PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Reflectindo sobre a Demografia

demografiaÉ com certa frequência que leio e oiço algumas pessoas excessivamente preocupadas com o declínio da natalidade humana.

As pessoas mais antigas costumavam dizer que "a natureza faz tudo bem feito", e acho que com toda a razão. Temos de ser realistas em relação ao mundo e a tudo o que nos rodeia, embora, por vezes, fosse muito mais confortável não o ser, mas a verdade, por vezes, pode ser crua e dura, mas é a verdade.

A natureza não se rege por sistemas económicos, políticos ou outros, a natureza não se compadece com pontos de vista subjectivos ou morais. A natureza não obedece a regras humanas, nós humanos é que temos de obedecer às regras que a natureza nos impõe.

Não entendo a razão de tamanha preocupação em a população mundial estar a diminuir, só a percebo na óptica economicista da visão do mundo.

Todos sabemos que os recursos naturais são esgotáveis, o planeta Terra não suporta por muitos mais anos o ritmo de consumo dos recursos que o ser humano hoje impõe à natureza. O ser humano é um predador nato, as sociedades humanas actuais estão a delapidar os recursos a uma velocidade alucinante. Recursos esses que levaram milhões e milhões de anos a formar-se, hoje a natureza não os consegue produzir ao ritmo que os humanos os consomem; por isso, talvez, a própria natureza seja "obrigada" a interferir na redução das populações humanas, embora o próprio ser humano também contribua em parte para a sua própria redução, devido às poluições e outras causas, a infertilidade é bem mais elevada.

Com os significativos avanços tecnológicos das últimas décadas, é óbvio que as sociedades humanas não precisam de ser tão numerosas como antigamente, em que tudo era feito manualmente e, para isso, era preciso muitos braços; hoje as fábricas, tecnologicamente avançadas, reduziram a mão-de-obra humana em 90%. Entendo que é vantajoso para o futuro da humanidade uma redução significativa dos seres humanos, poder-se-á aumentar em muito a qualidade de vida se essa redução se verificar.

Não posso concordar com um mundo repleto de seres humanos em que muitos milhões morrem de fome, muitos milhões morrem por falta de assistência médica, muitos milhões não têm casa, muitos milhões não têm água potável para beber, muitos milhões vivem no limiar da pobreza, muitos milhões estão desempregados e muitos milhões estão condenados a viver uma vida dura de trabalho e de miséria.

Sou apologista de um mundo com menos seres humanos, mas que a dignidade e a justiça reinem sobre todos e que todos possam ter orgulho em andar sobre a terra e se sintam bem em viver.

É evidente que para os economistas do sistema capitalista que governam o mundo, cada ser humano é apenas um número, e apenas vêem em cada ser humano um consumidor. Para esses, quantos mais seres humanos melhor, mais podem explorar, mais podem engordar as suas contas bancárias, mais podem usufruir dos prazeres que a vida lhes proporciona em detrimento de todos os outros...

Miguel dos Anjos Simões

 

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