Património do Santuário da Rocha
Sob a designação de “Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha”, engloba-se, não só o edifício da Igreja propriamente dito, mas todo o património que, ao longo dos anos, foi doado à Imagem de Nossa Senhora da Conceição da Rocha e que, em termos legais, é propriedade da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Rocha. Assim, temos:
Fazem parte do Santuário dois terrenos: um deles é o terreno onde se situam a Gruta da Aparição, o edifício do Santuário propriamente dito e a Residência Paroquial, numa área envolvente superior a 1,5 hectares; o outro é um terreno rural, sem nenhuma construção, situado a cerca de 1 Km do Santuário, numa extensão de quase 2 hectares.
Neste último terreno existe uma mina de água que é canalizada subterraneamente, para o lago existente no primeiro terreno junto do edifício do Santuário.
2. A Gruta da Aparição
A gruta onde foi encontrada a Imagem de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, em 31 de Maio de 1822, localiza-se junto à margem direita do rio Jamor. Antes da entrada da gruta propriamente dita, construiu-se uma casa, que forma uma antecâmara, através da qual se tem acesso à gruta.
Esta construção foi alvo de obras de beneficiação em 2008, tendo sido construído um poço de retenção de águas e instalado um motor para extrair água desse poço, evitando, assim, as constantes inundações a que a gruta estava sujeita.
3. O Edifício do Santuário
O edifício do Santuário propriamente dito é uma construção que data de 1893, sendo composto pela nave da Igreja (com capacidade aproximada para 150 pessoas sentadas), pela Sacristia, por um pequeno Museu, pela Torre Sineira e por várias divisões inseridas no edifício.
O edifício do Santuário foi construído por cima da Gruta da Aparição, sendo que o altar-mor da Igreja se situa precisamente na vertical da gruta onde foi encontrada a Imagem.
Nos primeiros anos do século XXI, o edifício do Santuário sofreu obras de restauro profundas, nomeadamente ao nível de toda a sua cobertura, das paredes exteriores e das portas e janelas exteriores, por forma a proteger o interior do edifício da agressão dos elementos da Natureza.
4. O Recheio do Edifício do Santuário
Ao longo dos anos, foram realizadas inúmeras ofertas à Imagem de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, entre as quais diversos registos, coroas e uma colecção superior a 100 mantos, alguns dos quais bordados pelas princesas e infantas de Portugal. Temos, também, um vasto conjunto de castiçais em talha dourada, imagens em talha dourada e o lustre na nave da Igreja, em cristal da Boémia. A acrescer a estas oferendas está um conjunto de paramentos antigos e outras alfaias religiosas que a Irmandade foi adquirindo.
Algumas destas peças podem ser vistas no pequeno Museu situado no edifício do Santuário.
Remonta a 1904 a inauguração de uma casa fronteira ao Santuário, construída com dinheiros obtidos por Tomás Ribeiro (na altura já falecido), para servir de residência ao Capelão da Irmandade.
Assim foi, até à segunda metade da década de 1970, altura em que a Irmandade deixou de ter um sacerdote que desempenhasse, em exclusivo, as funções de Capelão. Coincidentemente, os Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) assumem a zona pastoral de Carnaxide (que, mais tarde, irá dar origem às paróquias de Linda-a-Velha, Queijas e Outurela), bem como o próprio Santuário. É nesta altura que, a pedido do Cardeal-Patriarca de Lisboa, e com a concordância dos Dehonianos e da Irmandade, se toma a decisão de os sacerdotes Dehonianos em serviço pastoral nas paróquias vizinhas ao Santuário residirem, em comunidade, na antiga casa do Capelão (que passou a ser vulgarmente conhecida como “Casa dos Padres”).
Após importantes obras de completo restauro e de ampliação, efectuadas em 2007, esta Residência Paroquial, acolhe, presentemente, o Reitor do Santuário e os Párocos de Carnaxide, Queijas e Alfragide, todos eles sacerdotes Dehonianos.
Zorro Mendes