PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Mass Media: Louvado Sejas, meu Senhor

Louvado sejas, meu Senhor!

Louvado sejas, meu Senhor!
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas,
especialmente o irmão televisor
que preenche algumas horas do nosso dia
e que é belo, e grande esplendor irradia,
e de Ti, Altíssimo, traz-nos a mensagem.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã rádio
pela qual as notícias atravessam os céus
e o mundo fica mais perto de mim.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão jornal
que me informa sobre as nuvens e o sereno céu
das histórias humanas
e pelo qual dás sustento ao saber e à reflexão
de tantas criaturas Tuas.

Louvado sejas, meu Senhor,
por toda a espécie de informação
que presta muito serviço
quando é humilde, verdadeira e casta.

Louvado sejas, meu Senhor, pelos consumidores
graças aos quais iluminas as mentes
e dás alegria e força ao nosso coração,
quando eles servem a verdade com modéstia.

Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã
e mãe Terra que nos sustenta e nos governa
e produz variados frutos com coloridas
flores e verdura: ela é cada vez mais para nós
a casa comum que os media
nos fazem conhecer e amar.

Louvados sejas, meu Senhor,
pelos que perdoam pelo Teu amor
e sofrem enfermidades e tribulações.

Felizes os que as suportarem em paz,
pois que por Ti, Altíssimo, hão-de ser coroados.

Sobretudo louvado sejas por todos aqueles
que, servindo-se dos mass media,
souberem lembrar-se de que nada no mundo
vale mais que a pessoa humana.

Cardeal Martini

Dons e Frutos do Espírito Santo

Espírito Santo, Deus de amor,
concede-me uma inteligência que te conheça;
uma angústia que te procure;
uma sabedoria que te encontre;
uma vida que te agrade;
uma perseverança que Te possua. Amen.
(S. Tomás de Aquino)


ORAÇÃO PARA PEDIR OS 7 DONS DO ESPÍRITO SANTO

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Espírito Santo, concedei-me o dom da Sabedoria.
Com ela, saberei viver dignamente. Sentirei gosto pelas coisas de Deus. E farei tudo de coração alegre, para ver os meus semelhantes sempre mais felizes, como eu mesmo quero ser feliz.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom do Discernimento.
Com ele, poderei compreender sempre melhor a vossa Palavra em minha vida, na vida do meu próximo, na Bíblia e nos acontecimentos de cada dia. E assim viverei sempre de acordo com o vosso querer divino.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom do Conselho.
Com ele, poderei encontrar a decisão certa em cada momento. E saberei também aconselhar, ajudando o meu próximo, não só com sugestões, mas principalmente com o meu bom exemplo, com o testemunho de vida cristã e com a minha solidariedade.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom da Fortaleza.
Com ele, não terei medo de nada: nem das ofensas, nem dos sofrimentos. E terei forças para não desanimar no caminho que me leva a vós.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom da Ciência.
Com ela, conhecerei sempre melhor os caminhos que me levam para vós. Não peço apenas ciência que passa, mas principalmente a consciência tranquila de viver na fé, na esperança e na caridade.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom da Piedade.
Aquela afeição filial diante do nosso Pai Celeste. Com esse dom, continuarei amando a Deus de todo o coração, com todas as minhas forças, com toda a minha inteligência, com toda a minha alegria, mesmo nos momentos de amargura e dor. E saberei amar e animar o meu próximo como a mim mesmo, com temor somente de ofender alguém, seja quem for. Porque vós nos tornastes filhos e filhas de Deus.
– Vinde, Espírito Santo!

Espírito Santo, concedei-me o dom do Temor de Deus.
Assim, eu terei um só receio: o medo de ofender e entristecer ao meu Pai Celeste. Assim temendo, como filho, ao meu Deus, eu nunca vou ofender ao meu próximo, imagem de Deus, e saberei perdoar sempre, exactamente como eu quero amar e ser perdoado.
– Vinde, Espírito Santo!

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Vinde, Espírito Santo!
Enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado.
– E renovareis a face da terra.

Ó Deus, que iluminastes os corações de vossos fiéis
com a luz do Espírito Santo,
concedei-nos, pelo mesmo Espírito,
que apreciemos rectamente todas as coisas
e nos alegremos sempre de sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso. Amen.


ORAÇÃO PARA PEDIR OS 12 FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Divino Espírito Santo, Sopro eterno de Amor entre o Pai e o Filho! Hoje Venho pedir-vos, de coração aberto, os vossos doze frutos:

1. O fruto da caridade, que me faça amar a Deus de todo o coração e ao meu próximo como a mim mesmo.

2. O fruto da alegria, que me faça viver intimamente consolado, sem nunca desanimar, por mais que esteja sofrendo.

3. O fruto da paz, que me faça viver espiritualmente tranquilo, ainda que esteja passando as maiores tribulações internas ou externas.

4. O fruto da paciência, que me ajude a sofrer qualquer coisa por amor a Deus.

5. O fruto da benignidade, que me faça solidário e amigo com todos que precisarem de mim.

6. O fruto da bondade, que me torne atencioso para com todos, principalmente com os mais necessitados.

7. O fruto da longanimidade, que me faça esperar por momentos melhores com optimismo, sem ficar aflito.

8. O fruto da mansidão, que me faça suportar qualquer ofensa, esquecimento ou ingratidão, sem perder a calma.

9. O fruto da , que me faça crer firmemente na vossa Palavra, revelada no Universo, na História, na Bíblia e na Igreja.

10. O fruto da modéstia, que me faça respeitar os outros, como espero ser respeitado, e mesmo que não me respeitem.

11. O fruto da pureza, que conserve o meu espírito sempre bom e inocente, sem maldade nem malícia.

12. O fruto da castidade, para que eu respeite o meu corpo e dos meus irmãos e irmãs, como templos sagrados onde vós quereis habitar para sempre, nesta e na outra vida.

Divino Espírito Santo, fazei que os vossos frutos cresçam em mim cada dia mais, para que eu possa contemplar eternamente, de corpo e alma, a vossa glória no Pai e no Filho Jesus. Amen.

Solenidade do Pentecostes

Esp122Celebramos neste Domingo a solenidade de Pentecostes, a festa conclusiva do tempo pascal.

O Pentecostes é uma festa judaica muito antiga, celebrada 50 dias depois da Páscoa. Inicialmente era uma festa agrícola em que se agradecia a colheita do trigo e ofereciam as primícias. Posteriormente passou a celebrar a chegada do Povo de Israel ao Sinai, onde o Povo do Senhor recebeu a Lei de Deus. Lucas quer assim afirmar que na festa judaica da Lei de Moisés, recebemos a Nova Lei de Cristo: o Espírito Santo. Por isso, descreve os mesmos fenómenos ocorridos no Sinai: trovões, vento forte, chamas de fogo, várias línguas... A Igreja é a grande família do Povo de Deus, sem barreiras de língua, raça ou nação. Se Babel é sinal do desentendimento e da desarmonia; o Pentecostes gera um movimento contrário: todos falam a língua que todos compreendem; formam uma única família, onde todos se entendem e se amam.

S. Lucas, na primeira leitura, descreve-o como um facto solene, acontecido na festa judaica da Lei, da Aliança, 50 dias depois da Páscoa. O Espírito Santo transforma profundamente os apóstolos e une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças, línguas e culturas.

A segunda leitura, recorda a actuação do Espírito Santo na Comunidade: o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.

S. João, no Evangelho, situa a recepção do Espírito Santo ao anoitecer do dia de Páscoa: o "anoitecer", as "portas fechadas" e o "medo" revelam a situação de uma comunidade desorientada e insegura. Entretanto, Jesus aparece "no meio deles". Os discípulos redescobrem o seu ponto de referência e recuperam a sua identidade. Jesus dá-lhes "a paz". Significa serenidade, tranquilidade, confiança, para superarem o medo e a insegurança. Em seguida, Jesus "mostra-lhes as mãos e o lado". São os "sinais" da entrega total e amorosa de Jesus na cruz. Depois, comunica-lhes o Espírito Santo, com o gesto de soprar sobre os discípulos. Com o "sopro" de Deus, na criação, o homem de barro adquiriu vida; com este "sopro" de Jesus, nasce também o Homem Novo. Finalmente, Jesus envia os discípulos em missão: "Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».


Primeira Leitura (Act 2,1-11)
Leitura dos Actos dos Apóstolos

Quando chegou o dia de Pentecostes,
os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente, fez se ouvir, vindo do Céu,
um rumor semelhante a forte rajada de vento,
que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo,
que se iam dividindo,
e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a falar outras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos,
procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu se
e ficou muito admirada,
pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam:
«Não são todos galileus os que estão a falar?
Então, como é que os ouve cada um de nós
falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia,
do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília,
do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene,
colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos,
cretenses e árabes,
ouvimo-los proclamar nas nossas línguas
as maravilhas de Deus».


Salmo Responsorial – Salmo 103 (104)

Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
           e renovai a face da terra.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas.

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra.

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor.


Segunda Leitura (1 Cor 12,3b-7.12-13)
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor»
a não ser pela acção do Espírito Santo.
De facto, há diversidade de dons espirituais,
mas o Senhor é o mesmo.
Há diversas operações,
mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Em cada um se manifestam os dons do Espírito
para o bem comum.
Assim como o corpo é um só e tem muitos membros
e todos os membros, apesar de numerosos,
constituem um só corpo,
assim também sucede com Cristo.
Na verdade, todos nós
- judeus e gregos, escravos e homens livres -
fomos baptizados num só Espírito,
para constituirmos um só Corpo.
E a todos nos foi dado a beber um único Espírito.


Sequência

Vinde, ó santo Espírito, vinde, Amor ardente,
acendei na terra vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres: na dor e aflições,
vinde encher de gozo nossos corações.Esp221

Benfeitor supremo em todo o momento,
habitando em nós sois o nosso alento.

Descanso na luta e na paz encanto,
no calor sois brisa, conforto no pranto.

Luz de santidade, que no Céu ardeis,
abrasai as almas dos vossos fiéis.

Sem a vossa força e favor clemente,
nada há no homem que seja inocente.

Lavai nossas manchas, a aridez regai,
sarai os enfermos e a todos salvai.

Abrandai durezas para os caminhantes,
animai os tristes, guiai os errantes.

Vossos sete dons concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida, amparo na morte,
no Céu alegria. Amen, Aleluia!


EVANGELHO (Jo 20,19-23)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».


Ressonâncias

Ouve, Senhor...
Precisamos do teu Espírito na Igreja:Esp033a
Para ser tuas testemunhas.
Para entender as tuas palavras.
Para viver com mais força o Evangelho.
Para viver em verdade a Verdade.
Para ser espirituais e viver segundo o Espírito.

Precisamos do teu Espírito no mundo:
Para viver em paz e semear a paz.
Para ser mais samaritanos para com os outros.
Para viver na justiça e na liberdade.
Para ser mais irmãos e mais solidários.

Precisamos do teu Espírito entre nós:
Para curar o nosso coração ferido de egoísmo.
Para nos abrirmos ao sofrimento que brada ao céu.
Para chamar irmão ao que passa ao nosso lado.
Para nos deixarmos guiar pelo teu Espírito.


ORAÇÃO UNIVERSAL
Caríssimos irmãos:
Neste dia santíssimo em que terminam as festas pascais,
oremos a Deus Pai todo-poderoso,
para que o dom do Espírito Santo renove toda a Igreja,
dizendo, com alegria:

R. Mandai, Senhor, o vosso Espírito.

1. Pela Igreja, presente em toda a terra,
para que proclame as maravilhas do amor de Deus
em todas as línguas e culturas do universo, oremos.

2. Pelo Papa, sucessor de Pedro, pelos bispos,
e por todos os párocos e suas comunidades,
para que o Espírito Santo lhes dê ardor e sabedoria, oremos.

3. Por todos aqueles que invocam a Deus como Pai
e receberam em seus corações o dom do Espírito Santo,
para que sejam testemunhas vivas do Evangelho, oremos.

4. Por cada homem que faz o bem e ama a justiça,
que luta e sofre pela liberdade e pela paz,
para que o Espírito Santo torne mais firme a sua esperança, oremos.

5. Pelos fiéis que receberam dons do Espírito
e exercem ministérios na nossa comunidade (paroquial),
para que em tudo agradem ao Senhor, oremos.

6. Por todos os que sofrem as consequências da actual pandemia,
para que Deus nosso Senhor, conceda a cura aos enfermos,
Força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias
e a salvação a todos as vítimas mortais, oremos.

Deus eterno e omnipotente,
que enviastes aos corações dos vossos fiéis
o Espírito Santo da manhã do Pentecostes,
tornai-nos testemunhas do Evangelho
e das maravilhas que realizastes pelos homens.
Por Cristo, nosso Senhor.


O segredo de Deus

Alguém veio dizer-me que o Espírito Santo é em nós, o que o açúcar é no chá. Acontece algumas vezes que não achamos bom o chá. Descobrimos então a causa disso quando se chega ao fundo da chávena: era o açúcar. Havia açúcar lá, mas estava todo no fundo. Teria sido necessário mexer. Talvez o que esteja a faltar à nossa vida também tenha ficado no fundo. A nossa vida talvez não tenha o sabor esperado porque não temos a coragem de ir ao fundo das coisas. Fazemos caretas como ao tomar o chá sem açúcar. Precisamos de fazer o esforço de mexer a vida, de tocar nos segredos de Deus em nós, para que o Seu Espírito possa adoçar o todo que somos.Esp099Assim o Espírito Santo é este segredo de Deus em nós. O Espírito está aí mas é preciso mexer.

O Patriarca Atenágoras escreveu que sem o Espírito Santo, Deus fica longe; Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta, a Igreja é uma simples organização; a autoridade é um poder; o culto, uma velharia. Mas, no Espírito, o cosmos é enobrecido; Cristo torna-se presente; o Evangelho faz-se vida; a Igreja realiza a comunhão...

É preciso mexer o que Deus pôs dentro de nós.

Pe. José David Vieira

«Todos ficaram cheios do Espírito Santo
E começaram a falar outras línguas.»
  (Act 2, 4)

Vens, ó Espírito

Crias, recrias e inventas no suave bailado dos dias,
na aragem, no sorriso e na lágrima,
que soltam as torrentes interiores
da dor e da irmã alegria, e vens, ó Espírito,
desarrumar os nossos planos,
estes esquemas divinos à nossa medida,
cheios de aparência e tão vazios de Ti.

Despojas e despes as nossas roupagens
de brocados e atavios, discursos e fogos fátuos
que Te escondem e sufocam, e vens, ó Espírito,
maravilhar-nos com a nudez do que somos,
criados para tudo fazer com amor
e andar descalços, de mãos dadas com a verdade.

Espantas e acordas do sono e do desencantoEsp190a
os que sonhámos um dia que tudo podia ser novo
mas não levámos mais além
o brilho contagiante dos olhos, e vens, ó Espírito,
reavivar das cinzas o fogo
que ateia incêndios na burocracia da vida
e nos desertos revelas nascentes.

Ergues e elevas o abatido,
caído por si ou por nós na berma do caminho
por onde passas no Teu jeito alegre
aprendido com o Filho, próximo de todos,
sempre disposto a parar, e vens, ó Espírito,
confirmar a salvação como dom do Pai,
distante de leis e policiamentos,
porque cheia de esperança e festa.

Porque vens, ó Espírito,
não cruzaremos os nossos braços

para Te abraçar todos os dias!

Pe. Vítor Gonçalves


Homilia do Papa Francisco em Dia de Pentecostes

«Chega hoje ao seu termo o tempo de Páscoa, desde a Ressurreição de Jesus até ao Pentecostes: cinquenta dias caraterizados de modo especial pela presença do Espírito Santo. De facto, o Dom pascal por excelência é Ele: o Espírito criador, que não cessa de realizar coisas novas. As Leituras de hoje mostram-nos duas novidades: na primeira, o Espírito faz dos discípulos um povo novo; no Evangelho, cria nos discípulos um coração novo.

Um povo novo. No dia de Pentecostes o Espírito desceu do céu em «línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas» (At 2, 3-4). Com estas palavras, é descrita a ação do Espírito: primeiro, pousa sobre cada um e, depois, põe a todos em comunicação. A cada um dá um dom e reúne a todos na unidade. Por outras palavras, o mesmo Espírito cria a diversidade e a unidade e, assim, molda um povo novo, diversificado e unido: a Igreja universal. Em primeiro lugar, com fantasia e imprevisibilidade, cria a diversidade; com efeito, em cada época, faz florescer carismas novos e variados. Depois, o mesmo Espírito realiza a unidade: liga, reúne, recompõe a harmonia. «Com a sua presença e ação, congrega na unidade espíritos que, entre si, são distintos e separados» (Cirilo de Alexandria, Comentário ao Evangelho de João, XI, 11). E desta forma temos a unidade verdadeira, a unidade segundo Deus, que não é uniformidade, mas unidade na diferença.

Para se conseguir isso, ajuda-nos o evitar duas tentações frequentes. A primeira é procurar a diversidade sem a unidade. Sucede quando se quer distinguir, quando se formam coligações e partidos, quando se obstina em posições excludentes, quando se fecha nos próprios particularismos, porventura considerando-se os melhores ou aqueles que têm sempre razão - são os chamados guardiões da verdade. Desta maneira escolhe-se a parte, não o todo, pertencer primeiro a isto ou àquilo e só depois à Igreja; tornam-se «adeptos» em vez de irmãos e irmãs no mesmo Espírito; cristãos «de direita ou de esquerda» antes de o ser de Jesus; inflexíveis guardiães do passado ou vanguardistas do futuro em vez de filhos humildes e agradecidos da Igreja. Assim, temos a diversidade sem a unidade. Por sua vez, a tentação oposta é procurar a unidade sem a diversidade. Mas, deste modo, a unidade torna-se uniformidade, obrigação de fazer tudo juntos e tudo igual, de pensar todos sempre do mesmo modo. Assim, a unidade acaba por ser homologação, e já não há liberdade. Ora, como diz São Paulo, «onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade» (2 Cor 3, 17).

Então a nossa oração ao Espírito Santo é pedir a graça de acolhermos a sua unidade, um olhar que, independentemente das preferências pessoais, abraça e ama a sua Igreja, a nossa Igreja; pedir a graça de nos preocuparmos com a unidade entre todos, de anular as murmurações que semeiam cizânia e as invejas que envenenam, porque ser homens e mulheres de Igreja significa ser homens e mulheres de comunhão; é pedir também um coração que sinta a Igreja como nossa Mãe e nossa casa: a casa acolhedora e aberta, onde se partilha a alegria multiforme do Espírito Santo.

E passemos agora à segunda novidade: um coração novo. Quando Jesus ressuscitado aparece pela primeira vez aos seus, diz-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20, 22-23). Jesus não condenou os seus, que O abandonaram e renegaram durante a Paixão, mas dá-lhes o Espírito do perdão. O Espírito é o primeiro dom do Ressuscitado, tendo sido dado, antes de mais nada, para perdoar os pecados. Eis o início da Igreja, eis a cola que nos mantém unidos, o cimento que une os tijolos da casa: o perdão. Com efeito, o perdão é o dom elevado à potência infinita, é o amor maior, aquele que mantém unido não obstante tudo, que impede de soçobrar, que reforça e solidifica. O perdão liberta o coração e permite recomeçar: o perdão dá esperança; sem perdão, não se edifica a Igreja.

O Espírito do perdão, que tudo resolve na concórdia, impele-nos a recusar outros caminhos: os caminhos apressados de quem julga, os caminhos sem saída de quem fecha todas as portas, os caminhos de sentido único de quem critica os outros. Ao contrário, o Espírito exorta-nos a percorrer o caminho com duplo sentido do perdão recebido e do perdão dado, da misericórdia divina que se faz amor ao próximo, da caridade como «único critério segundo o qual tudo deve ser feito ou deixado de fazer, alterado ou não» (Isaac da Estrela, Discurso 31). Peçamos a graça de tornar o rosto da nossa Mãe Igreja cada vez mais belo, renovando-nos com o perdão e corrigindo-nos a nós mesmos: só então poderemos corrigir os outros na caridade.

Peçamos ao Espírito Santo, fogo de amor que arde na Igreja e dentro de nós, embora muitas vezes o cubramos com a cinza das nossas culpas: «Espírito de Deus, Senhor que estais no meu coração e no coração da Igreja, Vós que fazeis avançar a Igreja, moldando-a na diversidade, vinde! Precisamos de Vós, como de água, para viver: continuai a descer sobre nós e ensinai-nos a unidade, renovai os nossos corações e ensinai-nos a amar como Vós nos amais, a perdoar como Vós nos perdoais. Amen».

Papa Francisco,
Roma, 4 de Junho de 2017

Obrigado, ó Pai, pelo Espírito

OBRIGADO, Ó PAI, PELO ESPÍRITO

Nós te bendizemos, ó Pai,
pelo dom do Espírito que, por teu Filho, concedes
ao Mundo.
Assim
o fizeste no princípio, quando criavas o universo,
para que nascesse um mundo de luz
e de vida,
capaz de ser habitado pelo homem.

Nós te bendizemos porque, mediante o Espírito,
continuas
a criar, a conservar e a embelezar o Mundo:
bendizemos-te recriando, conservando
e embelezando.

Bendizemos-te por teres posto o teu Espírito no homem,
e pelo dom contínuo que d’Ele nos fizeste
ao longo da História:
- Espírito de força
e de prudência nos juízes e governantes,
- Espírito de rectidão nos reis
e no povo,
- Espírito de lucidez
e de coragem nos profetas.

Bendizemos-te, sobretudo, por Jesus Cristo,Esp038a
o
melhor do nosso mundo, O Homem por excelência:
Ele evangelizou
os pobres, ajudou e fortaleceu a todos...
até que, ressuscitando, comunicou
à sua Igreja,
e
aos que te buscam de coração sincero,
o
dom do seu Espírito.

Que esse mesmo Espírito nos dê coragem para trabalhar
pela Verdade,
a Justiça e o Amor,
Luz para conduzir
a todos, Disponibilidade para servir,
Gratuidade para amar, Fortaleza para esperar.

Pai, que o teu Espírito de Amor traga a Unidade à tua Igreja.
Faz-nos sensíveis
à sua presença no Mundo e na História,
ajuda-nos
a descobrir a sua acção
na ciência, na cultura, no trabalho, na técnica, na arte,
em tudo aquilo que
o Homem e o Espírito
constroem em conjunto:
os novos Céus e
a nova Terra!

Por Jesus Cristo Ressuscitado, nosso Irmão,
que
é Deus contigo na comunhão do Espírito Santo.
Amen.

Envia o teu Espírito, Senhor

Envia o teu Espírito, Senhor!

1. Senhor, envia o teu Espírito sobre o Mundo!
Que o seu sopro dê à nossa terra envelhecida uma nova frescura.
Que a sua claridade dissipe todas as trevas dos corações humanos.

Que o seu fogo purifique os grandes projectos do povos.
Que a sua força mova os cépticos e os desiludidos.

Que a sua paz desça obre as almas atribuladas.
Que o seu amor reanime a vida adormecida ou agonizante.Esp106

2. Senhor, envia o teu Espírito sobre a Igreja!
Que Ele seja
– o Defensor das testemunhas do Evangelho,
– o Fermento vigoroso da Unidade,
– o Inspirador de toda a Comunhão,
– o Promotor infatigável duma verdadeira Liberdade.

Que Ele abra a todos os cristãos o tesouro dos seus Dons,
para que cada um encontre o seu lugar
na construção do Corpo de Cristo.

Que Ele guie os que desejam novos caminhos
e empreendem com audácia o seu trabalho de profetas.

Que Ele mostre, aos que olham para trás,
as maravilhas despercebidas no horizonte.

Que Ele seja ainda para todos o Espírito da promessa.

3. Senhor, envia o teu Espírito sobre nós!
Tu sabes melhor do que cada um, o que existe no fundo dos nossos desejos,
dos nossos apelos, dos nossos pedidos e dos nossos gritos.

Tu conheces as nossas resistências,
as nossas cobardias e os nossos fracassos.Esp046

Tu conheces também a nossa fome de verdade
e esta sede de Ti que nos invade a alma.

Que o teu Amor se antecipe à nossa oração
para nos encher de todo o dom perfeito.

Dá-nos o teu Espírito.
Que Ele realize na nossa vida
a obra imensa de Jesus, teu Filho.

Oração: Deus, nosso Pai, concede ao teu Povo,
a força suficiente para se deixar conduzir pelo teu Espírito
no meio dum Mundo que espera os sinais do teu Amor.
Por Jesus Cristo, Senhor nosso.

(Jean-Yves Quellec, "Dieu nous prend en chemin", in Le Centurion (trad. LM)

 

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