PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Acreditar no Céu

crianca24Nesta festa cristã de Todos os Santos, quero partilhar como entendo e procuro viver alguns rasgos da minha fé na vida eterna. Aqueles que conhecem e seguem Jesus Cristo compreenderão estas palavras.

Acreditar no Céu é, para mim, recusar-me a aceitar que a vida de todos e de cada um de nós é apenas um pequeno parêntese entre dois imensos vazios. Apoiando-me em Jesus, intuo, pressinto, desejo e acredito que Deus vai conduzindo para a sua verdadeira plenitude o desejo de vida, de justiça e de paz que se encerra na criação e no coração da humanidade.

Acreditar no Céu é, para mim, rejeitar com todas as minhas forças que essa imensa maioria de homens, mulheres e crianças, que, nesta vida, só conheceram a miséria, a humilhação e os sofrimentos, fique enterrada para sempre no esquecimento. Confiando em Jesus, creio numa vida onde já não haverá pobreza, nem dor, ninguém estará triste, ninguém terá que chorar. Finalmente poderei ver os que vêm nas "pateras" chegar à verdadeira pátria.

Acreditar no Céu é, para mim, aproximar-me com esperança de tantas pessoas sem saúde, enfermos crónicos, deficientes físicos e psíquicos, pessoas mergulhadas na depressão e na angústia, cansadas de viver e de lutar. Seguindo Jesus, acredito que um dia conhecerão o que é viver com paz e saúde total. Hão-de escutar as palavras do Pai: «Entra para sempre na alegria do teu Senhor». Não me resigno a que Deus seja para sempre um "Deus oculto", um "Deus escondido", do qual jamais possamos conhecer o seu olhar, a sua ternura e os seus abraços. Não me posso resignar à ideia de que jamais me poderei encontrar com Jesus. Não me resigno a que tantos esforços por um mundo mais humano e feliz se percam no vazio. Quero que um dia os últimos sejam os primeiros e que as prostitutas nos precedam. Quero conhecer os verdadeiros santos de todas as religiões e de todos os ateísmos, os que viveram amando no anonimato e sem nada esperar.

Um dia havemos de escutar estas incríveis palavras que o Apocalipse põe na boca de Deus: «Ao que tiver sede, Eu lhe darei a beber gratuitamente, da nascente da água da vida» (Ap 21,6). Gratuitamente! Sem o merecer. Assim Deus há-de saciar a sede de vida que há em nós.

José António Pagola

 

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