PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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A porta da Fé

Luz200

O Papa Bento XVI publicou, com data de 11 de Outubro de 2011, um documento a que pôs o título «A Porta da Fé». Quis o Santo Padre introduzir-nos numa caminhada que nos ajude a preparar o 50.º aniversário do início do Concílio Vaticano II, ano jubilar que terá início a 11 de Outubro de 2012. Somos, pois, convidados a recordar com júbilo o grande acontecimento do Concílio, a agradecer a Deus tão grande dom para a Igreja, a rejubilar pelos grandes frutos do Concílio. Somos convidados a cuidar da nossa fé, que é encontro com o Pai através de Jesus, pela acção do Espírito, mas fé vivida em Igreja e na Igreja, fé que tem de se tornar mais viva, mais adulta, mais amadurecida, mais convicta e convincente.

Celebrar a fé, com o coração em júbilo, celebrar a fé em atitude humilde de acção de graças, celebrar a fé em obras de caridade, de serviço, de apostolado apaixonado. Celebrar a fé que o Concílio Vaticano II quis avivar no nosso ser, no nosso coração, nas nossas comunidades, na Igreja universal. Com fé mais viva e mais amadurecida, com uma adesão mais profunda ao Amor que Deus é, poderemos aperceber-nos, mais e melhor, da graça do Concílio, ler e estudar os seus documentos, viver as suas directivas em Igreja, em comunhão de irmãos e irmãs.

Ter fé, viver da fé, crescer na fé não é só acreditar numas verdades, aceitar uns dogmas. A fé é adesão pessoal ao Amor. Ter fé é acreditar que Deus é Pai, origem de todo o dom e de toda a graça. A fé é uma relação viva com Alguém. E o Pai nos enviou seu Filho, o Verbo, que, pelo Espírito, fez nascer a Igreja e nos faz viver nela. Fé alimentada pela Palavra e pelos sacramentos, vivenciada pela oração, traduzida na vida em caridade cada vez mais perfeita, em amor cada vez mais universal.

A fé, simbolizada na vela que nos foi colocada na mão no dia do nosso baptismo, acesa na luz do Círio Pascal que nos representa Jesus Cristo, Aquele que é a Luz verdadeira, que pais e padrinhos seguraram connosco e prometeram manter viva e acesa. Fé como dom de Deus, do seu amor apaixonado pela humanidade, mas também como busca e determinação nossa, cultivada e amadurecida por cada um pela graça do Espírito que nos ungiu e que está em nós.

Viver a fé, viver da fé, viver com fé deve levar-nos a pensar e a rezar pelos milhões de homens e mulheres que não têm fé em Deus Pai e em seu Filho, Salvador e Redentor. Mais de metade da humanidade não O conhece, não O ama, não Lhe reza, não aderiu ainda a Ele, apesar do número de cristãos ir crescendo cada ano. Pedir a fé para o mundo, para os não crentes, para os que já acreditaram mas «perderam» a fé. Pedir a fé para os jovens, para que alicercem a sua vida em Jesus, a Luz do mundo, nosso tesouro, nosso rochedo, nosso Amigo, nossa pérola.

A fé vive-se em comunhão com outros. Em família, que é Igreja doméstica, selada pelo sacramento do matrimónio. Em comunidade paroquial ou religiosa, na certeza de que Jesus está presente no meio dos que rezam e vivem unidos em seu nome. Em Igreja diocesana ou universal para descobrir mais o rosto de Jesus, seu Esposo, que deu a vida por ela na Cruz e que na Eucaristia renova sem cessar o seu dom e a sua oferta. Fé comunitária que ajuda outros a viver, a animar-se, a alegrar-se em Deus, a ser mais apóstolos, a descobrir os encantos do amor divino, a beleza encantadora da presença do amor no meio de nós.

Fé que deve sempre viver-se em clima de festa, de alegria, pois é sempre uma fé pascal, um acreditar em Jesus Ressuscitado e Vivo. Alegria que nos fará aceitar de modo evangélico a nossa cruz, as nossas dores, os nossos fracassos, os nossos pecados. A festa da fé tem de ser algo muito vivido e sentido como dom do Amor louco e apaixonado de Deus. Dizer «eu creio» deve ser vivido em alegria que nos adensa mais e mais no amor, nos fortalece a alma e nos faz viver em contínuo aleluia. Caso contrário, estamos a viver uma fé enfezada, uma fé estéril, uma fé mortiça, como a luz da vela que se está a apagar.

«Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé», dá-me uma fé mais adulta, mais robusta, mais iluminada, mais audaciosa, mais fiel e mais firme. Senhor, eu creio mas vem em auxílio da minha incredulidade, pois a minha fé tem momentos de dúvida, incertezas, afrouxamentos, parece que a torcida se apaga. Senhor, eu creio e queria tanto ajudar outros a crescer na fé, a ser homens e mulheres com fé mais adulta e mais determinada. Senhor, eu Te peço que olhes com particular bondade pelos que não têm fé, pelos que têm uma fé doente, enfraquecida, com laivos de superstição. Faz, Senhor, que a nossa fé seja sempre a fé da Igreja, nossa Mãe e Esposa Santa de Jesus, Luz do mundo.

(Dário Pedroso, in Mensageiro do Coração de Jesus, Janeiro 2012, pp.1-2)

 

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