PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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O Mês das Almas

Fieis defuntosTradicionalmente o mês de Novembro é designado como o mês das almas ou o mês dos santos. Inicia, de facto, com a solenidade de Todos os Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Na prática as duas celebrações estão muito ligadas e nem sempre conservam fronteiras definidas. Em geral, as pessoas visitam os cemitérios e recordam os seus mortos no dia 1, feriado. No dia 2, os crentes que podem participam na missa de defuntos.

A ligação das duas comemorações não vem apenas da associação temporal dos dois dias. Baseia-se, sobretudo, nas pessoas que nos precederam na fé. Estarão no número dos Santos, dos que viveram na perfeição a vocação cristã? Ou fazem parte dos Fiéis Defuntos, dos que necessitam ainda das nossas orações para alcançar a participação plena na luz divina? A certeza que temos é que participam do mesmo mistério do além, da vida que está para lá deste mundo visível. É a dimensão transcendente da existência humana que emerge à nossa consciência. "A vida não acaba mas apenas se transforma", proclama a liturgia e meditamos nós nestas celebrações.

São dias de emoção. Avivam-se os sentimentos profundos de afecto e de saudade pelos familiares e amigos defuntos. Entramos em comunicação com a totalidade da igreja, com todas as dimensões da "comunhão dos santos". Nós que formamos a igreja peregrina dirigimos o nosso coração para a igreja celeste, que vive na bem-aventurança eterna, e pedimos, ao mesmo tempo, pelo descanso eterno dos que viveram e morreram na esperança da ressurreição.

Recordar os que partiram é um exercício salutar e muito necessário. Recordar é torná-los presentes no coração (recordação vem do latim cor, cordis, que significa coração). Não é, portanto, apenas uma lembrança do passado mas uma referência para a vida presente e uma recomendação para prepararmos o futuro. É a meta futura que eles já alcançaram e para a qual nos dirigimos, que dá orientação à nossa vida. Assim, recordar os que partiram é cultivar laços que ajudam a vencer o isolamento e o individualismo e enriquecer a vida com referências.

Faz sentido, por isso, a designação do "mês almas". Os defuntos partiram mas as suas almas permanecem. Recordá-los não é tanto fazer a visita aos cemitérios (que significa lugar das cinzas). É sobretudo pela oração que se abre uma janela de comunicação com Deus e, através de Deus, com os que estão nas Suas mãos. A oração aproveita aos que partiram e acende em nós o desejo da bem-aventurança, dizia Santo Agostinho.

Era realmente pela oração que este grande santo e sábio recordava os seus pais, Patrício e santa Mónica. Conta ele nas "Confissões" que sua Mãe Mónica, ao cair doente no porto de Óstia, a caminho da pátria, declarou aos filhos que sepultassem o corpo na cidade onde estavam: "Sepultareis o meu corpo aqui". O primogénito, Navígio, manifestou o desejo de a sepultar na pátria. Então a Mãe, no meio do sofrimento, declarou aos dois filhos: "Enterrai este corpo em qualquer parte e não vos preocupeis com ele. Só vos peço que vos lembreis de mim diante do altar do Senhor onde quer que estejais". Santo Agostinho levou muito a sério a recomendação da Mãe e constantemente, como declara, rezava pelos pais. Na verdade, a oração fortalece a esperança e prepara a vida bem-aventurada.

+ Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém

Novembro - mês das Almas

Cemiterio2"Bem-aventurados os que morrem no Senhor, que repousem dos seus trabalhos, porque as suas obras os acompanham" (Ap 14,13)

No mês de Novembro encontramo-nos em pleno Outono, esta estação do ano que tanto me fascina, pelo encanto da natureza que se recolhe para o Inverno, das folhas que se revestem dos mais belos tons antes de caírem, como a mostrar a nobreza do entardecer da vida, que se recolhe e se despede serenamente antes de repousar no silêncio do mistério!... E mesmo o nevoeiro denso que em muitos dias de Outono nos envolve, também isso é um convite ao recolhimento, mesmo ao mistério que diz a nossa existência. Talvez tenha sido por isso que a Igreja, na sua admirável pedagogia da fé que respeita os ritmos da natureza, tenha escolhido o mês de Novembro para nos recordar o mistério da morte, com a celebração dos fiéis defuntos logo no início, a 2 de Novembro, e dedicando todo o mês à meditação da morte e à contemplação do purgatório. Novembro é o mês das almas!

É assim que o recordo, desde a minha infância: 'mês das almas'. A missa era muito cedo, lá pelas quatro ou cinco da manhã, para que também os lavradores pudessem participar antes de irem para o leite.

Meditava-se na vida eterna. Era tema de conversas ao serão. As almas do Purgatório!... Recordo-me da minha tia muito velhinha que, mais tarde, quando já estava no seminário, me ia visitar sempre, e dela aprendi o que nunca esqueci sobre o que ela dizia com aquela fé e aquela convicção que vinham do fundo do tempo: «Eu tenho uma grande devoção pelas almas do purgatório!... E tu quando fores Padre nunca deixes de rezar por elas!... Elas conseguem-nos muitas graças!...» E aqui estava toda aquela teologia simples da minha tia Alexandrina sobre aquilo que a teologia designa como escatologia intermédia. E esta teologia ainda me recorda a minha Mãe, com os seus noventa e sete anos, repetindo-me vezes sem conta aquelas coisas de que nunca se esqueceu: «Isto nunca mais me esqueceu!...». E, segurando-me pela mão, aquela mãozinha terna que a sinto sempre e que me quer levar com ela neste regresso ao Futuro... : «A gente não deve esquecer nunca o que os nossos pais nos ensinaram...», e daquelas coisas que ela também nunca se esqueceu, foi a 'devoção às almas do Purgatório'. A esta devoção volto, quando a crítica teológica me insinua alguma hesitação.

É bom rezar pelos defuntos, pelas almas do purgatório, esse espaço de derradeira purificação antes da visão de Deus. E faz parte da nossa tradição crente a convicção da fé de que ninguém vai directo ao paraíso, se antes não passar por esta purificação pelo fogo do amor divino, aquilo que os místicos já intuíam como a purificação passiva do espírito, desses restos de apego de si a si mesmo, para que então finalmente Deus seja Deus em nós mesmos. O Purgatório é então o 'lugar' de purificação dos restos de pecado, deste apego último às criaturas e que impede o mergulho no fundo oceânico e abissal do mistério de Deus. Porque só o amor purifica, então o Purgatório será esse espaço de tempo sem tempo e mesmo assim distinto da visão beatífica em que o fogo do amor divino purifica o nosso ser e, neste caso, o nosso coração e o nosso olhar para a visão da Trindade.

Só os mártires por causa da fé ou os santos que viveram a heroicidade das virtudes, que fizeram da vida um autêntico purgatório, um tempo de purificação existencial pela intensidade do amor de Deus acolhido, é que a Igreja declara que na morte as suas almas acedem logo à visão beatífica, à contemplação de Deus face a face, na qual consiste a bem-aventurança eterna. Quanto ao resto, quanto a nós que esperamos, como dizia uma das minhas irmãs já falecida, mas que recordo como se fosse hoje, encontrar um lugarzinho de esperança no purgatório de modo que possamos estar nem que seja ao entrar da porta do Paraíso (Deus nos livre da perdição eterna!...), temos todos de passar por essa purificação passiva do espírito, que poderá ser mais intensa e temporalmente atenuada se for apoiada e suportada pela oração da Igreja.

Todos os dias a Igreja recorda na sua oração as almas dos fiéis defuntos. Mas é bom que nenhum de nós esqueça e por isso a Igreja mantém o bom costume da celebração da missa pelos defuntos: as missas exequiais, do sétimo, do trigésimo dia; as missas aniversárias, os trintários gregorianos. E o costume de os que as pedem oferecerem um donativo, para ajudar os sacerdotes que as celebram, muitos dos quais, sobretudo em terras de missão, mas mesmo entre nós, de pouco mais dispõem para poderem sustentar as suas vidas e se dedicarem ao serviço da Igreja.

E assim se juntam duas coisas: a oração e a esmola, como exercício da espiritualidade cristã, numa sadia e tão simples vivência da comunhão dos santos, nas diversas fases em que se encontram: os que vivem ainda na condição de peregrinos, entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, com os que já se encontram em lugar de esperança, mas que contam com a nossa oração; e os que se encontram na glória a interceder por nós, para que assim como eles, mantenhamos, apesar de tudo e em todas as circunstâncias, o nosso coração em Deus: bem-aventurados os que morrem no Senhor, porque as suas obras os acompanham!

Que bom seria que o mês de Novembro voltasse a ser o que tem sido desde o séc. IX: um tempo de meditação e de pausa, crepuscular, sobre o outono da vida, da qual faz parte a morte e as realidades últimas que nos esperam. Não seria oportuno mobilizar todas as comunidades cristãs para uma pedagogia pastoral do "mês das almas", como tempo oportuno de celebrar a 'comunhão dos santos', também segundo aquela máxima dos antigos de que a meditação sobre a morte – 'memento mori'-, sobre aquelas coisas que se não devem esquecer, é fonte de vida e de sabedoria, daquela que o mundo de hoje tanto precisa?

P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj

Condenada à morte por um copo de água

Condenada à morte por um copo de águaAsiaBibi

Asia Bibi, católica paquistanesa, foi condenada à morte por enforcamento em Novembro de 2010, tendo sido insuficientes os apelos à libertação feitos pelo governador Salman Taseer e o ministro cristão das Minorias, Shahbaz Bhatti, ambos assassinados, e também pelo Papa Bento XVI. O caso da xícara partilhada entre a cristã Asia Bibi e mulheres muçulmanas, que acabou na condenação à pena capital, traz hoje [17-10-2011] a Lisboa a co-autora do livro "Blasfémia – Condenada à morte por um copo de água".

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Espírito Santo

Espírito Santo

Espírito Santo, Deus de infinita caridade, dá-me o teu santo amor.
Espírito Santo, Deus das virtudes, converte-me.
Espírito Santo, fonte de celestes luzes, dissipa a minha ignorância.
Espírito Santo, Deus de infinita pureza, santifica a minha alma.
Espírito Santo, Deus de toda a felicidade, comunica-Te ao meu coração.
Espírito Santo, que habitas na minha alma, transforma-a e fá-la toda tua.

Digna-Te conceder-me,
ó Deus bom e santo,
Uma inteligência que Te compreenda;
Uma sensibilidade que Te sinta;
Uma alma que Te saboreie;
Uma diligência que Te busque;
Uma sabedoria que Te encontre;
Um espírito que Te conheça;
Um coração que Te ame;
Um pensamento para Ti sempre orientado;
Uma actividade que Te glorifique;
Ouvidos que Te saibam contemplar;
Uma língua que a Ti confesse;
Uma palavra que Te compraza;
Uma paciência que Te siga;
Uma esperança que Te aguarde.
(S. Bento)

Um fim-de-semana diferente!

Há dias em que a frente da nossa igreja se enche de Jov22mochilas. Mochilas de sonhos, de esperanças, algumas de algum cansaço e dúvida, outras cheias de alegria e fé. As mochilas coloridas vão se amontoando e vão trazendo histórias para contar, novidades para escutar, melodias novas e abraços de saudades de ontem ou de há já muito tempo.

Há dias assim, e no fim-de-semana de 16 e 17 de Setembro, as escadas da igreja receberam no seu regaço bagagens já conhecidas, algumas já bastante antigas, enquanto experimentavam o peso de uma nova carga, ainda verde, com o cheiro a novo e a renovação.

Foi nesse fim-de-semana que o Grupo de Jovens se reuniu aos novos crismandos da nossa Paróquia, rumando à casa de retiros de St. Inácio, em Sintra, para um encontro com o outro e com Deus, visando a fortificação da Fé e o enriquecimento do espaço de oração e reflexão.

Por entre momentos de jogo, sorrisos e música, foi possível trocar ideias relativamente aos Dons, Carismas e Frutos do Espírito santo, de modo a que os jovens que irão receber este santo sacramento no próximo dia 16 de Outubro se sintam conscientes do significado desse passo na sua vida.

Houve ainda tempo para um exame de consciência, tão necessário nos dias de hoje, no qual pudemos reflectir relativamente aos nossos comportamentos e maneiras de estar, partilhando uns com os outros características individuais que talvez possamos mudar no sentido a uma vida mais pura e verdadeira.

Foi num clima de amizade que tivemos a Retiro1oportunidade de debater sobre as dificuldades de viver a nossa Fé nos dias de hoje, sobretudo para nós jovens, combatendo com todos os estímulos desviantes que o mundo oferece e encontrando tanta gente na nossa vida que não conhece Deus.

Já no Domingo os pais dos jovens do Grupo de Crisma reuniram-se a nós para um almoço de partilha – de comida e de afectos – reunião essa que culminaria com a Eucaristia presidida pelo nosso Pároco, Pe. Alexandre Santos, deixando nessa celebração palavras de encorajamento a todos os presentes, destacando especialmente os jovens crismandos.

Foi assim que – enriquecidos pelos momentos de oração, diálogo, jogos, debates e canções – regressámos com as nossas bagagens mais carregadas de experiencia, amizade e, sobretudo, Fé. Um fim-de-semana a repetir, sem dúvida, no caminho de um crescimento são e feliz para "pintar nesta vida um quadro melhor".

Sara Nascimento

 

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