PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

igreja1 vitral1 igreja2 Auditorio vitral2 vitral4 igreja3 vitral3 Slide Cspq1 Slide cspq7 Slide igreja4 Slide cspq3 Slide cspq5 Slide pinturas Slide cspq8 Slide vitral5 Slide cspq6 Slide cspq2 Slide cspq4

1qua A Quaresma é um tempo especial para aprofundarmos o plano de Deus e revermos a nossa vida cristã. As tentações procuram afastar-nos desse plano. Somos convidados pelo Espírito a viver este tempo de deserto para nos aproximarmos mais de Deus.

A primeira leitura apresenta-nos a tentação dos nossos protoparentes: Adão e Eva. Deus criou-nos para a felicidade e para a vida plena. No entanto o homem preferiu construir o "paraíso" a seu modo, rompendo com o plano de Deus – "sente-se nu" –, sente-se por isso incapaz de ser feliz.

A segunda leitura propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus.
Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decide, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena;
Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus.
O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus propõe vida plena e definitiva.

O Evangelho fala-nos das tentações de Jesus. No deserto, Jesus é tentado a abandonar o plano de Deus e a procurar outros caminhos, mas Ele recusa.
- Tentação da Abundância: Jesus poderia ter escolhido este caminho de realização material, fazendo dos bens materiais a prioridade fundamental da vida. No entanto, Ele sabe que "nem só de pão vive o homem" e que a realização do homem não está no acumular de bens.
- Tentação do Prestígio: Jesus poderia ter escolhido este caminho de êxito fácil, mostrando o seu poder através de gestos espectaculares. Mas Ele responde que não está interessado em satisfazer projectos pessoais do êxito e do triunfo fácil. "Não tentarás o Senhor teu Deus".
- Tentação do Poder e da Riqueza: Jesus poderia ter escolhido um caminho de poder, de domínio. No entanto, Jesus sabe que poder e domínio não são fundamentais na vida. Por isso, responde: "Adorarás o Senhor teu Deus".
As três tentações aqui apresentadas são três faces de uma única tentação: a tentação de prescindir de Deus e de escolher um caminho à margem das propostas de Deus.


Primeira Leitura (Gn 2,7-9;3,1-7)
Leitura do Livro do Génesis

O Senhor Deus formou o homem do pó da terra,
insuflou em suas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivo.
Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente,
e nele colocou o homem que tinha formado.
Fez nascer na terra toda a espécie de árvores,
de frutos agradáveis à vista e bons para comer,
entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim,
e a árvore da ciência do bem e do mal.
Ora, a serpente era o mais astucioso de todos os animais do campo
que o Senhor Deus tinha feito.
Ela disse à mulher:
«É verdade que Deus vos disse:
“Não podeis comer o fruto de nenhuma árvore do Jardim”?»
A mulher respondeu:
«Podemos comer o fruto das árvores do jardim;
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim,
Deus avisou-nos:
“Não podeis comer dele nem tocar-lhe, senão morrereis”».
A serpente replicou à mulher:
«De maneira nenhuma! Não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos
e sereis como deuses, ficando a conhecer o bem e o mal».
A mulher viu então que o fruto da árvore era bom para comer
e agradável à vista, e precioso para esclarecer a inteligência.
Colheu o fruto e comeu-o;
depois deu-o ao marido, que estava junto dela, e ele também comeu.
Abriram-se então os seus olhos e compreenderam que estavam despidos.
Por isso, entrelaçaram folhas de figueira
e cingiram os rins com elas.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 50 (51)
Refrão: Pecámos, Senhor: tende compaixão de nós.

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor.


Segunda Leitura (Rom 5,12-19)
Leitura do apóstolo S. Paulo aos Romanos

Irmãos:
Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo
e pelo pecado a morte,
assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram.
De facto, até à Lei, existia o pecado no mundo.
Mas o pecado não é levado em conta, se não houver lei.
Entretanto, a morte reinou desde Adão até Moisés,
mesmo para aqueles que não tinham pecado
por uma transgressão à semelhança de Adão,
que é figura d’Aquele que havia de vir.
Mas o dom gratuito não é como a falta.
Se pelo pecado de um só pereceram muitos,
com muito mais razão a graça de Deus,
dom contido na graça de um só homem, Jesus Cristo,
se concedeu com abundância a muitos homens.
E esse dom não é como o pecado de um só:
o julgamento que resultou desse único pecado levou à condenação,
ao passo que o dom gratuito, que veio depois de muitas faltas, leva à justificação.
Se a morte reinou pelo pecado de um só homem,
com muito mais razão, aqueles que recebem com abundância
a graça e o dom da justiça, reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo.
Porque, assim como pelo pecado de um só,
veio para todos os homens a condenação,
assim também, pela obra de justiça de um só,
virá para todos a justificação que dá a vida.
De facto, como pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só, muitos se tornarão justos.


EVANGELHO (Mt 4,1-11)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Demónio.
Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou se e disse-lhe:
«Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães».
Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Demónio conduziu-O à cidade santa,
levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe:
«Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito:
‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos,
para que não tropeces em alguma pedra’».
Respondeu-lhe Jesus:
«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
De novo o Demónio levou-O consigo a um monte muito alto,
mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe:
«Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares».
Respondeu-lhe Jesus:
«Vai-te, Satanás, porque está escrito:
‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’».
Então o Demónio deixou-O
e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.


Ressonâncias

E para nós, seguidores de Jesus, o que é decisivo na nossa vida: as propostas de Deus, ou os nossos projectos pessoais?

– Quando o homem esquece Deus e as suas propostas e se fecha na sua auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros “deuses” que estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que condicionam as nossas decisões e opções?

– Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do “ter mais e mais” é seguir o caminho de Jesus?

– Olhar apenas para o próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos outros… será que é seguir o exemplo de Jesus?

– Usar Deus para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para dar espectáculo… será que é seguir o exemplo de Jesus?

– Procurar o poder a todo o custo e exercê-lo com prepotência, será que é seguir o exemplo de Jesus?

As Tentações continuam... Qual é a nossa atitude diante delas?

 

Cateq 2018

Calendario Cateq

horariomissas



Patriarcado