Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta-nos o Testemunho de Pedro. Convocado pelo Espírito, Pedro entra em casa de Cornélio, em Cesareia, expõe-lhe o essencial da fé e baptiza-o, bem como a toda a sua família.
A segunda leitura dá o testemunho de S. Paulo. O baptismo introduz-nos numa dinâmica de comunhão com Cristo ressuscitado. Revestidos de Cristo pelo baptismo, os cristãos devem assim continuar a sua caminhada de vida nova até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta.
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos Judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que ele foi constituído por Deus
juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez: n’Ele exultemos e nos alegremos.

porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor.
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Segunda Leitura (Col 3,1-4)
Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Sequência da Páscoa
À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto, vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo,
minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso, tende piedade de nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Maria Madalena foi de manhãzinha,
ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro

e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro,
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Ressonâncias...
Cristo Ressuscitou! Aleluia!
O anúncio Pascal ressoa hoje em toda a Igreja:
Cristo Ressuscitou!
Ele está vivo! Ele é Senhor dos vivos e dos mortos!
Na noite mais clara que o dia,
a Palavra de Deus chama a uma vida imortal o homem novo: Jesus Nazaré.
A Igreja nascida da Páscoa defende e testemunha
este anúncio e o transmite continuamente.
Domingo, Primeiro dia da Semana: O DIA DO SENHOR
– Não é o túmulo vazio que prova a Ressurreição do Senhor.
A vida não se prova com a ausência de um morto, mas com a presença de um VIVO.
– As aparições do Ressuscitado às mulheres e aos discípulos.
Aparições que foram testemunho de vida para os Apóstolos o centro da sua pregação: primeira parte do Evangelho a ser escrita.
– PÁSCOA, festa em que a esperança é transformada em certeza: dor que é Redenção; morte que é o preâmbulo de Ressurreição.
– PÁSCOA, tempo de anunciar esta certeza a toda a humanidade.
– PÁSCOA, aponta um caminho novo: testemunhar que Jesus está vivo!
Amigo, acolhe o dinamismo da Ressurreição!
Sai das tuas opiniões divisionistas
para entrares plenamente naquela fé que a Igreja se gloria de professar;
Sai do teu pecado que te envenena o coração
e encaminha-te para a novidade de Cristo...
Sai de casa, do calor das paredes do teu lar onde procuras esquecer
os problemas do teu irmão, e alarga o teu coração aos outros...
Sai da tua sede de domínio
e procura fazer da tua vida um serviço de amor.
Sai para a vida
e toma o caminho do Evangelho!
Semeia a alegria gritando silenciosamente
com o teu comportamento que Cristo te fez feliz.
Grita com a tua vida que Cristo está vivo e que a Igreja
é o lugar e o espaço onde se testemunha que Ele é o Senhor Ressuscitado...
Amigo, não tenhas medo de fazeres teu este Aleluia Pascal.
ORAÇÃO UNIVERSAL
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo:
Neste dia santíssimo da Ressurreição do Senhor,
em que o Espírito nos faz homens novos,
oremos ao Pai para que a alegria da Páscoa se estenda
ao mundo inteiro, dizendo, com fé:
R/. Pela Ressurreição do vosso Filho, ouvi-nos, Senhor.
1. Pela Igreja católica e apostólica,
para que se alegre santamente nesta Páscoa
e proclame que o Senhor ressuscitou, oremos.
2. Por todos os que foram baptizados,
para que aspirem às realidades do alto
e dêem graças pelo seu novo nascimento, oremos.
3. Pela humanidade inteira,
para que acolha a Boa Nova e a Aliança
que Deus lhe oferece em Cristo ressuscitado, oremos.
4. Pelas famílias cristãs,
para que o Cordeiro pascal, que é a nossa vida,
as alimente com o seu Corpo e o seu Sangue, oremos.
5. Pela nossa comunidade paroquial,
para que cresça no amor a Jesus Cristo
e dê testemunho da sua Ressurreição, oremos.
6. Por todos os que sofrem as consequências da actual pandemia,
para que Deus nosso Senhor, conceda a cura aos enfermos,
Força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias
e a salvação a todos as vítimas mortais, oremos
Deus santo, Deus da vida, Deus salvador,
que na Ressurreição do vosso Filho
destes ao mundo a vitória sobre a morte,
fazei-nos viver ressuscitados com Ele,
deixando-nos conduzir pelo seu Espírito.
Por Cristo, nosso Senhor.
CRISTO Ressuscitou! Aleluia!
Crer na Ressurreição
é caminhar para a frente;
Crer na Ressurreição
é olhar para o futuro com esperança;
Crer na Ressurreição
é começar a agir hoje;
Crer na Ressurreição
é enfrentar os meus problemas;
Crer na Ressurreição
é construir um mundo mais justo;
Crer na Ressurreição
é levantar-se após cada tombo;
Crer na Ressurreição
é nunca desistir de lutar;
Crer na Ressurreição
é nunca cruzar os braços;
Crer na Ressurreição
é acreditar no bom de cada homem;
Crer na Ressurreição
é nunca entregar-se ao pessimismo;
Crer na Ressurreição...
Porque acreditamos na Ressurreição,
não percamos tempo
FELIZES FESTAS PASCAIS!
Pe. Alexandre Santos
«Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o outro discípulo que Jesus amava.» (Jo 20, 2)
Correria pascal
Há uma enorme correria no dia de Páscoa! Não me refiro às tradições à volta do Compasso ou da visita pascal que, em muitos lugares do nosso país, são uma feliz expressão da alegria em anunciar, de casa em casa, a ressurreição de Jesus. Nem a alguma azáfama do encontro de famílias ou do regresso de mais uns dias de férias. São os evangelhos que nos falam de Maria Madalena, de Pedro e de João, dos discípulos de Emaús numa agitação entre o assombro e o deslumbramento, a dúvida e a fé.
Maria Madalena corre para ir dizer a Pedro e a João que o sepulcro está vazio. Vai de coração apertado. Não bastava todo o sofrimento da paixão para agora até o corpo de Jesus, o sinal da sua existência ter sido roubado? Não é um anúncio de fé ainda: pouco depois perguntará àquele que julga ser o jardineiro (e é Jesus) onde pôs o corpo do seu Senhor. Pedro e João correm ao sepulcro e se o primeiro fica no espanto daquilo do vazio que vê, o segundo vê e acredita. Vê o vazio e acredita que a vida ressuscitada de Jesus nenhum sepulcro a pode prender, nenhumas faixas a podem embalsamar. Correram então a contar aos outros? S. João diz-nos que será Maria Madalena a primeira a anunciar: “Eu vi o Senhor”. Uma mulher, cujo testemunho pouco valor legal teria naquele tempo, leva a feliz notícia que ecoará pela história: a vida e o amor venceram a morte!
Correram certamente os guardas quando viram que não tinham guardado bem o sepulcro. Temendo o castigo mas deslumbrados com o que tinham visto foram contar aos sumos-sacerdotes. E estes subornaram-nos para fazerem correr a mentira que desacreditaria a ressurreição: teriam sido os discípulos a roubar e esconder o corpo de Jesus. Quantos romances e “best-sellers” surgiram à volta dessa ideia! E de onde vinha a força que transformou nos discípulos o medo em confiança, a tristeza em alegria, a solidão em comunhão? A vida transformada e transformadora dos discípulos é um testemunho luminoso da ressurreição do Senhor. Ontem, hoje e sempre!
Da corrida matinal de coração apertado à viagem de regresso a Jerusalém dos discípulos de Emaús, já noite fechada, de coração a arder, decorre aquele primeiro dia. Nenhuma noite podia apagar a luz e o fogo que Jesus acendera no caminho e à mesa. O dia da ressurreição tinha começado e nenhum ocaso seria mais forte. Nem o ocaso da dor e da morte. Por isso aquele encontro tinha de ser comunicado. Estava revelada a missão da Igreja: comunicar o encontro com Jesus vivo, levar a todos esse incêndio que não destrói mas transforma e ressuscita.
Pe. Vítor Gonçalves
Nesta Páscoa partilho convosco
uma mensagem que recebi nesta era informática:
Dê um clique duplo nesta Páscoa!
arraste Jesus para o seu directório principal.
Salve-O em todos os seus arquivos pessoais,
seleccione-O como seu documento mestre.
Que ele seja o seu modelo para formatar a sua vida:
Justifique-a e alinhe-a à direita e à esquerda,
sem quebrar na sua caminhada.
Que Jesus não seja apenas um ícone, um acessório,
uma ferramenta, um rodapé, um periférico,
um arquivo temporário,
mas o seu cabeçalho,
a barra de rodagem do seu caminhar.
Que Ele seja a fonte da graça
para a sua área de trabalho,
o paintbrush para colorir o seu sorriso,
a configuração da sua simpatia,
a nova janela para visualizar
o tamanho do seu amor,
o painel de controle
para cancelar os seus recuos,
compartilhar os seus biblioteca,
anexar corações nas suas amizades.
Copie tudo o que é bom,
delete ou apague todos os seus erros.
Não deixe à margem ninguém,
abra as bordas do seu coração,
remova dele o vírus do egoísmo.
Antes de sair,
coloque Jesus nos seus favoritos
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