PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Embriagados pelo turbilhão das novas descobertas, muitos homens do nosso tempo têm a convicção ter o domínio sobre o universo e de descobrir os caminhos da vida e da felicidade, prescindindo até do próprio Deus. A liturgia deste Domingo afirma-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus convoca-nos a um compromisso efectivo com a construção do mundo.

A primeira leitura sugere que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. Os homens que actuam e intervêm na história são apenas os instrumentos de que Deus se serve para concretizar os seus projectos de salvação. (Serviu-se de Ciro, um rei pagão, para libertar o seu povo da Babilónia...)

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho e que, apesar das dificuldades, se comprometeu de forma corajosa com os valores e propostas de Deus.

O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas Suas mãos. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.


Primeira Leitura (Is 45,1.4-6)
Leitura do Livro de Isaías

Assim fala o Senhor a Ciro, seu ungido,
a quem tomou pela mão direita,
para subjugar diante dele as nações
e fazer cair as armas da cintura dos reis,
para abrir as portas à sua frente,
sem que nenhuma lhe seja fechada:
«Por causa de Jacob, meu servo, e de Israel, meu eleito,
Eu te chamei pelo teu nome e te dei um título glorioso,
quando ainda não Me conhecias.
Eu sou o Senhor e não há outro;
fora de Mim não há Deus.
Eu te cingi, quando ainda não Me conhecias,
para que se saiba, do Oriente ao Ocidente,
que fora de Mim não há outro.
Eu sou o Senhor e mais ninguém».


Salmo Responsorial – Salmo 95 (96)
Refrão: Aclamai a glória e o poder do Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

O Senhor é grande e digno de louvor,
mais temível que todos os deuses.
Os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.

Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder.
Dai ao Senhor a glória do seu nome,
levai-Lhe oferendas e entrai nos seus átrios.

Adorai o Senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d'Ele a terra inteira.
Dizei entre as nações: «O Senhor é rei»,
governa os povos com equidade.


Segunda Leitura (1 Tes 1,1-5b)
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos Tessalonicenses,
que está em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo:
A graça e a paz estejam convosco.
Damos continuamente graças a Deus por todos vós,
ao fazermos menção de vós nas nossas orações.
Recordamos a actividade da vossa fé,
o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança
em Nosso Senhor Jesus Cristo,
na presença de Deus, nosso Pai.
Nós sabemos, irmãos amados por Deus,
como fostes escolhidos.
O nosso Evangelho não vos foi pregado somente com palavras,
mas também com obras poderosas,
com a acção do Espírito Santo.


Evangelho (Mt 22,15-21)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
os fariseus reuniram-se para deliberar
sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse.
Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos,
juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe:
«Mestre, sabemos que és sincero
e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus,
sem Te deixares influenciar por ninguém,
pois não fazes acepção de pessoas.
Diz-nos o teu parecer:
É lícito ou não pagar tributo a César?».
Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu:
«Porque Me tentais, hipócritas?
Mostrai-me a moeda do tributo».
Eles apresentaram-Lhe um denário,
e Jesus perguntou:
«De quem é esta imagem e esta inscrição?».
Eles responderam: «De César».
Disse-lhes Jesus:
«Então, daí a César o que é de César
e a Deus o que é de Deus».


Ressonâncias

"Dar a César o que é de César e dar a Deus dinheiro3o que é de Deus" não significará devolver a cada um o que lhe pertence? Não se deve dar a César o que não lhe pertence. A adoração é devida só e unicamente a Deus. O homem não pode negar, no entanto, as obrigações para com a comunidade em que está integrado. Mas, o mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único Senhor: ele foi criado por Ele, pertence a Deus e transporta consigo a "imagem" do seu Senhor; tudo o resto é secundário.

Um perigo: Deus ser substituído pelos "deuses" do dinheiro e do poder, do êxito e da realização profissional, da ascensão social e da moda, do clube de futebol e do endeusamento das estrelas... Estes podem tomar o lugar de Deus e passar a dirigir e a condicionar a vida de muitas pessoas. No entanto, essa troca quase sempre traz escravidão e alienação, frustração e decepçção, sentimentos de solidão e de orfandade.

Quem é de facto o nosso Deus? Há outros "deuses" na nossa vida que condicionam as nossas opções e interesses, que invadem e dominando os nossos projectos? Quais são esses deuses? Eles asseguraram-nos a felicidade e a plena realização, ou tornam-nos cada vez mais escravos e dependentes?

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, por isso, os seus direitos e a sua dignidade devem ser por todos respeitados. É um crime contra o Senhor destruir ou menosprezar a imagem de Deus que existe em qualquer pessoa.

O Cristão tem obrigações com a Sociedade em que vive. Nenhum país funciona se a população não der a César o que é de César... O cristão deverá, pois, ser um membro activo do seu país, pagando os seus impostos, respeitando as leis justas e evitando os esquemas de corrupção; mas deve também procurar participar da vida do seu país em todos os seus aspectos e lutar por uma sociedade mais justa e mais fraterna. "A César o que é de César e dar a Deus o que é de Deus."

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Imagem de Deus

Um dia as Irmãs da Caridade recolheram um mendigo, lavaram-no, deram-lhe de comer, aconchegaram-no. Quando recuperado e lúcido, este homem pediu à Irmã Teresa de Calcutá:
— Dizei-me o vosso nome. Nenhum humano fazia por mim o que vós fizestes. Vós deveis ser deusas. Que posso fazer para servir a vossa divindade?
— Não, não somos deusas. Tu é que és para nós imagem de Deus. Nós fizemos tudo isto porque reconhecemos em ti o nosso Deus.

É preciso retribuir a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
A mensagem de Jesus é muito subtil. A moeda deve ser restituída a César, porque nela está impressa a sua imagem. Há uma criatura sobre a qual está impressa a imagem de Deus. Esta é Sua e mais ninguém pode apropriar-se dela.

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, à imagem de Deus Ele o criou. O Homem é esta criatura que não pode pertencer a mais ninguém senão a Deus. Ninguém poderá dominá-lo, escravizá-lo, oprimi-lo como se fosse um objecto de sua propriedade porque é sagrado.
É preciso respeitar a imagem de Deus que está impressa no rosto de cada pessoa. Não será tarefa fácil pois só os puros de coração verão a Deus.
Dar a Deus o que é de Deus só se entende se eu me der todo.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

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