, regente em nome de quem viria a ser D. Pedro V, pôde conceder o beneplácito a 16 de Março de 1855. Foi publicado a bula no Diário do Governo.
Fizeram-se comemorações solenes da definição, com entusiasmo e grandes concursos do povo. Mas comemorações tardias, por causa das interferências do liberalismo: em Lisboa, o Te Deum só foi a 16 de Abril. Braga antecipara-se muito, graças ao Pe. Martinho António Pereira da Silva; as cerimónias foram a 6 e 7 de Janeiro. O referido sacerdote, para comemorar a definição, propôs se erigisse o Sameiro, o grande Santuário nacional em honra da Imaculada Conceição. Notabilíssimas foram as festas do cinquentenário e centenário da definição, respectivamente em 1904 e 1954; referimo-nos sobretudo ao Sameiro.
A Imaculada Conceição é patrona primária de Portugal desde 1646.»
Ó Mãe Imaculada
Quão bela és ó Mãe Imaculada!
Vestes de sol antes que a luz desponte,
calcas aos pés a lua enamorada,
estrelas mil coroam Tua fronte.
O Teu olhar, fulgor da madrugada,
de paz e amor enche meu coração,
e com fervor, Maria Imaculada,
eis-me a cantar a Tua Conceição.
Deu-te poder o Deus omnipotente
para esmagar com teus pés virginais,
a dura e vil cabeça da serpente
que no Éden feriu os nossos pais.
Ainda mais que bela e poderosa,
a espargir p'lo mundo o teu fulgor,
Deus te criou a nossa mãe bondosa,
que nos acolhe sempre com amor.
(Cântico popular)
Oração pelos amigos
Obrigado, Senhor, pelos amigos que nos deste. Os amigos que nos fazem sentir amados sem porquê. Que têm o jeito especial de nos fazer sorrir. Que sabem tudo de nós, perguntando pouco. Que conhecem o segredo das pequenas coisas que nos deixam felizes. Obrigado, Senhor, por essas e esses, sem os quais, caminhar pela vida não seria o mesmo.
Que nos aguentam quando o mundo parece um sítio incerto. Que nos incitam à coragem só com a sua presença. Que nos surpreendem, de propósito, porque acham mal tanta rotina. Que nos dão a ver um outro lado das coisas, um lado fantástico, diga-se.
Obrigado pelos amigos incondicionais. Que discordam de nós permanecendo connosco. Que esperam o tempo que for preciso. Que perdoam antes das desculpas. Essas e esses são os irmãos que escolhemos. Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz aérea da alegria. Os que trazem, até nós, o imprevisível do teu coração, Senhor.
Em final de ano

Pedi a Deus a força para conseguir o sucesso,
e tornei-me fraco para que aprenda a ser simples.
Pedi a Deus a saúde para fazer muitas coisas,
e veio a doença para me ensinar a ver a vida com olhos novos.
Pedi a Deus a riqueza para encontrar a felicidade,
e tornei-me pobre para aprender a estar com os pobres.
Pedi a Deus o poder para obter a estima dos homens,
e acabei por sentir que é no serviço que se encontra a alegria.
Pedi a Deus um/a companheiro/a para não viver só,
e aprendi a ter um coração para amar a todos os irmãos.
Pedi a Deus para me dar o pão-nosso de cada dia,
e descobri que devo também partilhar do meu pão com os pobres.
Pedi a Deus para que me perdoasse todos os meus pecados
e reparei que primeiro devo perdoar a quem me ofendeu.
Percebi, no final, que nem sempre sabemos pedir,
e que o desejo de Deus é que vivamos a Vida em Plenitude.
Cristo é um amigo especial para ti!
• Aceita-te como és, e é assim que gosta de ti.
• Está junto de ti quando necessitas. Não te abandona.
• Respeita a tua forma de pensar e dá-te valor.
• Compreende-te, também, nos momentos de aborrecimento.
• Jamais te atraiçoa ou fala mal de ti nas tuas costas.
• Não é possessivo, deixa que sejas tu a exercer a tua liberdade.
• É compreensivo e fiel, e jamais te aprecia por interesse.
• Sabe tanto perdoar-te, como pedir-te perdão.
• Jamais admite brincadeiras de mau gosto a teu respeito.
• Não é ciumento. Permite que estejas aberto a outras amizades.
• Sabe salvar a amizade depois dos amuos mútuos.
• Sabe guardar segredos e é sempre sincero contigo.
• Não faz brincadeiras que te possam aborrecer.
• Gosta de ti, quer nos momentos alegres, quer nos tristes.
• Diz-te os teus defeitos com tacto e carinho.
• Sabe sacrificar-se por conservar e fomentar a amizade.
• Não tem inveja dos teus êxitos, antes se alegra e rejubila.
• Não te exige que sejas perfeito, aceita as tuas limitações.
• Está sempre mais interessado em dar do que em receber.
Podes contar e confiar n'Ele!
Cristo é exigente, mas um AMIGO muito especial para TI!








