PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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O Fim último da Vida não é a Excelência mas sim a Felicidade

felicidade4"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo à volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e apesar da benesse, não levam vidas descansadas.

Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três anos, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais uns atrás dos outros em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho ou a esposa de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que até 2020 um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos mais queremos. Quanto mais queremos mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência mas sim a Felicidade."

José Pereira Coutinho, Nov 2008

 

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