PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

igreja1 vitral1 igreja2 Auditorio vitral2 vitral4 igreja3 vitral3 Slide Cspq1 Slide cspq7 Slide igreja4 Slide cspq3 Slide cspq5 Slide pinturas Slide cspq8 Slide vitral5 Slide cspq6 Slide cspq2 Slide cspq4

O Mês das Almas

Fieis defuntosTradicionalmente o mês de Novembro é designado como o mês das almas ou o mês dos santos. Inicia, de facto, com a solenidade de Todos os Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Na prática as duas celebrações estão muito ligadas e nem sempre conservam fronteiras definidas. Em geral, as pessoas visitam os cemitérios e recordam os seus mortos no dia 1, feriado. No dia 2, os crentes que podem participam na missa de defuntos.

A ligação das duas comemorações não vem apenas da associação temporal dos dois dias. Baseia-se, sobretudo, nas pessoas que nos precederam na fé. Estarão no número dos Santos, dos que viveram na perfeição a vocação cristã? Ou fazem parte dos Fiéis Defuntos, dos que necessitam ainda das nossas orações para alcançar a participação plena na luz divina? A certeza que temos é que participam do mesmo mistério do além, da vida que está para lá deste mundo visível. É a dimensão transcendente da existência humana que emerge à nossa consciência. "A vida não acaba mas apenas se transforma", proclama a liturgia e meditamos nós nestas celebrações.

São dias de emoção. Avivam-se os sentimentos profundos de afecto e de saudade pelos familiares e amigos defuntos. Entramos em comunicação com a totalidade da igreja, com todas as dimensões da "comunhão dos santos". Nós que formamos a igreja peregrina dirigimos o nosso coração para a igreja celeste, que vive na bem-aventurança eterna, e pedimos, ao mesmo tempo, pelo descanso eterno dos que viveram e morreram na esperança da ressurreição.

Recordar os que partiram é um exercício salutar e muito necessário. Recordar é torná-los presentes no coração (recordação vem do latim cor, cordis, que significa coração). Não é, portanto, apenas uma lembrança do passado mas uma referência para a vida presente e uma recomendação para prepararmos o futuro. É a meta futura que eles já alcançaram e para a qual nos dirigimos, que dá orientação à nossa vida. Assim, recordar os que partiram é cultivar laços que ajudam a vencer o isolamento e o individualismo e enriquecer a vida com referências.

Faz sentido, por isso, a designação do "mês almas". Os defuntos partiram mas as suas almas permanecem. Recordá-los não é tanto fazer a visita aos cemitérios (que significa lugar das cinzas). É sobretudo pela oração que se abre uma janela de comunicação com Deus e, através de Deus, com os que estão nas Suas mãos. A oração aproveita aos que partiram e acende em nós o desejo da bem-aventurança, dizia Santo Agostinho.

Era realmente pela oração que este grande santo e sábio recordava os seus pais, Patrício e santa Mónica. Conta ele nas "Confissões" que sua Mãe Mónica, ao cair doente no porto de Óstia, a caminho da pátria, declarou aos filhos que sepultassem o corpo na cidade onde estavam: "Sepultareis o meu corpo aqui". O primogénito, Navígio, manifestou o desejo de a sepultar na pátria. Então a Mãe, no meio do sofrimento, declarou aos dois filhos: "Enterrai este corpo em qualquer parte e não vos preocupeis com ele. Só vos peço que vos lembreis de mim diante do altar do Senhor onde quer que estejais". Santo Agostinho levou muito a sério a recomendação da Mãe e constantemente, como declara, rezava pelos pais. Na verdade, a oração fortalece a esperança e prepara a vida bem-aventurada.

+ Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém

 

Cateq 2018

Calendario Cateq

horariomissas



Patriarcado