A Morada do Céu
Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião, depois das boas-vindas, levou-o por várias alamedas e foi-lhe mostrando as casas e as moradias do Paraíso.
Passaram por uma linda casa, com belos jardins. O homem perguntou:
– “Quem é que mora aqui?” O anjo respondeu:
– “É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.”
O homem ficou a pensar: “Ena! O Raimundo tem uma casa destas! Aqui deve ser muito bom!...”
Logo a seguir, surgiu outra casa ainda mais bonita.
– “E aqui, quem mora?” – perguntou o homem.
O anjo respondeu:
– “Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.”
O homem ficou a imaginar que, tendo os seus empregados magníficas residências, a sua morada deveria ser no mínimo um palácio. Estava ansioso por vê-la. Nisto, o anjo parou diante de um barracão construído com tábuas e disse:
– “Esta é a sua casa!”
O homem nem queria acreditar e gritou indignado:
– “Como é possível! Vocês sabem construir coisa muito melhor.”
– “Sabemos – respondeu o anjo – mas nós construímos apenas a casa. O material são vocês mesmos que o seleccionam e no-lo vão enviando lá de baixo. O senhor só enviou isso, o que aí está!...”
Moral da história:
Cada gesto de amor e de partilha é um tijolo com que vamos construindo a eternidade. Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes de cada dia.
Madre Teresa de Calcutá deixou-nos escrito este fantástico testemunho: “Só temos aquilo que damos.”