PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Banquete

A Palavra de Deus deste Domingo utiliza a imagem do "banquete" para descrever o mundo de felicidade, de amor e de alegria sem fim que Deus quer oferecer a todos os seus filhos.

Na primeira leitura, Isaías anuncia um banquete preparado pelo próprio Deus para todos os povos. O banquete sempre foi um sinal de amizade e partilha. Mas esse banquete é especial, pois é promovido pelo próprio Deus. Ele irá acabar com as lágrimas, o luto e a tristeza e, sobretudo, oferecerá a vitória sobre a morte. Acolher o convite de Deus e participar no "banquete" é aceitar viver em comunhão com Ele. Dessa comunhão resultará, para o homem, a felicidade total, a vida em abundância.

Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um exemplo concreto de uma comunidade que aceitou o convite do Senhor e vive na dinâmica do Reino: Filipos. É uma comunidade generosa e solidária, verdadeiramente empenhada na vivência do amor e em testemunhar o Evangelho diante de todos os homens. Esta comunidade constitui, verdadeiramente, um exemplo que as comunidades do Reino devem ter presente.

No Evangelho, Jesus retoma essa imagem do banquete. Um rei organiza um banquete para celebrar o casamento do seu filho. Convida várias pessoas importantes, mas eles recusaram participar, estavam ocupados... O rei não desiste e resolve manter a festa: "Ide pelas encruzilhadas... e convidai todos os que encontrardes". E preciso "agarrar" o convite de Deus.


Primeira Leitura (Is 25,6-10a)
Leitura do Livro de Isaías

Sobre este monte,
o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos
um banquete de manjares suculentos,
um banquete de vinhos deliciosos:
comida de boa gordura, vinhos puríssimos.
Sobre este monte,
há-de tirar o véu que cobria todos os povos,
o pano que envolvia todas as nações;
destruirá a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces
e fará desaparecer da terra inteira
o opróbrio que pesa sobre o seu povo.
Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia:
«Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação;
é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou.
A mão do Senhor pousará sobre este monte».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22 (23)
Refrão: Habitarei para sempre na casa do Senhor.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa,
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.


Segunda Leitura (Filip 4,12-14.19-20)
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Irmãos:
Sei viver na pobreza e sei viver na abundância.
Em todo o tempo e em todas as circunstâncias,
enho aprendido a ter fartura e a passar fome,
a viver desafogadamente e a padecer necessidade.
Tudo posso n'Aquele que me conforta.
No entanto, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
O meu Deus proverá com abundância
a todas as vossas necessidades,
Segundo a sua riqueza e magnificência, em Cristo Jesus.
Glória a Deus, nosso Pai, pelos séculos dos séculos. Amen.


EVANGELHO – Mt 22,1-14
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
Jesus dirigiu-Se de novo
aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo
e, falando em parábolas, disse-lhes:
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei
que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas,
mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes:
'Dizei aos convidados:
Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos,
tudo está pronto. Vinde às bodas'.
Mas eles, sem fazerem caso,
foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos,
trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos,
que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos:
'O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos
e convidai para as bodas todos os que encontrardes'.
Então os servos, saindo pelos caminhos,
reuniram todos os que encontraram, maus e bons.
E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados,
viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial.
E disse-lhe:
'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?'.
Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos:
'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores;
aí haverá choro e ranger de dentes'.
Na verdade, muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos».


Ressonâncias...

O sentido desta parábola é claro. Deus é o rei Banquete1que convidou Israel para o banquete dos tempos messiânicos. Os seu líderes recusaram o convite, preferindo continuar na rotina de sempre. Enquanto isso, os pecadores acolheram-no de braços abertos.

Na segunda parte, a parábola fala de um convidado, que se apresenta na festa sem o traje nupcial. E o rei manda retirá-lo da sala. É uma forte advertência àqueles que respondem ao apelo de Jesus, mas não usam o traje do amor, da partilha, do serviço, da misericórdia e continuam vestidos de egoísmo e arrogância, de orgulho e injustiça. Estes não podem participar na festa do encontro e da comunhão com Deus.

Deus chama todos os homens para participarem no seu banquete, mas só serão escolhidos os que moldam a sua vida, de acordo com o Mestre. Por isso a parábola conclui: "Muitos são os chamados, poucos os escolhidos".

Deus continua a convidar para o Banquete do Reino. Muita gente importante e capacitada está tão imersa nos afazeres terrenos, que não tem tempo para acolher o convite. Encontram muitos motivos, muitas desculpas, talvez até importantes, mas que os impedem de participar do banquete divino. Pelo contrário, outros, muito mais simples e humildes, encontrados nas encruzilhadas da vida, acolhem com alegria o convite e provam a alegria profunda da festa preparada pelo Senhor. A qual dos grupos nós pertencemos?

Não basta ser convidado e entrar na sala do banquete, devemos estar revestidos da veste própria para o Banquete.

Um dos convidados foi expulso não tanto porque não tinha a roupa do banquete, mas porque não tinha a disposição correcta para participar da festa. Não basta pertencer materialmente a Cristo e à Igreja, mas, no fundo do coração, não ser de Cristo, nem para Cristo. Ser convidado para o banquete não é tão somente vir à igreja, acompanhar as procissões e receber os sacramentos... Devemos ser instrumentos de Amor e de Paz. Estamos revestidos dessa veste própria para o Banquete?

Cristo convida-nos também para o Banquete da Eucaristia22Eucaristia. A refeição sempre foi um momento importante para acontecimentos marcantes... para encontros, para acordos, para despedidas. O Próprio Jesus, ao despedir-se dos seus apóstolos antes de sua paixão, preparou uma ceia, ceia que mandou até renovar através dos tempos, em sua memória. E nós sempre que participamos da Eucaristia devemos acolher e viver esse mesmo apelo. Aceitamos, com alegria, o convite ou encontramos inúmeras desculpas para nos ausentarmos dele? Nesse Banquete, como participamos? Estamos revestidos de fé para viver intensamente a presença de Cristo no meio de nós, ou apenas assistimos à missa por motivos humanos, sem esse clima de fé e de oração, que nos faz penetrar no Mistério de Deus? Será que a nossa participação neste banquete torna-nos merecedores de sermos convidados e também escolhidos?

"A Eucaristia deve ser a fonte e o ápice da vida e da missão da Igreja". (Bento XVI)

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O Banquete do Reino

Jesus Cristo, com frequência, compara o Reino dos Céus a um banquete. A este propósito recordo uma metáfora oriental já muito divulgada:
Um certo homem faleceu e antes de entrar no céu quis dar uma espreitadela pelo inferno. Reparou que numa sala havia uma mesa e ao centro um pratão de arroz com colheres enormes, de um metro de cumprimento. Nisto chegaram os convivas. Cada um tentava comer com aquelas colheres gigantes mas era impossível e toda a gente passava fome.

Ao entrar no paraíso viu, para seu espanto, uma mesa igual, o mesmo prato de arroz e as mesmas colheres enormes.
— Mas como é possível comer aqui no céu?
— Espera e já verás que isto não é inferno nenhum, respondeu-lhe um anjo.

Aproximaram-se os santos do Paraíso, sentando-secolheres pegaram nas colheres, e cada um dava de comer àquele que estava no outro lado da mesa.
— Eis a diferença. No Inferno cada um pensa em si e todos passam fome. No paraíso todos servem os outros numa refeição fraterna e há alegria e paz. A mesa é igual, as pessoas é que são diferentes.

Já que o Reino dos Céus é um grande banquete, treinemos aqui na terra a partilhar, servindo e pensando nos outros para não haver surpresas para ninguém na eternidade.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

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