PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Festa de S. Miguel Arcanjo 2020

SMiguel20Durante este ano atípico, a actual pandemia COVID-19 tem ressoado em todas as esferas da nossa vida. Assim, a Festa do nosso Padroeiro São Miguel Arcanjo que, nesta época do ano, ao longo das últimas décadas, tem decorado as principais artérias de Queijas com luz, cor, música, petiscos e alegria popular, foi necessariamente diferente neste 2020 peculiar para todos nós.

Apesar da parte mais mundana da Festa – mas não menos importante, senão vejamos o impacto negativo da pandemia na nossa vida social durante o último semestre, que realça a extrema importância da convivência fraterna para a nossa saúde mental – e da tradicional procissão pelas ruas da nossa vila não se ter realizado em benefício da saúde pública, o cerne da Festa, que é o verdadeiro fundamento da sua existência, não deixou de ser celebrado: a Missa Solene da Festa de São Miguel Arcanjo, neste XXVI Domingo do Tempo Comum, presidida pelo nosso pastor, o Pe. Alexandre Santos.

Por força das circunstâncias epidemiológicas, a Eucaristia tomou a forma de Missa campal no Jardim do Mercado de Queijas, onde outrora ouvíamos ranchos folclóricos, bandas e assistíamos a dança e a convívio. Não deixará de ser curioso observarmos que, por influência de um micro-organismo invisível ao olho humano, a Igreja de Queijas tenha saído do confinamento do seu templo eclesial para um templo verde a céu aberto, não menos sagrado porquanto obra do mesmo e único Deus. Foi este coronavírus que nos fez sair das paredes da igreja, num movimento centrífugo, para celebrar a Eucaristia nas suas periferias, tal como o Papa Francisco tão insistentemente nos tem exortado ao longo do seu Santo Pontificado.

Organizada pela Paróquia, na pessoa do seu Pároco, Pe. Alexandre Santos, com a dedicação incansável de alguns paroquianos, e com o contributo da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, a Eucaristia deste Domingo, 27 de Setembro de 2020, animada pelo Coro Paroquial, terá tocado o coração e a razão de todos quantos nela puderam participar, incluindo o Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais; o Ex.mo Sr. Presidente da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Dr. Inigo Moreira; o Ex.mo Chefe Mário Ramos e a Ex.ma Sr.ª Agente Ana Moreira, em representação da Esquadra da PSP de Queijas; bem como a Superiora Geral da CONFHIC, Ir. Shirley Ninfa Fernandes, e a Superiora da Comunidade, Ir. Maria do Carmo Lopes.

À luz do Evangelho que escutámos, quantos de nós não somos, por vezes, como o primeiro filho que, ao ser interpelado pelo pai, diz não querer ir trabalhar e depois, arrependido, acaba por ir; ou, noutras vezes, como o segundo filho que se compromete a ir mas que, na hora da verdade, acaba por faltar ao seu compromisso. Ainda que pecadores, todos podemos aspirar legitimamente à santidade, a ser o terceiro filho que aquele pai não teve – que se compromete a ir trabalhar na vinha e que, efectivamente, vai e honra o seu compromisso; porque os comportamentos são sempre o que dão o sentido último às palavras. Como lemos em S. Paulo aos Coríntios, “ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um sino que ressoa ou um címbalo que retine”.

O bem e o mal são a maior dicotomia da ética, tão antiga quanto o próprio Homem. Ainda que o mal continue a existir entre nós, tantas vezes apresentando-se de modo sedutor, com formas bem mais atraentes que as da antiga serpente ou as do enorme dragão que Miguel e os seus Anjos derrotaram, São Miguel Arcanjo – “Quem como Deus?” – inspira-nos, dando-nos a confiança reconfortante que o Bem triunfa sempre sobre o mal.

Orando por todos os que sofrem as consequências da actual pandemia, em São Miguel sabemos ter um protector nos combates contra o mal, contra a doença e contra o medo. Que disso nos lembremos sempre e particularmente quando passarmos pela entrada principal da nossa vila. Porque não falarmos disso a um amigo ou familiar que viva em Queijas, embora distante da vida paroquial, e que desconheça o seu Padroeiro? Dificilmente encontraríamos tempo mais oportuno que o actual para escutarmos estas palavras e para celebrarmos esta Festa, que alimenta a nossa esperança de que a Justiça e o Bem terão sempre a vitória final.

João Martins

 

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