PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Peregrinação ao Santuário da Rocha

NSRocha02xDomingo, 6 de Outubro, véspera da Festa de Nossa Senhora do Rosário – as paróquias da Vigararia de Oeiras peregrinaram rumo ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, em Queijas.

Este Santuário foi, neste Ano da Fé, escolhido pelo nosso Patriarca como um espaço de peregrinação, oração e indulgências para a Diocese de Lisboa.

A Vigararia de Oeiras mobilizou-se para que esta manifestação de fé marcasse o início deste novo Ano Pastoral. Assim, foram escolhidos três pontos para a concentração dos fiéis: Rotunda de S. Miguel, em Queijas; Complexo Desportivo do Jamor, na Cruz Quebrada; e rotunda de Carnaxide. Iniciámos, assim, a nossa marcha mariana às 15h00, com a recitação do terço e cânticos marianos que a todos envolveu e, pelas 16h00, estes três cortejos marianos chegavam ao Santuário da Rocha.

Aqui, agora todos reunidos nos espaços envolventes do Santuário – párocos, diáconos e fiéis das 13 paróquias do concelho de Oeiras – demos início a uma celebração mariana presidida por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, que a todos exortou para imitarmos Aquela que continua a ser para todos "modelo de fé". No final da celebração foi distribuída uma pagela de Nossa Senhora da Rocha, com uma oração mariana do Papa Francisco, que a todos congregou num coro uníssono das várias centenas de féis que aqui se deslocaram para rezar à Mãe de Deus.

Houve também a oportunidade de revisitar este lindo Santuário, bem como a Gruta da Aparição, que os Irmãos da Confraria de Nossa Senhora da Conceição da Rocha se dispuseram a acompanhar.

Se é verdade que o tempo foi magnífico e a todos ajudou a reunirmo-nos nesta manifestação pública de fé, mas foi Maria, Mãe da Igreja e modelo de fé, que nos motivou – neste Ano da Fé – a caminharmos em direcção à sua casa, ao seu Santuário. Que Ela nos abençoe e proteja neste novo Ano Pastoral.

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DJoaquim MendesFiquemos com as palavras que D. Joaquim Mendes nos dirigiu, após a Celebração da Palavra (Nm 6,23-27; Sl 66 [67]; Lc 1,26-3):

MARIA MODELO DE FÉ 

1. O Santo Padre Bento XVI na Carta Apostólica "Porta da Fé", convida-nos a olhar os inumeráveis exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da história da salvação.
Um desses exemplos luminosos é a Virgem Santíssima. Hoje peregrinamos em direção a este Santuário, para aprender com Ela a caminhar na fé.
O Evangelho que escutamos narra-nos o momento em que Deus irrompeu na vida de Maria, assinala o início de uma longa e difícil peregrinação na fé.
O anjo Gabriel entra na casa e na vida de Maria e saúda-a, convidando-a à alegria, porque nela o Senhor quer realizar as promessas messiânicas, que atravessaram gerações de crentes.
Em Maria, Deus visita o seu povo, Deus mostra-se, Deus faz-se ver, Deus faz-se presente à humanidade.
"Como será isto, se eu não conheço homem?" pergunta Maria ao anjo Gabriel.
"O Espírito Santo virá sobre ti e a força do altíssimo te cobrirá com a sua sombra". Não te preocupes! Crê somente. Confia. Tudo será obra de Deus. Deixa-o fazer. E Maria abandona-se ao mistério!
A fé é isto: crer, confiar, abandonar-se ao mistério de Deus, à sua vontade, mesmo se não se compreende o «como» e o «porquê». A fé é confiar na «força do Altíssimo» que tudo pode. A fé é abandonar-se ao amor de Deus, que é fonte de vida.

2. A fé é dar precedência a Deus na nossa vida, como fez Maria.
Dar precedência, significa pôr Deus e os seus planos em primeiro lugar, renunciando aos nossos planos e projetos pessoais.
A fé é sentir-se «servo» totalmente disponível a Deus; é deixar que Deus faça em nós a sua obra; é dizer como Maria: "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra".
A fé é deixar-se amar por Deus.
A fé é deixar que Deus faça em nós a sua obra de amor.
A vida cristã, a santidade, é obra de Deus em nós, através do seu Espírito, que passa por este "eis", por esta abertura a Deus, pela obediência, pelo "faça-se".
«Obediência» (ob-audire) significa ouvir atentamente, escutar e aderir com o coração a quanto Deus nos diz, a quanto Deus nos pede.
«Obediência» na liberdade e no amor, que confia e se entrega na docilidade ao Espírito Santo.
Foi assim a obediência da fé em Maria e deve sê-lo também em nós.

3. "Espírito Santo descerá sobre ti e te cobrirá com a sua sombra".
O Espírito Santo desceu sobre Maria para realizar o mistério da encarnação; no Pentecostes desceu sobre os Apóstolos para realizar o mistério da Igreja; nos Sacramentos desce sobre os crentes para realizar neles a história da salvação.
O Espírito Santo é a presença de Deus e de Cristo em nós.
«O Senhor está contigo», disse o anjo Gabriel a Maria.
O Senhor é com Maria para estar com todos os homens e mulheres, que como Ela dizem «eis», «sim», para gerar neles Cristo; para através deles se fazer presente à humanidade.
A Anunciação tem uma dimensão eclesial.
Maria é a Igreja em diálogo com Deus, disponível à sua Palavra, dócil ao seu Espírito, que crê, confia, acolhe Cristo e o dá ao mundo.

4. Maria é figura da Igreja, é a Mãe dos crentes, a nossa Mãe.
Maria é a Senhora da fé, "Aquela que acreditou no que lhe foi dito da parte do Senhor" (Lc 1,45), como proclamou Isabel na visitação.
Maria é a crente por excelência, ou seja, aquela que nos oferece um exemplo perfeito de fé.
Maria é a grande crente. Escutemos o que diz de Maria o Santo Padre Bento XVI, na Carta Apostólica "A Porta da Fé":
"Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel, elevou um cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a ele se confiavam (cf. Lc 1,45-55).
Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2,6-7).
Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egito a fim de o salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2,13-15).
Com a mesma fé, segui Jesus na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19,25-27).
Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando a memória de tudo (cf. Lc 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. At 1, 14; 2,1-4) (n. 13).

5. Maria foi crescendo na fé como nós. Ela percorreu a peregrinação da fé como nós. Ela sentiu as dificuldades da fé como nós sentimos. Contudo, venceu-as, acreditando.
"A fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria" (PF 7).
"Os crentes «fortificam-se acreditando»; "só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez mais porque tem a sua origem em Deus" (PF 7), como aconteceu com Maria.
Ela é o nosso modelo de fé, a primeira na fé que está diante de nós, convidando-nos a não ter medo, a crer em Deus, a crer no seu Filho Jesus, a crer na Palavra de Deus, a deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, «Senhor que dá a vida», que gerou Cristo em Maria e gera Cristo em nós.
O Espírito Santo dá-nos a Vida que brotou da Virgem Santíssima, Jesus Cristo, Nosso Senhor, "autor e consumador da nossa fé" (Hb 12,2).

6. Da cruz, Jesus disse a Maria, indicando o apóstolo João: «Mulher, eis aí o teu filho!», e a João: «Eis a tua Mãe! (Jo 19, 26-27). Naquele discípulo todos nós estamos representados. Naquele discípulo todos nós estamos presentes. O Senhor Jesus confia-nos nas mãos de amor e de ternura da Sua Mãe.
Ela caminha connosco, dizendo-nos que não tenhamos medo, que acreditemos e confiemos na Palavra e nas promessas do seu Filho, que façamos tudo aquilo que Ele nos disser (cf Jo 2,5); que não hesitemos nem duvidemos, mas acreditemos verdadeiramente nele e na sua palavra, no seu amor para connosco. Um amor mostrado, testemunhado no dom da vida, até ao fim...
Maria ajuda-nos a crescer na fé, a orientar a nossa vida pelos caminhos do bem, ajuda-nos a enfrentar a vida mesmo em momentos de adversidade.
Ajuda-nos a manter firme a esperança neste tempo difícil que estamos a atravessar, de austeridade, em que o desemprego, as desigualdades sociais, a pobreza e o medo diante do futuro batem injustamente à porta de tantas famílias.
Nossa Senhora ajuda-nos a crescer na fé, a ser fortes perante as adversidades e a enfrentar as dificuldades e os obstáculos que surgem a cada passo do caminho; ajuda-nos a não ceder à tentação da superficialidade ou da falta de verdade e autenticidade na nossa vida.

7. O Evangelho diz que o apóstolo João a levou para sua casa.
Levemo-la também nós para «casa», para a «casa» do nosso coração, para a «casa» da nossa vida, percorramos com Ela o caminho de fé.
Ela foi à nossa frente. Ela diz-nos como se caminha na fé, como se vai ao encontro do seu Filho. Ela caminha connosco!
Ela está à nossa espera. Espera-nos a todos na eternidade. Como boa Mãe, ele quer-nos juntos de si, para sermos felizes com Ela para sempre.

D. Joaquim Mendes
Bispo Auxiliar de Lisboa

 

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